Safra da soja foi uma das mais desafiadoras, avalia a Cocamar

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cocamar - safra desafiadora

Com a colheita de soja praticamente encerrada nas regiões atendidas pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial, nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a avaliação geral aponta para médias muito abaixo em relação às expectativas iniciais. De acordo com o gerente técnico Emerson Nunes, a produção média de 1.688 quilos por hectare corresponde a apenas 47,6% do estimado, que era de 3.200 quilos/hectare.

“Foi um ano extremamente desafiador, sob todos os aspectos”, afirma Nunes, assinalando que no Paraná a região noroeste, com seus solos mistos e arenosos, polarizada pelas cidades de Maringá, Cianorte, Paranavaí e Umuarama, foi uma das mais prejudicadas do estado, situação parecida com a de Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul.

A forte quebra é resultado dos efeitos do fenômeno meteorológico La Niña, provocado pelo resfriamento das águas superficiais do Pacífico Sul e que ocasionaram oscilações climáticas extremas no ciclo 2021/22, como precipitações em volumes recordes no mês de outubro, incluindo a ocorrência de vendavais e granizo; prolongada estiagem e má-distribuição de umidade durante a maior parte da fase de desenvolvimento da lavoura, completando com calor intenso na etapa final, de formação de vagens e grãos.

Na segunda-feira (18/4), a cooperativa apurou que faltavam apenas 1,5% das áreas para serem colhidas, sabendo que os números não devem apresentar mais nenhuma variação. A média no noroeste paranaense, Maringá e imediações foi fechada em 990 quilos/hectare, 70% abaixo da previsão inicial, ao passo que em Nova Andradina o cenário foi ainda pior, com uma produtividade de 665 quilos/hectare, 78% a menos.

No oeste paulista, que inclui o programa de renovação de áreas de canaviais mantido pela Cocamar em parceria com três usinas, os produtores colheram a média de 1.511 quilos por hectare, 51,3% a menos que o estimado. Mas nas regiões de Cruzália, Iepê e Palmital – onde a cooperativa possui unidades de recebimento – as perdas foram menores: 23,5%, com produtividade média de 2.396 quilos/hectare.

Norte do PR – Por fim, o norte paranaense foi o que apresentou a menor redução, 22%, para uma média de 2.549 quilos/hectare. O gerente técnico lembra ainda que as variações de produtividade foram gritantes em algumas regiões do Paraná. Enquanto Umuarama registrou apenas 335 quilos por hectare, produtores de Arapongas, próximo a Londrina, chegaram a colher quantidades históricas, de 3.594 quilos por hectare.

 

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