13 de junho de 2022

ABCAR destaca rastreabilidade para a Gestão do Agronegócio!

Direção da entidade procura divulgar as informações do segmento em diversos canais.

A Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade (ABCAR), principal entidade representativa do setor que atua com as ferramentas de controle sanitário e fiscalização das propriedades rurais que cumprem protocolos internacionais e exportam a mercados mais exigentes, que remuneram melhor, está ampliando seus canais de comunicação para divulgar os benefícios de suas ações propiciados à sociedade brasileira. Além de interagir com o mercado de forma direta, trabalhar junto às autoridades governamentais agropecuárias e comunicar as atividades por meio da Imprensa, a ABCAR está participando de encontros com o público das universidades, que formam os profissionais que vão atuar no Agronegócio brasileiro no futuro.

Como no mês passado, quando o Diretor Executivo da empresa Planejar Informática e Certificação, e Vice Presidente da ABCAR, Aécio Witchs Flores, apresentou a palestra ‘Gestão do Agronegócio e a Rastreabilidade’, na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP). “A rastreabilidade objetiva criar a identidade digital de um produto, dando transparência na sua jornada, desde a origem, passando pela cadeia de suprimentos, até o consumidor final.  Esse controle é o que dá credibilidade aos negócios. E atende as atuais legislações, as novas demandas normativas, os acordos climáticos nacionais e internacionais e os exigentes consumidores no Brasil e no mundo”, analisou Aécio Witchs Flores, executivo que acumula trinta anos de experiência no desenvolvimento de soluções para o Agronegócio, integra o Grupo de Rastreabilidade do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) e é Bacharel em Administração de Empresas, com Especialização em TI, Finanças e Controladoria.

Durante a palestra, ele enfatizou a importância de informações divulgadas durante o último Fórum Econômico Mundial, de que 67% dos consumidores querem saber a origem da sua comida e 69% das pessoas com menos de 40 anos dizem que pagariam mais por produtos eletrônicos produzidos com materiais sustentáveis. “Soluções de rastreabilidade para as empresas são estratégicas, não apenas para garantir transparência e eficiência aos negócios. São a base para a descarbonização das cadeias de produção e garantia de cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável que o planeta necessita. A rastreabilidade é para toda a cadeia. Quando evoluirmos ao ponto de termos todos os animais enviados para o abate com garantias sanitárias e de sustentabilidade oferecidas pela rastreabilidade individual e certificação de terceira parte, vamos fazer da Pecuária do Brasil, que já é de excelência, a mais segura, confiável e verde do planeta”, reforçou.

É a partir do Agro que a rastreabilidade tornou-se assunto cotidiano. A estimativa do Emergen Research é que o mercado global do setor alcance US$ 9,75 bilhões até 2028,  mais do que o dobro do registrado em 2020 (US$ 4,54 bilhões). “Ao lado deste crescimento, está a evolução das exigências sobre informação e monitoramento que dão origem à documentação e aos registros auditáveis em cada etapa da cadeia. No  caso da carne bovina brasileira, sem rastreabilidade, como dar transparência aos investidores, compradores internacionais e consumidores de que o alimento é produzido de forma segura e seu processo de produção é sustentável, não tendo ligações com queimadas, desmatamento e trabalho escravo?”, indaga Aécio.

Durante a exposição, ele relembrou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a primeira instrução normativa do SISBOV (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos) há vinte anos e, a partir daí, tornou-se assunto recorrente nas mesas de debates do Agro nacional. Porém em vinte anos, ainda não se chegou a um consenso sobre um modelo ideal para todos os elos da cadeia, sendo um assunto ainda não pacificado no Agro nacional. “Aprendemos que a rastreabilidade bovina é uma realidade, ferramenta de segurança alimentar, garantia da procedência  dos animais, dá transparência aos mercados compradores e se edifica com processo de identificação individual, certificação de terceira parte, vistorias e auditorias recorrentes. E ainda temos um modelo de controle de movimentações de animais muito eficiente, a Guia de Trânsito Animal (GTA), um dos pilares da rastreabilidade no Brasil, que monitora as movimentações entre propriedades e por sua vez o controle entre zonas habilitadas ou não para destinação de produção a mercados exportadores. Porém, a Guia oferece um modelo de controle por lote de animais a partir da sua idade, sem a individualização do mesmo”, examinou o executivo.

Exatamente por isso a identificação individual com o uso da numeração oficial do MAPA é atualmente a forma mais segura de se executar a rastreabilidade. Sinônimo de identificar qualquer anomalia e criar processos de controle onde os animais que oferecem algum risco, seja sanitário ou de processo de produção não sustentável, não sejam comercializados, até que seja executada uma ação corretiva que venha a zerar o risco oferecido. “Mas ainda enfrentamos vários desafios. Precisamos pacificar os conceitos e estabelecer um modelo que una a cadeia para encontrar e aplicar soluções, definindo ações e o valor de cada elo. Dar transparência às informações referentes à produção sustentável. Viabilizar a certificação e o autocontrole como formas de acelerar o processo. Vincular na carne da gôndola do supermercado as informações sobre a sua produção sustentável. E, por fim, conscientizar o consumidor para que exija essas garantias, nas carnes servidas em qualquer momento da alimentação do consumidor final”, ratificou.

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