11 de abril de 2018

Asbram defende fábricas de ureia da Bahia e de Sergipe

A Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), defendeu nesta terça-feira, dia 10, em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, a manutenção das atividades das unidades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Petrobras na Bahia e em Sergipe. A fábrica também tem unidades em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Para as duas entidades, o fechamento das unidades provocaria prejuízos à economia da região, com o desemprego de 1,4 mil pessoas, e poderia aumentar os custos de produção com a importação do insumo. A Fafen produz fertilizantes como amônia e ureia, que são importantes para a produção agropecuária, usados na adubação de culturas e pastagens e na alimentação de ruminantes. “Depender totalmente de produtos importados coloca o Brasil em situação de fragilidade pela importância que a agricultura tem. Ter uma produção de fertilizantes nitrogenados economicamente viável no país é uma garantia para o agricultor que ele vai ter esse insumo a preço satisfatório que o permita concorrer no mercado mundial”, afirmou o coordenador do Grupo de Tecnologia da CNA, Reginaldo Minaré.

O chefe de gabinete do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Coaraci Nogueira de Castilho, representou o ministro Blairo Maggi e destacou o posicionamento do órgão em relação ao tema. “Somos solidários e esperamos fazer um trabalho em conjunto com a Comissão porque essa causa não é só da Bahia e de Sergipe, mas do Brasil”. Para o senador Eduardo Amorim (PSDB/SE), autor do requerimento para a realização da audiência pública, o fechamento da Fafen na Bahia e em Sergipe vai desabastecer o mercado agrícola e tornar o País vulnerável e dependente do mercado externo. “Fechando essas empresas, estamos indo na contramão do progresso e de uma agricultura e uma pecuária forte. Estamos entregando o mínimo de soberania que temos. Somos o segundo maior produtor de alimentos do mundo e para chegarmos à primeira posição temos que ter a autossuficiência em fertilizantes. Esse é o caminho”, reafirmou.

As fábricas deveriam encerrar as atividades em junho deste ano, mas uma decisão do presidente Michel Temer de criar um grupo de trabalho para tratar do assunto estendeu as atividades da Fafen nos dois estados até o mês de outubro. Também participaram do debate o vice-governador da Bahia, João Leão, o prefeito de Laranjeiras (SE), Paulo Hagenbeck, representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram) e dos sindicatos de petroleiros e técnicos de operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados.

 

 

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