14 de fevereiro de 2022

BRDE destina R$ 350 milhões a cooperativas e empresas do PR

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) assinou na sexta-feira (11/02), em solenidade na Casa Paraná Cooperativo, durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel, cerca de 30 contratos de financiamento e de repasse via incentivos fiscais. O montante de recursos soma aproximadamente R$ 350 milhões. Entre os contratos estão o da C.Vale, de Palotina, para financiamento de uma unidade de esmagamento de soja; e da Avenorte, de Cianorte, para construção de uma nova subestação de energia. As assinaturas firmam o compromisso em investimentos a cooperativas, empresas, produtores rurais com projetos de modernização e expansão de atividades agroindustriais, melhorias em estrutura de fazendas de produção agrícola, irrigação, armazenagem, logística, geração e transmissão de energia, no Paraná e Mato Grosso do Sul.

Além disso, o BRDE fez o repasse de recursos internacionais da CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) para a Sicredi Central PR/SP/RJ, para financiamento aos associados empreendedores rurais e urbanos das cooperativas filiadas da Central no Paraná. Também foi acrescentada nos termos de assinatura a abertura de crédito para projetos de mobilidade urbana e energia para a cidade de Cascavel, na ordem de R$ 100 milhões. “O BRDE vai se transformar no maior banco de fomento do País. A capacidade de investimentos aumenta a cada dia, com novos recursos para financiamento a agricultores, indústrias e cooperativas”, afirmou o vice-governador Darci Piana, que participou do evento.

O presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, destacou que, por determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, o banco mudou a postura a fim de atingir o maior número de clientes e pulverizar recursos. “Não deixamos de fazer aquilo que a sociedade esperava, que é distribuir esses recursos. As parcerias das cooperativas de crédito nos ajudam a atender e levar esse recursos para pequenos, médios e grandes produtores, o que faz a diferença nesse trabalho”, afirmou Bley Lipski. “Essas operações contribuem para o desenvolvimento econômico e geração de empregos no Paraná.”

Cooperativismo – O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, falou sobre o Plano Paraná Cooperativo PCR 200, desenvolvido pela entidade para assegurar o crescimento do cooperativismo no Paraná. O objetivo é atingir R$ 200 bilhões de faturamento anual nos próximos anos. “Apesar de todas as dificuldades, inclusive da pandemia, não tivemos a opção de parar e tivemos um crescimento permanente nesse período. Nos próximos cinco anos devemos investir no Paraná o equivalente a R$ 30 bilhões em agroindústria e novas estruturas de recepção de produtos”, informou.

Para Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, o BRDE tem um papel fundamental na estruturação das cooperativas agroindustriais nos estados da região Sul. “São mais de 50 anos de participação dentro da economia paranaense e da região Sul em financiamentos a longo prazo, que geram emprego, desenvolvimento e crescimento social”, afirmou.

As operações do banco envolvem parcerias, financiamentos, linhas de crédito, produtos e serviços ao agronegócio. As contratações do setor representaram 60% do total de operações do BRDE no Paraná em 2021, ano em que o banco atingiu R$ 1,4 bilhão em contratos no Estado. Do montante destinado ao agronegócio, 29,5% foi destinado à produção agropecuária e R$ 151 milhões em investimentos das cooperativas de produção. Quase 30% dos financiamentos foram para projetos da região Oeste do Paraná.

As operações estabelecidas entre BRDE e seus clientes vão além de negócios. São parcerias de fomento no agronegócio, geração de emprego, oportunidade de expansão e desenvolvimento. Dessa forma, os cases dos parceiros BRDE ilustram essa relação, descritas por alguns deles, durante o evento de assinaturas. A história da C.Vale se conecta com a do BRDE desde a construção do primeiro armazém de grãos da cooperativa na década de 1970. Nesta edição do Show Rural, a C.Vale fechou contrato com o BRDE para construir uma esmagadora de soja que deve entrar em operação no final de 2023. A nova indústria terá a capacidade de processamento de 2.500 toneladas por dia e vai gerar em torno de 600 empregos. “A parceria é de longa data. E não seria diferente agora com a construção da esmagadora de soja, ao disponibilizar uma linha de crédito para financiar parte da obra”, afirmou Alfredo Lang, presidente da C.Vale.

 

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