Aquisições bilionárias aquecem a procura por terras agrícolas em março

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O mês de março marcou o agronegócio brasileiro com as compras de fazendas pela SLC Agrícola. A empresa, que é especializada na produção de soja, algodão e milho, fez duas grandes aquisições nesse período: 100 mil hectares, da Sierentz Agro Brasil, por US$ 135 milhões, e 48 mil hectares da Agrícola Xingu, subsidiária da Mitsui, por R$ 913 milhões, somando mais de R$ 1,7 bilhão. Para Geórgia Oliveira, CEO do Chãozão, maior portal especializado em vendas de terras rurais do Brasil, esse movimento da SLC foi fundamental para aquecer a procura por fazendas voltadas para a produção, que cresceu cerca de 35% em março. “O mercado reagiu muito bem a essas aquisições feitas pela SLC, inclusive observamos essa alta de pessoas buscando por anúncios de fazendas para lavouras, grãos, etc, de forma instantânea”, afirma.

Segundo ela, os principais focos de buscas durante março de 2025 foram nos estados de Mato Grosso, Goiás, Maranhão e Bahia para terras para plantação de soja e algodão. Atualmente, o Chãozão possui cerca de R$ 350 bilhões em propriedades anunciadas (Valor Geral de Vendas), sendo também responsável pelo ICVH (Índice Chãozão Valor do Hectare), a primeira ferramenta brasileira dedicada a calcular o valor médio por hectare em cada localidade do país, para facilitar tomadas de decisão baseadas em dados reais e atualizados de mercado.

Geórgia Oliveira avalia que esse cenário só confirma a boa perspectiva de crescimento do mercado imobiliário de fazendas, sítios, chácaras, entre outros, no balanço final de 2025. Ela lembra que, recentemente, o setor passou por outro grande período de alta, dessa vez alavancada pela pecuária.

“No segundo semestre de 2024, tivemos a alta histórica no valor da arroba do boi, o que gerou um aumento na procura de fazendas de pecuária, principalmente por meio de arrendamento. Em dezembro observamos que, dos arrendamentos anunciados em todo o Brasil pelo Chãozão, 18% eram específicos para pecuária e outros 20% são de dupla aptidão, com uso também para pecuária. Antes, essas categorias representavam 13% e 15%, respectivamente”, afirma.

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