As cooperativas Frimesa e Witmarsum conquistaram 18 premiações no concurso Prêmio Queijos do Paraná. Os jurados escolheram o Parmesão produzido pela Frimesa como o melhor queijo paranaense. A cooperativa levou ainda uma medalha Super Ouro, três medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze. Já a Witmarsum venceu uma medalha Super Ouro, quatro de ouro, duas de prata e uma de bronze. A avaliação e premiação dos queijos ocorreu em evento realizado no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, ao longo de quinta-feira (01/06) – em que se celebrou o Dia Mundial do Leite.
No total, 297 concorrentes foram avaliados. Os vencedores poderão ostentar os selos das medalhas nas embalagens de seus produtos. O Prêmio Queijos do Paraná é uma realização do Sistema Faep/Senar-PR, do IDR-Paraná, do Sebrae-PR e o Sindileite-PR, com o apoio de outras 28 entidades de representação, entre elas o Sistema Ocepar.
O gestor de Contas Especiais Edson Merege (ao lado) representou o presidente da Frimesa, Elias Zydek, e recebeu o certificado premiando o parmesão produzido pela cooperativa como o melhor queijo do Paraná. “Agradecemos a todos os nossos produtores cooperados, que garantiram a entrega de um leite de alta qualidade, com o qual foi possível produzir um queijo tão bom como esse e outros de nossa linha que foram premiados neste concurso. Também agradecemos aos colaboradores, que tiveram uma contribuição decisiva para o sucesso dos queijos da cooperativa. Este é o terceiro prêmio que recebemos em concursos de queijos no Brasil e estamos muito gratos e felizes”, afirmou.
Witmarsum – O presidente da Witmarsum, Artur Sawatzky, recebeu a premiação Super Ouro para o queijo tipo Appenzeller. “Receber este prêmio é muito importante para a cooperativa, porque vem coroar um trabalho que começou há muitos anos, quando iniciamos o pagamento por qualidade aos cooperados produtores de leite. Direcionamos nossos esforços ao incentivo aos associados, prestando um serviço de assistência técnica contínua para que pudéssemos produzir com a qualidade que temos atualmente, o que garante a produção de queijos com o nível de excelência dos produtos que foram premiados neste concurso. No mundial de queijos o Appenzeller também foi Super Ouro. Dedico este prêmio a todos os cooperados e colaboradores da cooperativa”, disse.
O superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, acompanhou a solenidade de premiação. A entidade apoiou a iniciativa do Prêmio Queijo do Paraná e manteve um estande no local do evento, prestando informações sobre o cooperativismo. “Muito gratificante acompanhar o excelente desempenho da Frimesa e Witmarsum nesse concurso, demonstrando a qualidade da produção leiteira e agroindustrial das cooperativas. Parabenizo a todos os cooperados e colaboradores, e também às diretorias da Frimesa e Witmarsum, pelo sucesso na premiação. Produtos ofertados aos consumidores e que agora recebem mais um reconhecimento e chancela de qualidade, um orgulho para todos os cooperativistas paranaenses”, ressaltou.
A Frimesa venceu como o melhor queijo do Paraná, com o parmesão. O mesmo queijo recebeu as medalhas super ouro e ouro. A cooperativa também recebeu ouro como os queijos minas frescal e mussarela. A medalha de prata foi recebida pelos queijos montanhês, tipo provolone curado defumado, parmesão gold com um ano de maturação e o tipo gouda. Já o bronze veio para o queijo reino. Para a Witmarsum, o super ouro foi para o Appenzeller, que também levou medalha de ouro, junto com o queijo colonial com pimenta verde, o tipo gouda e o tipo brie. A prata veio para o queijo minas frescal e à ricota fresca. A medalha de bronze foi concedida ao tipo camembert.
O julgamento – O julgamento se deu em três fases. Na primeira delas, os jurados analisaram os queijos a partir de critérios técnicos e sensoriais, de acordo com a categoria em que cada um se inscreveu. Para isso, cada jurado participou de um curso de formação, promovido pelo próprio Prêmio Queijos do Paraná. Nesta etapa, os participantes concorreram consigo mesmo: eles receberam pontos, que variavam de 0 a 20. Os que obtiveram 14 pontos, ganharam a medalha de bronze; quem atingiu 16, garantiu a de prata; e quem fez 18 pontos conquistou a medalha de ouro.
Na segunda fase, os queijos premiados com o ouro passaram por uma nova avaliação, em que os jurados avaliaram se eles mereciam ser condecorados com a medalha super ouro e qualificados à fase final. Nesta etapa, realizada no Auditório do MON, os 10 super ouro foram submetidos a um novo julgamento, feito por 10 jurados. O júri provou um dos queijos por vez, atribuindo a nota na hora – exibindo-a em uma plaquinha. Além disso, cada jurado foi destacado para defender um dos concorrentes, falando sobre as qualidades do produto.
Os inscritos são provenientes de todas as regiões do Estado e concorreram em 16 categorias. A categoria com maior número de concorrentes é a que reuniu queijos tipo minas artesanal ou colonial, que somou 72 concorrentes. A categoria de criações especiais – como os queijos aromatizados ou condimentados com outros ingredientes, como doces, ervas ou café – teve 57 inscritos. Outros 47 produtos participaram na categoria para similares à mussarela ou cacciocavalo. Os outros participantes, se dividiram entre as demais categorias.
Trabalho conjunto – “Isso, que estamos vendo aqui, hoje, não começou agora. Começou 50 anos, quando começamos a trabalhar para eliminar a febre aftosa no Paraná. É um trabalho conjunto do setor produtivo, que vem desde aquela época. Tudo isso tem sido uma construção, que eu me alegro de estar participando. Estamos coroando um trabalho de longo tempo”, disse o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette. “O motivo deste prêmio é reconhecer vocês, produtores rurais do Paraná”, acrescentou.
“Essa comissão de organização fez um trabalho excepcional. Foi um trabalho insano e participativo, que contou, além das quatro instituições organizadoras, com o apoio de 28 entidades. O que isso quer dizer? Que sempre trabalhamos em integração de todas as entidades, do poder público, de entidades privadas e de assistência técnica. Foi assim que conseguimos nos tornar o segundo maior produtor de leite do país”, destacou Wilson Thiesen, presidente do Sindileite-PR. “Esse evento veio a dar visibilidade aos produtos do Paraná. Vai permitir agregar mais valor a nossa produção”, destacou.
Na opinião do secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o prêmio contribui para valorizar a cadeia de produção de leite no Estado, no sentido de estimular orientar e qualificar a produção. O leite é o quarto produto em Valor Bruto de Produção (VBP) do Estado, com abrangência de R$ 9 bilhões. São mais de 100 mil produtores envolvidos com essa atividade espalhados pelos 399 municípios. “O Paraná recebe neste momento grandes investimentos na indústria do leite, visando preparar o Paraná para se apresentar mundialmente. Mas nós estamos valorizando os pequenos. Aquele que tem um bom produto, com receita de família, estão qualificando seus produtos para se tornar mais competitivo no mercado. Agora vão ofertar queijos premiados”, afirmou.
O prêmio faz jus à importância do setor leiteiro estadual: há produção de leite em todos os 399 municípios do Paraná. O Estado é o segundo maior produtor de leite do país, com 12 milhões de litros/dia, dos quais 5 milhões de litros são destinados à fabricação de queijos. É um derivado que, além de ter valor nutricional, permite agregar valor à matéria-prima, fortalecendo o setor e gerando empregos e renda.