Cooperativas do PR conhecem projetos de renovação de ferrovias

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Responsáveis pelo recebimento de mais de 60% da safra de grãos no Estado, as cooperativas agropecuárias paranaenses necessitam de uma infraestrutura adequada para o escoamento da produção dos cooperados. E, diante das grandes mudanças previstas para ocorrer no modal ferroviário, que devem impactar nos negócios do setor, o Sistema Ocepar promoveu um Fórum, na tarde desta terça-feira (31/05), com o propósito de debater a proposta da empresa Rumo Logística para a renovação da Malha Ferroviária Sul e o projeto da Nova Ferroeste, encabeçada pelo governo do Estado.

O evento ocorreu em formato virtual, com 35 participantes. A programação foi aberta pelo superintendente da Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar), Nelson Costa, e conduzida pelo analista de Desenvolvimento Técnico da área de Mercado da Ocepar, Leonardo Silvestri Szymczak. A Malha Sul, operada pela Rumo Logística, abrange os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O superintendente da Fecoopar lembrou que a empresa está em tratativas para renovar antecipadamente a concessão que venceria em 2027, para mais 30 anos, no mesmo modelo adotado na renovação da Malha Paulista, já efetivada. “Para nós, do setor produtivo, é importante ter essa previsibilidade”, pontuou Costa.

Para obter a renovação da concessão, a Rumo Logística elaborou um plano de negócios que deve ser entregue à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em setembro deste ano, de acordo com Felipe Cassab. Ele forneceu as informações preliminares que constam no documento aos participantes do Fórum promovido pelo Sistema Ocepar. Cassab discorreu sobre as características específicas da Malha Sul, os marcos mais importantes no andamento do projeto, o cronograma de ações, os trechos que são objetos de avaliação, os cenários da infraestrutura no médio e longos prazos, incluindo a integração entre a Malha Sul com a Nova Ferroeste, entre outros pontos.

Já os detalhes do projeto da Nova Ferroeste foram repassados por Luiz Henrique Fagundes, da Secretaria Estadual do Planejamento e Projetos Estruturantes (SEPL). O traçado da Nova Ferroeste totalizará 1.591 quilômetros, contemplando a construção de uma nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Cascavel, no Oeste do Paraná; um novo traçado entre Guarapuava e Paranaguá; um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu; a revitalização do trecho entre Cascavel e Guarapuava e o ramal Cascavel a Chapecó (SC).

Ao final das obras, o governo do Estado vislumbra que a Nova Ferroeste se tornará o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres do Brasil, respondendo pelo transporte de 2/3 da produção total e 70% dos embarques efetuados no país. De acordo com Fagundes, a expectativa é de que a Nova Ferroeste vá para leilão no segundo semestre deste ano, com a licença prévia ambiental emitida. O contrato terá validade de 99 anos e será renovável, com contraprestação mínima de R$ 110 milhões.

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