31 de julho de 2024

Biocontrol & Biostimulants LATAM e o mercado de US$ 45 bilhões

Segmento pede marco regulatório para regras de produção e uso, crédito com juros diferentes para incentivo à sustentabilidade ambiental e inserção maior em todas as políticas públicas de ‘agro verde’

Eles são uma das joias do agronegócio mundial. Defensivos, estimulantes e fertilizantes biológicos que aumentam a eficiência das lavouras e o resultado produtivo das safras há uma década. A movimentação do segmento no planeta inteiro alcançou US$ 15 bilhões no ano passado. E promete mais. “Esse número pode até triplicar e chegar a US$ 45 bilhões em 2032”, afirmou convicto Eduardo Leão, presidente da Croplife Brasil (CLB), na palestra de abertura do evento Biocontrol & Biostimulants LATAM, que reuniu em Campinas (SP), durante dois dias, neste fim de julho, profissionais, executivos, pesquisadores e cientistas para discutir o futuro do segmento e como os estudos dos organismos de vírus, insetos, bactérias e fungos podem acionar novas alternativas de proteção e crescimento das plantas.  “Daqui para frente, será a sinergia entre as tecnologias dos vários agentes que vão ditar as novas soluções do setor para o Agro”, completou Eduardo.

Na ponta deste avanço histórico, está o Brasil, onde a biotecnologia do agro cresce a quase 20% ao ano, quatro vezes mais do que no resto do mundo, e já movimentou R$ 5 bilhões em 2023, considerando o preço final para o agricultor. O país ainda se destaca pelo uso em larga escala nas grandes lavouras, como soja, milho e algodão, e dominar 12% do total das safras nacionais. Entre os principais cultivos, 55% foram destinados para soja, 27% para milho, 12% para cana-de-açúcar e 6% para algodão, café, citrus e hortifruti (HF). Mato Grosso foi o estado de maior uso de produtos biológicos agrícolas, com 33,4% do total. Em seguida, Goiás e Distrito Federal, com 13%. São Paulo, com 9%. Paraná, com 7,9%. E Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com 7,8%.

O Biocontrol & Biostimulants LATAM é organizado pela editora especializada em publicações focadas em tecnologias para o agronegócio New AG International, com o apoio da (CLB), associação que reúne empresas, especialistas e instituições que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a produção agrícola sustentável. A Croplife ainda participou da programação com Arthur Gomes, diretor-executivo e de Sustentabilidade; e Gisele Perjessy, coordenadora de Assuntos Regulatórios de Bioinsumos. Eles abordaram a dinâmica do mercado e a regulamentação de bioinsumos no Brasil.

Uma das apresentações mais contundentes foi do fundador da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII Bio, nova designação da entidades) e conselheiro Solon Araújo. Ele fez um breve histórico da trajetória dos produtos biológicos, que iniciou ainda nos anos 1960, com as primeiras experiências tratando de fixação de Nitrogênio nas raízes das plantas de soja com inoculantes e vislumbrou os maiores desafios da Ciência nesta área. “Estamos agora entrando na área de uso da inteligência artificial para dominar as informações mais importantes das pesquisas com os microrganismos e mergulhar mais intensamente no DNA dos seres vivos que habitam os solos e o ar dos cultivos para detectar exatamente quais as habilidades mais interessantes desse material para as culturas agrícolas”, apontou Solon Araújo.

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