Técnicos da Faesp, CNA e Cepea estudaram o cenário de grãos para gerar informações estratégicas para os produtores; Comissões Técnicas da Faesp também se reuniram para tratar da previsão de safra, panorama de mercado e linhas de crédito e seguro rural
No início de julho, representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) se reuniram em Itapeva com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), para levantar o custo de produção de grãos na região, bem como com os membros das Comissões Técnicas de Grãos e de Política Agrícola da Faesp, a fim de discutir os desafios enfrentados pelos produtores e propor ações que contribuam para o bom desempenho do setor.
O levantamento do custo de produção de grãos faz parte do Projeto Campo Futuro, da CNA, que conta com a parceria da Faesp, Sindicatos Rurais e Cepea. Nesse evento, para levantamento dos coeficientes técnicos, o Sindicato Rural de Itapeva reuniu um grupo de produtores de soja, milho, trigo e sorgo. Após a consolidação e revisão dos dados, a Faesp, por meio do Departamento Econômico, produz um relatório, que é divulgado aos participantes juntamente com a planilha de custo, para que o produtor possa inserir seus dados e conhecer seus custos individualizados. Esse levantamento, além de ser fundamental para delinear as ações da Faesp, gera informações importantes que auxiliam o produtor na tomada de decisão.
Não por outra razão, a Faesp contratou o Cepea para a realização de levantamentos de custo de produção de grãos em Guaíra e Paranapanema. Os eventos, realizados em abril, sinalizaram as dificuldades das atividades para cobrir os custos na safra 2023/24, em ambas as regiões. Os resultados foram apresentados e discutidos na reunião conjunta das Comissões Técnicas de Grãos e de Política Agrícola da Faesp, que aconteceu também em Itapeva. Em apresentação realizada pelo gerente do Departamento Econômico da Faesp, Cláudio Brisolara, as comissões foram também atualizadas sobre as perspectivas de safra, o encerramento do Plano Safra 2023/24 e as expectativas ante a divulgação do Plano Safra 2024/25, bem como as linhas de crédito e seguro rural do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP). Com essas informações, foram abordadas novas ações para auxiliar o setor.
Segundo o coordenador da Comissão de Política Agrícola, Cássio de Oliveira Leme, as reuniões itinerantes da Faesp permitem aos participantes conhecer a realidade das cadeias produtivas de todo o estado, aproximando os sindicatos rurais e propiciando a troca de experiências. “Essas reuniões são importantes porque a Faesp leva conteúdo e vai com seu corpo técnico ao interior do estado de São Paulo, a fim de conhecer a realidade de cada localidade, que pode ser bem diferente e demandar ações específicas. Juntamente com o Senar-SP, levamos tecnologias e assistência técnica para elevar o desempenho da atividade rural”, explicou o diretor primeiro-secretário da Faesp e coordenador da Comissão de Grãos, Márcio Antônio Vassoler, que acompanhou os dois encontros. O presidente da Faesp, Tirso Meirelles, destacou o empenho das Comissões Técnicas em propor soluções aos produtores. “É um conhecimento valioso que compartilhamos com o setor produtivo para assegurar que a produção se mantenha em alta, com preços justos pagos ao produtor rural”, afirmou.
Preço da banana-prata e folhosas apresentam recuo em junho
Relatório de acompanhamento de preços pagos ao produtor paulista, elaborado pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), mostra que em junho os preços da banana nanica valorizaram 43,5% se comparados ao mês anterior. Em alta o preço da batata doce (28,5%) que, após longo período de recuo nas cotações, voltou a subir. A cotação do limão taiti também continuou sua trajetória de alta, com um aumento de 15,4% em junho. Em 12 meses, o preço da lima ácida taiti valorizou 84,1%. Já a banana prata apresentou recuo de 24,2% no mês de junho. O relatório mostra ainda queda no preço das folhosas devido a temperaturas mais amenas em junho. As variedades crespa e americana sofreram forte desvalorização nos preços de comercialização: 26,9% e 17,2%, respectivamente.