18 de março de 2022

Alysson e Wedekin: o show do alimento na Asbram 2022!

Os dois agrônomos conversaram sobre a História Política e Alimentar do mundo e encantaram o público do 12° Simpósio Nacional da Indústria de Suplementos Minerais, em Campinas (SP).

Foi uma aula de experiência, bom humor, sabedoria e reflexão. De um lado, Alysson Paolinelli, Engenheiro Agrônomo, ex-Ministro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), atual Presidente da Associação dos Produtores de Milho (ABRAMILHO), Presidente do Instituto Fórum do Futuro, titular da Cátedra Luiz de Queiróz na Faculdade de Agronomia da Universidade de São Paulo (ESALQ – USP), premiado com o mérito ‘World Food Prize’ de 2006 e indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021 e novamente em 2022. Ao lado dele, Ivan Wedekin, Engenheiro Agrônomo, Escritor, Diretor da Wedekin Consultores, ex-Secretário de Política Agrícola do MAPA, ex-Diretor da BM&Bovespa (atual B3) e ex-Executivo da Agroceres.

Juntos, misturaram Geopolítica, História, Sociologia e Costumes para falarem sobre como o Brasil transformou-se em um grande produtor mundial de proteína vegetal e animal nos últimos 50 anos. O momento marcou a manhã do segundo dia de atividades do 12° Simpósio Nacional da Indústria de Suplementos Minerais, organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Suplementação Mineral (ASBRAM) em Campinas (SP), e que termina nesta sexta-feira, dia 18. O tema do encontro deste ano é ‘O Brasil sustentável – Pronto para alimentar o Mundo’.

Os dois lembraram dos anos 1960 e 1970, quando o Brasil importava alimentos e a população gastava mais da metade do salário com comida. “Os Estados Unidos sabem faz tempo como o alimento é questão de segurança nacional e paz na Terra. Tanto que mantém armazenados grãos suficientes para o mundo todo se abastecer durante três anos. Realmente, o mundo continua dependendo de alimento. As decisões giram em torno de Política, armas, fronteiras e petróleo. Mas o alimento permanece sendo vital para a humanidade”, advertiu Alysson Paolinelli.

“Hoje, a família brasileira gasta mais com Transporte do que com Alimentação”, emendou Wedekin. Eles falaram também sobre os anos de Guerra Fria entre americanos e soviéticos, os estudos do ex-Ministro na Universidade Federal de Viçosa (MG), a federalização da faculdade e os primeiros anos como professor. “O Brasil vai dominar o mundo pelo alimento. Preço, qualidade e oferta serão os três ativos mais requisitados pelo Mercado”, acrescentou Paolinelli.

Por fim, o ex-Ministro defendeu que o Brasil precisa ter uma melhor comunicação com o mundo, deixando claro que somos uma nação pacífica, que pode ajudar os países em qualquer tipo de conflito como mediador e que entende e vai cumprir a tarefa que recebeu de alimentar bilhões de pessoas ao longo dos anos. “Nosso solo e nosso sol representam uma autêntica explosão biológica. Chegou a vez da riqueza das terras tropicais e nós somos o celeiro do mundo definitivamente. Mas temos que cuidar bem melhor da nossa imagem diante dos outros países”, alertou.

Por fim, Wedekin e Alysson destacaram os números da Pecuária Bovina brasileira no cenário internacional e interno, a importância da Ciência e do trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) junto às terras e aos produtores rurais, além dos investimentos e ações implementados para a sustentabilidade do Campo Brasil. “Tecnologia. Biologia. Lavouras de pastagens. Iniciativa privada e produtores brasileiros dando um show. Bioeconomia, integrações e o agro do carbono. Sem falar que o silício coloidal pode ser o quarto elemento da fertilização do solo tropical. Estamos fazendo estudos sobre o assunto. Aproveitem, todos, porque a bola do Agro está na marca do pênalti. É só chutarmos”, concluiu Alysson Paolinelli.

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