Na tarde da última quinta-feira (14/04), foram realizadas em conjunto a 34ª Reunião da Diretoria da Ocepar e a 12ª da Fecoopar, na modalidade on-line, em cumprimento a uma pauta variada. Da agenda do evento, aberto pelo presidente José Roberto Ricken, constaram a aprovação das atas das reuniões anteriores e a apresentação do balancete do atual exercício, até 31 de março, das duas entidades e o registro de cooperativas, entre outros.
Entre os assuntos apresentados esteve o anúncio do registro na Ocepar da Cooperativa Central de Tecnologia da Informação (UniTI), integrada por 21 cooperativas. Com isso, a entidade passa a contar com 221 organizações inscritas. Criada em 8 de dezembro de 2021, a UniTI, entre outros propósitos, vai proporcionar a redução de custos para as suas integrantes, que vão poder compartilhar investimento, tanto na parte de infraestrutura como de sistemas.
Mercosuper – resultado da avaliação da participação de cooperativas na 39ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados (Mercosuper), promovida pela Apras de 5 a 7 deste mês no Expotrade Center, em Pinhais, deixou claro que é importante para as cooperativas participarem de eventos desta natureza, como estratégia de exporem produtos, se aproximarem de clientes e aumentarem a participação no varejo. Segundo o presidente Ricken, a Mercosuper foi uma boa experiência para as 18 cooperativas do Sistema Ocepar que estiveram presentes no Espaço Paraná Cooperativo, além de outras nove de hortifruti, mel, sucos e doces, coordenadas pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná).
O presidente da Apras, Carlos Beal, depois de agradecer a participação do setor no evento, pediu apoio para, em 2023, dar “um novo impulso ao setor para fomentar mais negócios”. Uma de suas propostas é alterar o horário de funcionamento, abrindo duas horas mais cedo, às 13h30, e, consequentemente, se encerrando às 20 horas, em vez de funcionar das 15h30 às 22h30, como foi neste ano. O evento será realizado entre os dias 18 e 20 de abril. A proposta foi apoiada por cooperativistas.
Referência – Beal acrescentou que é preciso, numa estratégia de comunicação, tornar a feira mais conhecida em outros estados. “Assim vamos conseguir atrair mais público de fora para conhecer a feira que tem a maior concentração de cooperativas vendendo alimentos direto para os supermercados. Com o apoio de vocês podemos transformar o espaço em feira de negócios”. Em relação à proposta, Ricken concordou que dá para ser melhor, ser uma feira de negócios, e que, com certeza, uma referência. “A organização é trabalhosa, mas dá para fazer algo de primeiro nível”.
O presidente do IDR-PR, Natalino Avance de Souza, disse que os participantes das cooperativas de hortifrutigranjeiros ficaram entusiasmados por terem participado da Mercosuper. “Foi uma alegria muito grande para eles participarem de uma feira ao lado de grandes cooperativas, que são referência nacional. Foi uma oportunidade importante para eles perceberem as grandes oportunidades de mercado, como também o desafio enorme para participar dele. O nosso sonho é que essas cooperativas de hortifrutigranjeiros alcancem o sucesso das grandes cooperativas paranaenses.”
Souza lembrou que a maior parte dos produtos hortigranjeiros vem de outros estados, a ponto de o Paraná importar entre 60% e 70%, no caso das frutas, do volume que consome. “O nosso grande desafio, portanto, é produzir e gerar emprego no Paraná. Então, além de agradecer a oportunidade de poder conviver com grandes marcas na Mercosuper, as pequenas cooperativas perceberam o desafio enorme que têm pela frente para poder avançar em quantidade e qualidade. Por isso, queremos ser parceiros, começar a trabalhar a partir de agora para a feira de 2023, pois queremos brilhar. Ir lá e negociar com o dono do supermercado. São cerca de 60 cooperativas de hortifrutigranjeiros que podem ajudar o Paraná a ser referência também nesse segmento. Estamos dispostos a isso”, acentuou.
Perspectiva – O presidente da Apras, Carlos Beal, entende que há necessidade de estudar uma forma de organizar esses pequenos produtores, que representam uma cadeia importante da produção de alimentos, aproximá-los mais da cadeia de varejo e, assim, não necessitar buscar mais produtos em São Paulo, por exemplo. Por sua vez, o presidente do Sistema Ocepar disse que é preciso planejar como fazer isso, inclusive com a participação da Apras, no sentido de estimular demandas de hortifrutigranjeiros produzidos no Paraná. “Temos de, com critério, estimular a produção e, ao mesmo tempo, a aquisição direta. Seria o ideal para quem produz e para a rede de supermercados. E a feira é um meio para isso. Assim, entendo que é preciso começar a trabalhar desde já, com planejamento, visando ao próximo ano e alcançar parte desse mercado. Isso será muito bom para todos”, avaliou Ricken.