Representação parlamentar deve ser ampliada, defendem coops

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Um tema valioso para o cooperativismo dominou as discussões na manhã de quarta-feira (13/07), no Fórum dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses, realizado no auditório do Sistema Ocepar, em Curitiba. O fortalecimento da base de apoio do sistema cooperativista no Congresso Nacional é uma unanimidade. Para debater o assunto, foi realizado durante o fórum um painel com a participação da superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella, do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, da coordenadora de Relações Parlamentares da Ocepar, Daniely Silva, do ex-ministro da Agricultura, ex-deputado federal e atual diretor-presidente da Agência Reguladora do Paraná (Agepar), Reinhold Stephanes, e do deputado federal, ex-presidente da Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo) e ex-ministro da Justiça, Osmar Serraglio. Por videoconferência, falando de Brasília, participaram os deputados federais que integram a Frencoop: Aline Sleutjes, Pedro Lupion, Leandre Dal Ponte, Sérgio Souza e Luis Nishimori.

Em sua explanação, a superintendente da OCB, Tânia Zanella, fez uma exposição geral sobre os principais indicadores do cooperativismo para destacar a pujança e o tamanho do setor, que no Brasil é formado por 4,8 mil cooperativas e 17,1 milhões de cooperados. “É um contingente muito grande de pessoas. Se um candidato tiver o bom senso de olhar o quanto o cooperativismo representa em termos de pessoas, de que só os cooperados, sem contar familiares e empregados, totalizam 8% da população brasileira, então, ele verá a importância do trabalho que estamos realizando no sentido de mobilizar o nosso público para fortalecer a defesa do nosso movimento”, disse Tânia, referindo-se à proposta do programa de educação política do setor, batizado de “Brasil Mais Cooperativo”.

“Nosso foco é trabalhar na base, nas comunidades onde as cooperativas estão inseridas, mostrando ao nosso público o quanto é importante contar com uma frente parlamentar forte, bem como quem são os candidatos que no dia a dia apoiam o nosso movimento”, disse Tânia, lembrando que somente projetos de lei, há 4,7 mil proposições de interesse do cooperativismo em tramitação no Congresso Nacional. “E cada um desses projetos tem um posicionamento do Sistema OCB, construído a partir do alinhamento com as unidades estaduais que no Paraná, é a Ocepar, e as cooperativas. Não podemos e não devemos atuar de forma desarticulada. Temos a nossa pauta e nossas estratégias para trabalhar os temas que impactam nos negócios das cooperativas. Cada cooperativa jogar de forma individual, não causa mais efeito. Se não tivermos um trabalho conjunto, único, articulado, não teremos resultados assertivos”, afirmou.

A executiva frisou também que, independentemente do resultado das eleições deste ano, o cooperativismo vai continuar navegando. “A OCB está muito profissionalizada. Então, seja qual for o governo que assumir, vamos continuar fazendo o nosso trabalho, colocando a agendas das cooperativas onde for preciso. O que vai de fato fazer a diferença é a representatividade do setor no legislativo. Por isso a importância do trabalho de Educação Política que estamos propondo. É um grande desafio, porque a realidade é que as pessoas não têm vontade de votar. Mas é melhor estarmos lá e votar em pessoas compromissadas com o nosso movimento”, frisou.

Paraná – Sobre a execução do Programa de Educação Política no Paraná, a coordenadora de Relações Parlamentares do Sistema Ocepar, Daniely Silva, detalhou a estratégia adotada no estado. Ela lembrou que essa ação de promover a sensibilização política do público cooperativista foi adotada com sucesso nas eleições de 2018.  Desta vez, no entanto, a meta é ampliar o alcance, fazendo a informação chegar a 2 milhões de paranaenses e elegendo 15 parlamentares da bancada paranaense na Frencoop. “Sabemos que, na prática esse programa precisa chegar na base, por isso ele contém uma série de ações para que a informação flua até os cooperados, funcionários e comunidades em que as cooperativas estão presentes”, disse.

De acordo com Daniely, a proposta do Programa de Educação Política das cooperativas é privilegiar as pessoas que de fato atuam em defesa do setor. “Temos várias demandas no Congresso Nacional e a atuação parlamentar faz muita diferença no apoio às essas demandas. Vamos, então, reconhecer e valorizar quem de fato apoia o nosso movimento. Em paralelo, o objetivo é trazer candidatos que assumam o compromisso de defender as demandas das cooperativas. É importante destacar que esse trabalho não acaba com as eleições. Terminado o pleito eleitoral, vamos acompanhar o trabalho dos parlamentares que apoiamos no sentido de apresentar as nossas pautas e monitorar a forma como eles estão tratando esses temas. Afinal, precisamos prestar contas para a nossa base, quem foi quem comprou a ideia e ajudou a eleger candidatos para a Frencoop”, frisou.

Engajamento – “Se incutiu a ideia de que o cooperativismo tem que ficar longe da política. Mas isso não pode acontecer, porque muitos temas importantes para o desenvolvimento das cooperativas passam pelo campo político”, disse o deputado federal Osmar Serraglio, em sua participação do painel de ontem.  “Estamos admirados com o esforço da OCB e da Ocepar em trabalhar a representação política do setor. Isto é uma ação apartidária. Ninguém quer eleger partido, mas fortalecer a representatividade do setor. As cooperativas têm que saber que o sistema está precisando de representação. O cooperativismo é um sistema forte, mas pouco representando. Vamos planejar, organizar, ter metas e engajar a base. Só assim teremos sucesso”, afirmou.

Já o ex-ministro Reinhold Stephanes disse que a primeira coisa que precisa ser analisada é se a proposta do candidato é boa para o sistema cooperativista. “Os presidentes estão convencidos em relação à importância do que está sendo proposto? Se sim, então, é preciso fazer com que essa noção de importância chegue até a base para gerar engajamento. E pelo que se observa isso não tem acontecido, ou seja, a informação não têm chegado até a base”, comentou. Stephanes também ressaltou o fato de que hoje as frentes estão profissionalizadas, o que dá legitimidade ao trabalho que a Ocepar e a OCB estão propondo. “As frentes parlamentares têm agenda dos assuntos em discussão, se articulam e votam em blocos. E independente do resultado das eleições presidenciais, o sistema tem que rodar, tem que continuar existindo. Então, precisamos apoiar aqueles que defendem os nossos valores”, concluiu.

 

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