Ocepar debate novas fontes de financiamentos de longo prazo

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Na última quinta-feira (03/11), o grupo técnico que coordena o Projeto 2 – Desenvolvimento Econômico e Financeiro –, um dos 20 projetos do Plano Paraná Cooperativo (PRC200), o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense, promoveu o seu 10º encontro, desta vez híbrido, com a parte presencial na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. O foco da discussão foi compartilhar informações e experiências de captação de recursos de longo prazo para investimentos e, principalmente, a necessidade de o setor cooperativo buscar fontes alternativas para financiar seus projetos de investimentos e expansão.

“Foi mais um momento importante para alinhar e debater sobre o objetivo do Projeto 2 do PRC 200, que, de forma resumida, se propõe a melhorar, ampliar e simplificar as alternativas existentes, além de pensar em novas e potenciais opções de captação de recursos para investimentos das cooperativas paranaenses”, disse o coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sistema Ocepar, Devair Mem.

Entre as alternativas apresentadas e discutidas durante a reunião, Mem destaca três: 1) Aprofundar estudo sobre uma securitizadora para estruturar operações com títulos do mercado de capitais; 2) Aprofundar estudos para conhecer melhor como usar recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); 3) Dialogar com Rabobank para estruturar operações de captações internacionais por meio de uma intercooperação entre o banco e os sistemas de cooperativas de crédito do Paraná. “O encontro foi bastante positivo e produtivo e fechou destacando preocupações com recursos do crédito rural em função das expectativas do novo governo a partir de 2023”, avaliou.

A reunião iniciou às 9h30, com as presenças do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, e do coordenador do ramo agropecuário na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e presidente das cooperativas Bom Jesus e Sicredi Integração PR/SC, Luiz Roberto Baggio. Às 10h, houve o lançamento do livro “Manual Operacional dos Títulos do Agronegócio 2022” (leia mais a seguir), com a participação de Ademiro Vian, do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio (IBGAgro). Ainda na parte da manhã, às 11h30, Simonia Sabadin, da Cooperativa Coopercitrus, tratou do tema “Estruturação de título do agronegócio”. Ela falou sobre os instrumentos de captação de recursos de longo prazo para financiamento das operações da cooperativa e do cooperado.

Manual – Os Sistemas Ocepar e OCB acabam de lançar a segunda edição revisada e ampliada do Manual Operacional dos Títulos do Agronegócio (Mota). A publicação foi apresentada na quinta-feira (03/11), durante o Encontro de Desenvolvimento Econômico e Financeiro, promovido pelo Sistema Ocepar. De autoria de Ademiro Vian, do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio (IBGAgro), o livro foi elaborado com a colaboração de profissionais das duas instituições. São nove capítulos e em 336 páginas que tratam das opções de crédito agrícola disponíveis atualmente no mercado brasileiro.

Os títulos do agronegócio surgiram na década de 1990, com o objetivo de promover maior envolvimento dos investidores do setor privado no financiamento rural. Sendo assim, o governo iniciou uma série de medidas de controle de custos, incluindo mudanças nos créditos locais, que afetam diretamente os recursos direcionados às cooperativas agropecuárias e aos produtores. Neste contexto, o seu uso tem se intensificado nos últimos anos.

No Manual, há informações de títulos diversos, como o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), o Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), o Certificado de Depósito Agropecuário e Warrant Agropecuário (CDA-WA), a Cédula de Produtor Rural (CPR) e os Fundos de Investimentos do Agronegócio (Fiagros).

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