28 de agosto de 2024

Avicultura deve manter crescimento no semestre, prevê especialista

Setor aviário, considerado um pilar do agronegócio brasileiro, deve seguir em ritmo de expansão até o fim do ano.

 

A avicultura brasileira, considerada um dos principais motores do agronegócio nacional, deve continuar a crescer no segundo semestre deste ano. A expectativa é que, até dezembro, o volume de produção supere os resultados de 2023, consolidando 2024 como um ano ainda mais positivo para o setor. De acordo com o country manager da Quimtia Brasil, indústria especializada na produção de insumos para nutrição animal, Renato Klu, a perspectiva é para uma produção de aproximadamente 16 milhões de toneladas neste ano, um resultado 17% superior ao registrado no ano anterior.

“Os primeiros seis meses do ano já foram marcados por números expressivos e um desempenho acima do esperado. Mas com a proximidade do fim de ano, a tendência é que o segundo semestre seja bastante positivo para o consumo de carne de frango, por isso uma expectativa alta para a cadeia produtiva”, afirma o executivo. As exportações também devem continuar a crescer até dezembro e fechar o ano de forma favorável. Para o especialista, o envio de produtos para fora do país cresceu em 2023, ultrapassando 5 milhões de toneladas, 6,6% acima que o volume exportado em 2022. Com base nesse aumento recorrente, a perspectiva é de otimismo para 2024.

Atualmente, a China, os Emirados Árabes Unidos e o Japão continuam sendo os maiores importadores da carne de frango brasileira. Para se ter uma ideia, o Brasil chegou a exportar o equivalente a US$ 9,7 bilhões do produto, em um período de 12 meses. “Isso nos coloca em uma posição de destaque, como o principal exportador de carne de frango em nível mundial”, acrescenta.

Competitividade brasileira coloca país em evidência – Considerado como dono de uma produção animal altamente sustentável, o Brasil vem sendo enxergado como uma verdadeira referência mundial, principalmente pelo seu alto índice de eficiência produtiva na avicultura. “Hoje, o Brasil é considerado um porto seguro, em se tratando de produção e exportação da carne de frango de qualidade para o mundo, pois os parâmetros de seguridade na cadeia produtiva são vistos como uma das melhores no âmbito internacional”, afirma.

Com um aumento significativo na procura por ovos como opção de proteína, a probabilidade é que haja também um crescimento no volume de sua produção. A previsão é que o consumo per capita chegue próximo a 300 neste ano, obtendo o mesmo patamar alcançado durante a pandemia.

No entanto, por mais que grande parte da produção de ovos seja destinada ao consumo interno, suprindo a demanda de um mercado que valoriza cada vez mais uma proteína de alta qualidade e de baixo custo, algumas projeções para o futuro indicam que o Brasil se torne um possível exportador de ovos.

“Acredito que com o aprimoramento da industrialização de ovos, a exportação desse tipo de produto comece a ganhar força nos próximos anos, o que certamente deve impulsionar significativamente o setor avícola brasileiro”, finaliza Renato Klu.

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