Agrobiológica Sustentabilidade é metabólitos e fungos

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Inovação também chega às embalagens dos produtos da companhia. Bag-in-Box oferecerá ainda mais praticidade e sustentabilidade ao produtor rural

A Agrobiológica Sustentabilidade, empresa da holding Crop Care, é precursora em diversas tecnologias para o campo que, ao longo da última década, vêm trazendo inovação e competitividade para os produtores rurais em todo o Brasil. Além de ser um dos principais players do mercado on farm, equipando e capacitando centenas de agricultores para a produção de bioinsumos para uso próprio em suas fazendas, a empresa investe de forma permanente em Pesquisa e Desenvolvimento para a oferta de produtos prontos cada vez mais eficientes e sustentáveis para o agronegócio brasileiro.

Patrícia Diosti, diretora de P&D da Agrobiológica Sustentabilidade, explica que uma das descobertas mais recentes da companhia é a identificação com precisão dos metabólitos em sua linha de produtos Bioshock. “Esses metabólitos agregam valor significativo às formulações já disponíveis, aumentando sua eficácia e precisão. Durante o processo de crescimento e multiplicação dos microrganismos, os metabólitos extracelulares são excretados no meio de cultura, desempenhando funções essenciais, como a proteção contra predadores e o controle de doenças”, ressalta.

Todas as inovações da companhia são fruto de um trabalho intenso de pesquisadores, realizados no Centro Avançado de Pesquisas Johanna Döbereiner, localizado no complexo fabril da companhia, em Itápolis, interior de São Paulo. O laboratório, equipado para avançar no desenvolvimento de bioinsumos, conta com uma estrutura moderna de 1.800 m² e 35 salas dedicadas a diferentes áreas de pesquisa, permitindo a execução completa de todas as etapas do desenvolvimento de novos produtos biológicos.

A empresa também colabora com parceiros externos em pesquisas para a caracterização química de metabólitos presentes em produtos de seu portfólio. Esses compostos são investigados pelo potencial de originar bioprodutos capazes de reduzir perdas e danos causados por pragas, aumentando assim a produtividade e a resiliência das culturas agrícolas.

Estudos conduzidos com o bioinsumo Aptur revelaram a presença de compostos da classe dos ciclodepsipeptídeos, com destaque para os Beauverolídeos e seus derivados, característicos do ingrediente ativo Cordyceps fumosorosea, reconhecido por sua significativa ação inseticida. Na análise do produto ShieldShock, que será lançado na próxima safra, foram identificados lipopeptídeos, como Surfactinas e Iturinas, compostos produzidos por bactérias do gênero Bacillus e responsáveis pelo efeito nematicida desses microrganismos.

Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo de formação e gerente de Marketing Estratégico da Agrobiológica Sustentabilidade, conta com entusiasmo como as propriedades dos metabólitos podem acelerar o aperfeiçoamento de diversos produtos já disponíveis no portfólio da empresa e na criação de novas soluções ainda mais potentes para a agricultura brasileira. “Estas substâncias, presentes no metabolismo de organismos vivos, possibilitam o desenvolvimento de novos bioprodutos agrícolas que reduzem perdas e danos causados por insetos, além de maximizarem o potencial de bioinseticidas e bionematicidas, contribuindo para práticas agrícolas ainda mais sustentáveis e eficazes”, destaca.

Segundo Arroyo, a tecnologia Bioshock, exclusiva da companhia, foi a porta de entrada para um olhar mais atento à relevância dos metabólitos. Quando lançada, revolucionou o processo de produção de microrganismos ao adotar o meio líquido em substituição ao tradicional cultivo em meios sólidos na indústria.

Um dos principais benefícios da multiplicação em meio líquido é a presença de metabólitos ativos, que desempenham um papel fundamental no controle biológico de pragas. Esses metabólitos, além de garantir maior eficiência no combate a pragas específicas, proporcionam uma ação mais rápida, permitindo que o agricultor aplique soluções mais eficazes em seus cultivos. Por meio de um mapeamento detalhado, é possível identificar quais metabólitos estão presentes em cada produto e como eles podem atuar no combate a diferentes tipos de pragas, como a mosca-branca e lagartas, além de fungos e bactérias patogênicas (organismos que causam doenças).

“Estamos na fase futura das formulações em bioinsumos, todo o mercado fala da geração de produtos contendo metabólitos, e para nós hoje essa tecnologia já é uma realidade, onde os produtores já têm acesso junto ao nosso time de especialistas a campo e parceiros comerciais. E permanecemos constantemente evoluindo nossas tecnologias”, declara Arroyo.

Bag-in-Box – inovação em packaging sustentável
Outra iniciativa inovadora da empresa foi o desenvolvimento do sistema de embalagem Bag-in-Box. Com capacidade de até 10 litros, a nova embalagem melhora significativamente a conservação dos bioinsumos, assegurando que suas propriedades sejam mantidas por mais tempo durante o transporte e armazenamento.

“A adoção dessa embalagem representa uma solução eficiente para a logística agrícola, substituindo as bombonas de 25 litros por uma alternativa mais compacta e prática, que não só otimiza o espaço, como facilita o manuseio do produto”, explica Arroyo.

As etapas de desenvolvimento da nova embalagem foram realizadas entre 2022 e 2024, com um projeto piloto concluído após aprovação regulatória junto ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e testes de campo com clientes finais, que avaliaram positivamente a performance do produto e a aceitação da embalagem.

A implementação em escala está prevista para o ano de 2025, mas a Agrobiológica Sustentabilidade já recebeu o Prêmio Eco, uma iniciativa anual promovida pela Amcham Brasil que reconhece organizações que contribuem para o fomento de práticas sustentáveis no Brasil, pelo projeto Bag in Box – inovação em packaging sustentável para bioinsumos. O reconhecimento aconteceu em 03 de dezembro de 2024, em São Paulo, capital. A embalagem foi destaque na categoria Sustentabilidade em Produtos e Serviços.

Para Arroyo, o uso da Bag-in-Box traz vantagens tanto a empresa quanto para os clientes e meio ambiente, pois representa redução de 39% no balanço de emissões relativas ao consumo anual de embalagens utilizadas anteriormente; queda de 72% das emissões de CO2 da fabricação de embalagens; diminuição de 59% das emissões no transporte inbound na compra destas embalagens; redução média de 68% na massa dos resíduos gerados a serem transportados para descarte no sistema inpEV; e uma ocupação 80% menor da área de estoque de embalagem pré-envase e pós consumo.

“A Agrobiológica acredita que a chave para a evolução da agricultura no Brasil e no mundo está na ciência, e vem investindo cada vez mais em P&D para contribuir com este movimento de transformação”, finaliza o executivo.

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