Cursos gratuitos integram o acordo de cooperação técnica firmada entre a Associação das Indústrias de Suplementos Minerais e o Ministério da Agricultura e Pecuária e vai vigorar por três anos.
A Associação das Indústrias de Suplementos Minerais e o Ministério da Agricultura e Pecuária realizam o primeiro curso gratuito de qualificação de técnicos para as práticas do Plano ABC+. O anúncio foi realizado durante a reunião mensal de agosto da Associação das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM), em São Paulo, na palestra da zootecnista, auditora fiscal federal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e coordenadora de fomento à produção animal da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Fabiana Maldonado.
O primeiro evento de Ensino à Distância, “Mudanças climáticas e Desenvolvimento Rural Sustentável no Cerrado”, tem uma carga horária de vinte horas, cem vagas e vai ser obrigatório para quem deseja fazer o segundo curso. “Vamos tratar de agenda global de produção e sustentabilidade, conservação e desenvolvimento com cuidado máximo do meio ambiente”, explicou Fabiana Maldonado. A ação integra o acordo de cooperação técnica firmada entre a ASBRAM e o MAPA no fim do ano passado, que vai vigorar durante três anos. Com a implantação de cursos gratuitos para qualificação e capacitação de técnicos nas práticas do Plano ABC+.
Fabiana Maldonado, auditora do MAPA e Elizabeth Chagas, vice-presidente Executiva da ASBRAM
O Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+) é uma estratégica do Governo Federal, elaborada pelo MAPA, criado em 2010 e reformulado em 2023, com objetivo de promover a redução das emissões de gases de efeito estufa na agricultura, conforme preconizado na Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Também objetiva melhorar a eficiência no uso de recursos naturais, aumentar a resiliência de sistemas produtivos, possibilitando a adaptação do setor agropecuário às mudanças climáticas.
“O trabalho da ASBRAM vem de encontro diretamente aos propósitos do Plano governamental. E vem ajudar nossa entidade a sermos cada vez mais ativos em prol da sustentabilidade. Só posso falar em nome das empresas que vamos aprender muito e divulgar como nunca”, prometeu Elizabeth Chagas, Vice-Presidente Executiva da Associação.
Elisa da Costa Guida, coordenadora de projetos na International Emissions Trading Association (IETA)
A reunião ainda tratou de outros temas muito caros para os “propósitos verdes” da ASBRAM. A engenheira ambiental, especialista em mudanças climáticas e mercado de carbono Elisa da Costa Guida, coordenadora de projetos na International Emissions Trading Association (IETA), falou sobre a relação entre a diminuição da temperatura global e a emissão líquida zero de carbono. “O tema ainda demanda avanços e debates envolvendo regulamentação mundial, regional e em cada estado dentro de um país. E são vários os tipos de mercado de carbono sendo criados, com metas obrigatórias e de adesão. O Agro está presente em 8% dos projetos de mercado de carbono no mundo todo. No Brasil, o projeto aguarda votação do Senado Federal. Um dos itens debatidos é a emissão. Quem emite até 10 mil toneladas por ano informa ao governo. Já quem emite de 10 até 25 mil toneladas por ano precisa fazer projetos de compensação”, salientou Elisa da Costa.
A ASBRAM debate e divulga os temas mais importantes de sustentabilidade produtiva, ambiental e financeira no Brasil há muito tempo, em reuniões mensais, no Simpósio realizado a cada dois anos e utilizando a capilaridade que mantém com os produtores de carne bovina e leite do país, num universo que contempla mais de quinze mil profissionais no campo, fazendo a assistência rural e técnica junto aos pecuaristas. Sem falar na oferta ao mercado de moléculas cada vez mais modernas e eficientes ambientalmente, e na cartilha distribuída nacionalmente com informações sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável e Governança ambiental, social e corporativa.
“A ASBRAM é reconhecida pelo trabalho contínuo em nome do valor do agronegócio para a economia brasileira, por ser uma entidade aberta e transparente, além de ser uma voz imponente há tempos da produção de carne e leite com respeito integral ao meio ambiente”, sacramentou Fernando Neto, Presidente da ASBRAM.
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