10 de outubro de 2024

Alfa recebe líderes de 38 coops para discutir transformação do setor

Dia 8 de outubro a Cooperalfa, de Chapecó (SC), foi sede do evento de encerramento do terceiro módulo do programa de relacionamento Bayer Coopera+ Transformação 2024, com a participação de 85 líderes de 38 cooperativas do agro brasileiro. “Esse grupo vem transformando a agricultura do Brasil e o nosso objetivo é somar frente aos desafios do crescimento rápido do mercado do cooperativismo no setor”, declarou Eric Kersul, líder de negócios Bayer CP Unit Sul.

Pela manhã, no auditório da matriz Alfa, a Direção Executiva apresentou o case da cooperativa e tirou dúvidas dos participantes com relação as suas atividades de negócios e estratégias de mercado.  O presidente Romeo Bet destacou a parceria Alfa e Bayer e disse que juntos somam-se forças na busca da agregação de valor aos negócios dos cooperados, os verdadeiros donos da cooperativa. “A Alfa está de portas abertas para a inovação e desenvolvimento de tecnologias que dão sustentação às famílias associadas”, afirmou.

O 1º vice-presidente da Cooperalfa, Cládis Jorge Furlanetto, apresentou a distribuição das receitas da cooperativa, por área de negócio, e destacou a diversificação como um importante modelo de sustentação econômica. “Para 2025 a meta é atingir a marca dos R$ 10 bilhões de faturamento.” O 2º vice-presidente Edilamar Wons apresentou os principais fatos históricos de incorporações, que marcaram a expansão da cooperativa para novas regiões, falou da estrutura atual e dos programas educacionais e de desenvolvimento cooperativista, como Alfa Mulher e Alfa Jovem. “Completamos dia 29 de outubro 57 anos de Cooperalfa, com um quadro de 22.907 famílias associadas e 4.260 colaboradores.”

Estratégias e Negócios no Agro e nas Cooperativas – O evento de encerramento do último Módulo do Programa Transformação foi marcado pela palestra magna com o professor do Insper, Marcos Jank, trazendo um panorama geral o mercado até agora e suas perspectivas para o agronegócio. Ele iniciou a apresentação enaltecendo a Alfa e o seu posicionamento de destaque entre as maiores cooperativas do Brasil, “contribuindo para o movimento da proteína, que nos torna competitivos globalmente”.

Jank mencionou a complexidade do mercado global e lembrou que apesar de estarmos aqui no interior, o nosso cliente está na Ásia e cada vez mais dependemos do cliente internacional”. Ele também explicou a volatilidade dos preços das commodities agrícolas, de modo especial a partir de 2020, influenciados pelos efeitos mundiais da pandemia, guerras, clima, inflação e geopolítica. Aliás, observou o palestrante, o clima é uma surpresa permanente e protagonista no movimento da montanha russa dos preços dos alimentos. Sobre a baixa acentuada dos preços dos grãos, Jank explicou: “Estamos voltando a normalidade do mercado, desarranjando o mercado do agro”.

Apesar dos fatores depreciativos sofridos pelo setor nos últimos anos, existe forte otimismo com relação ao agro brasileiro. Afinal, segundo Marcos Jank, o país tem crescimento da produtividade total dos fatores (PTF) acima da média global – atualmente em 3,4%. “Crescemos mais que o dobro do que crescem os Estados Unidos”, destacou. E, conforme explica o painelista, o que eleva o PTF do Brasil são as melhorias feitas ao longo dos anos, como o plantio direto, a segunda safra, a integração lavoura-pecuária e os bioinsumos. E a cooperativa vai construindo um sistema que atende toda a cadeia produtiva. “Hoje temos produtores de sistema integrado de produção agropecuária, voltado para a exportação, o que permite a Cooperalfa buscar um faturamento de R$ 10 bilhões em 2025”, observou.

O Brasil é o terceiro maior exportador do mundo e a China é o maior cliente. Diante disso, defende o professor, é necessário diminuir essa dependência e buscar novas oportunidades, como Índia e e outros países da Ásia que estão crescendo bem. “As cooperativas, por meio da intercooperação, precisam se organizar, criar uma coordenação para lidar com o mundo e chegar lá”.

Pontos fortes e desafios – Entre os pontos fortes das cooperativas, apontados pelo professor Jank, estão a proximidade do produtor (maior ativo), agregação de valor via insumos, processamento e comercialização, escala e volumes crescentes, estruturas enxutas e focadas. E os principais desafios são a melhoria do entendimento do universo além dos importadores e a melhoria da cooperação entre cooperativas, para ampliar os negócios.

Durante a palestra magna também ganhou destaque a importância do fortalecimento da imagem do cooperativismo e seu papel no desenvolvimento das pessoas. Segundo o palestrante, o social é importante na construção da imagem. “Muitos pequenos produtores só sobrevivem graças às cooperativas”, pontuou.

Para o coordenador da pasta de defensivos da Alfa, Júnior Piccini, do departamento comercial, a palestra magna do evento foi enriquecedora sobre estratégias e negócios no agro brasileiro e nas cooperativas. “Nos proporcionou ferramentas essenciais para enfrentarmos os desafios do setor”, declarou.

Painel dos colaboradores Alfa – Ainda pela manhã, a programação incluiu o painel “Como gerar mais e melhores negócios no produtor”, com os colaboradores da cooperativa, que falaram dos processos das diferentes atividades econômicas. O gerente da loja agropecuária matriz, Moacir Mistura, falou da importância da preservação da essência Alfa/Aurora Coop, dos valores como honestidade e confiança nos negócios e do tratamento indistinto entre pequenos, médios e grandes produtores.

O agrônomo Ferdinando Brustolin realçou o esforço da assistência técnica da Alfa no comprometimento com a missão da cooperativa, de gerar valor ao agronegócio, por meio da cooperação. “Buscamos entender o perfil e a necessidade de cada cooperado e oferecer a solução mais acertada”. O coordenador agrícola Claudiney Turmina destacou que na Alfa os técnicos que atendem os produtores nas propriedades não recebem comissão e isso se torna um importante diferencial para o produtor, pois ele só adquire aquilo que efetivamente pode lhe trazer resultados. “A venda é uma consequência dos serviços prestados pela consultoria técnica.”

O coordenador comercial de fertilizantes, Leonardo Ferronato, falou das oportunidades geradas a partir da expansão da cooperativa para novas áreas. “Nossa carteira de grandes produtores aumentou e isso nos motiva a crescer igualmente nas estratégias de vendas, com modelos de negócios adequados para os diferentes perfis de consumidores”.

Na parte da tarde do dia 8, o grupo visitou a Indústria de óleo de soja da Linha Tomazelli, em Chapécó, e a Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS), de Xanxerê (SC). Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto o funcionamento dessas duas unidades. E a noite, o jantar de encerramento do Transformação Módulo III, foi na sede da AARA (Associação dos Funcionários da Cooperativa Agroindustrial Alfa) , em Chapecó.

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.

    plugins premium WordPress