Manejo, visão econômica e viabilidade pautam encontro com produtores e técnicos de seis cooperativas dos Campos Gerais do Paraná que investem na cultura.
A Capal Cooperativa Agroindustrial sediou, entre 13 e 14 de agosto, em Arapoti (PR), a 4ª edição do Desafio da Cevada, que reuniu representantes de seis cooperativas que integram a Maltaria Campos Gerais. O encontro discutiu os benefícios econômicos da cultura, manejo, mercado, viabilidade, entre outros temas relevantes. O evento contou com a participação de 230 cooperados e funcionários das cooperativas Capal, Agrária, Bom Jesus, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia.
Adilson Roberto Fuga, presidente executivo da Capal, afirma que a cooperativa aceitou o desafio de organizar o evento com grande orgulho. “Assumimos o evento, e preparamos da melhor forma possível para receber as seis cooperativas aqui em Arapoti. Um ponto muito importante para a realização deste evento foi a questão da segurança, minimizando os riscos para os participantes”, celebra Fuga.
Eraldo André Gebeluca, cooperado da Coopagrícola, cooperativa sediada em Ponta Grossa (PR), sentiu segurança e tranquilidade durante o trajeto de campo, que apresentou variedades da cevada e explicações técnicas sobre o cultivo do cereal. “O pessoal organizou tudo perfeitamente, bem programado”, parabeniza.
Tiago Moreira, agricultor que integra a cooperativa Bom Jesus, concorda, ressaltando não apenas a organização, mas também a qualidade das palestras. “Acabei aprendendo muita coisa”, diz. “O trajeto foi muito bom e também o povo muito acolhedor”, complementa Tiago. Nesta edição, além das apresentações sobre o mercado e perspectivas para a cevada, foram abordados temas técnicos como controle de pragas e doenças, manejo nutricional e novas cultivares.
Cevada oferece segurança e liquidez – Eliel Magalhães Leandro, diretor comercial da Capal, observa que a cevada tem ganhado relevância nos Campos Gerais do Paraná. Segundo ele, a cultura representa uma opção importante para os associados e para a cooperativa, servindo como alternativa para a rotação de culturas, especialmente em conjunto com o trigo, e como mais uma fonte de renda para os cooperados.
“Essa era uma busca por uma alternativa de cultura de inverno que encontramos. Na Capal, a cevada chegou com uma aptidão muito grande. Temos visto, dentro desse projeto com a Maltaria Campos Gerais, o alto potencial e a qualidade da cevada produzida na nossa região”. Ele destacou ainda que, entre as seis cooperativas envolvidas na produção de cevada, a Capal tem apresentado o crescimento mais expressivo. Nesta safra, a área de cultivo de cevada ocupou 15.827,86 hectares, com expectativa de produção total de 57.000 ton.
Eliel também pontuou que o desenvolvimento da cultura na região tem proporcionado aos cooperados um melhor manejo da cevada. Além disso, o cereal oferece vantagens na comercialização, pois possui melhor liquidez devido à sua base de preço estar atrelada ao dólar, o que confere maior estabilidade financeira ao produtor frente às oscilações do mercado interno.
O evento acontece anualmente de forma itinerante, alternando entre as cooperativas Agrária, Bom Jesus, Capal, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia, além da Fundação ABC e Fapa. Neste ano, contou com patrocínio da Ihara.
Sobre a Capal Cooperativa Agroindustrial – Fundada em 1960, a Capal conta atualmente com mais de 3,7 mil associados, distribuídos em 21 unidades de negócios, nos estados do Paraná e São Paulo. A cadeia agrícola responde por cerca de 65% das operações da cooperativa, produzindo mais de 959 mil toneladas de grãos por ano, com destaque para soja, trigo, milho e café. A área assistida ultrapassa os 179 mil hectares. O volume de leite negociado mensalmente é de 12 milhões de litros, provenientes de 320 produtores. Além disso, a cooperativa comercializa 31 mil toneladas de suínos vivos ao ano.
