Soja Baixo Carbono é destaque na Vitrine da Embrapa no Show Rural

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Os visitantes do Show Rural, feira promovida pela cooperativa Coopavel, de 05 a 09 de fevereiro, em Cascavel (PR), estão acostumados a observar a parte aérea das plantas, mas, em 2024, a unidade de demonstração da Soja Baixo Carbono, na Vitrine de Tecnologias da Embrapa, demonstrará também as raízes de nove espécies (soja, milho, milheto, feijão guandu, crotalária, panicum BRS Zuri, braquiária brizanta BRS Piatã e braquiária ruziziensis).  “Estamos demostrando as alternativas de diversificação de culturas e o impacto da adoção do sistema de plantio direto na melhoria da qualidade do solo e, consequentemente, na produtividade da soja baixo carbono”, explica a pesquisadora Roberta Carnevalli, da Embrapa Soja.

Além disso, será demonstrado o efeito da inoculação e da coinoculação no sistema radicular de várias espécies. “As gramíneas, a exemplo das braquiárias, produzem raízes robustas e mais profundas do que as leguminosas (soja, crotalária e guandu, por exemplo) e, por isso, incentivamos sua introdução nos sistemas mais sustentáveis”, diz a pesquisadora.

A proposta é apresentar, na Vitrine da Embrapa, várias tecnologias recomendadas para a produção de soja baixo carbono, como a coinoculação da soja com as bactérias fixadoras de nitrogênio (bradirizóbio) e as promotoras de crescimento (azospirillum), além do manejo racional de fertilizantes, o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas e o sistema plantio direto.

Para tanto, foi montando um painel de quatro metros de altura com raízes de leguminosas e gramíneas inoculadas e sem inoculação. “Penso que o volume das raízes que foram inoculadas chamará a atenção, quando comparados com as raízes não inoculadas”, destaca o pesquisador Marco Antonio Nogueira, da Embrapa Soja. Além das raízes, estão sendo apresentadas ao lado da soja coinoculada, o milho inoculado com azospirillum e cultivado em consórcio com braquiária (ruziziensis e brizanta).

Também estão demonstradas a campo diversas plantas de cobertura, tanto leguminosas quanto gramíneas, que podem ser cultivadas após o milho ou soja: milheto, crotalária, milheto consorciado com nabo, milheto com crotalária, guandu, trigo mourisco, entre outras.

Plantio direto e diversificação de culturas  – O sistema de plantio direto na palha apresenta benefícios econômicos e ambientais, quando comparado ao preparo convencional, principalmente quando se consegue manter a diversidade de plantas e aumentar a produção de biomassa. “Entendemos que os sistemas de cultivo com baixa diversidade de plantas e, consequente, baixa adição de biomassa estão entre as principais causas da degradação do solo”, detalha Nogueira.

As raízes podem melhorar a qualidade física, química e biológica do solo, favorecendo a infiltração e a retenção de água e ainda a ciclagem de nutrientes. Por outro lado, a palha reduz a taxa de evaporação da água e as variações bruscas de aquecimento do solo, a ocorrência de ervas daninhas e a erosão. Tudo isso favorece a biologia do solo, que contribui para processos importantes para a eficiência dos cultivos.

O déficit hídrico e as altas temperaturas do solo prejudicam a eficiência dos bioinsumos aplicados, como as bactérias usadas na fixação biológica do nitrogênio. “Como as raízes e a palha contribuem para melhorar não apenas a qualidade física do solo, mas também a biológica, há uma atenuação dos estresses ambientais, criando um ambiente mais biologicamente favorável, o que resulta em maior produtividade e estabilidade dos cultivos”, concluem os pesquisadores.

Mais informações sobre a participação da Embrapa no Show Rural aqui: www.embrapa.br/showrural

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