Terraplant lança fertilizante organomineral com óxidos

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Planta

Frente aos desafios ambientais, climáticos e da busca por práticas mais sustentáveis, cresce no mercado do agronegócio brasileiro, um interesse cada dia maior dos produtores por novas fontes de insumos, visando uma gestão mais eficiente e sustentável da produção agrícola. Diante desse cenário, os fertilizantes minerais embora apresentem resultados positivos na produção vegetal, possuem um custo elevado, uma vez que o Brasil depende das importações de matérias-primas minerais. Uma prática muito adotada também são as fontes orgânicas, alinhadas à preocupação com a preservação do meio ambiente e aos preceitos da economia circular. Além disso, segundo os especialistas, o fertilizante orgânico usado com frequência tem capacidade para substituir em até 50% o uso dos fertilizantes minerais.

Porém, na busca por resultados ainda melhores, os agricultores têm optado pela utilização de fertilizantes organominerais. O objetivo é que esse fertilizante ofereça uma rápida disponibilidade de nutrientes dos adubos minerais, juntamente com os benefícios de longo prazo dos adubos orgânicos, além de uma maior disponibilidade de nutrientes proporcionada pela fração orgânica. O pH dos solos brasileiros é naturalmente ácido, o que diminui a disponibilidade de nutrientes para as plantas. No mercado existem alguns produtos que fazem a correção da acidez do solo, como os óxidos, por exemplo. Na busca por resultados ainda melhores, os agricultores têm optado por adicionar junto aos fertilizantes (minerais e organominerais) essa fonte de correção de acidez do solo. O problema é que esse processo além de não ser certificado pelo Ministério da Agricultura, exige certo conhecimento de quem faz a mistura, leva tempo e necessita de alguma infraestrutura por parte do produtor.

E foi justamente para atender esse gargalo, que os pesquisadores da empresa catarinense Terraplant, de Chapecó, desenvolveram uma fórmula que combina a fração orgânica, a mineral essencial e os óxidos, tudo em um único fertilizante. O objetivo dos técnicos foi resolver um gargalo operacional e ao mesmo tempo colaborar com as práticas de uma agricultura regenerativa, conforme explica o diretor da Terraplant, Cléber Terribile. “Percebemos que existia um gargalo operacional do campo para a indústria, onde os produtores tinham que misturar dois produtos e aplicar os insumos, mas muitas vezes sem padrão e garantia do resultado. Então a Terraplant decidiu inovar e criar o MinerOxi+, um produto pronto, registrado e certificado pelo Ministério de Agricultura, com padronização e garantia, onde o produtor tem no mesmo fertilizante a fração orgânica, mineral e os óxidos. Assim nasceu o primeiro fertilizante organomineral 3 em 1 do Brasil”.

Fórmula com óxidos aumenta eficácia de entrega dos organominerais
De acordo com os especialistas, são os óxidos que oferecem uma correção de pH imediata no solo, como explica o doutor em solos e Coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Terraplant, Alex Becker. “Basta aplicar o MinerOxi+ e logo que o produto entrar em solubilidade com a água, já vai começar a corrigir o pH. Além disso, o óxido ao elevar o pH, aumenta a disponibilidade de nutrientes para as plantas e neutraliza o alumínio tóxico, que impede o crescimento radicular das plantas”. O especialista destaca que diferente dos calcários, que demoram de 90 a 120 dias para fazer essa correção, necessitando que essa operação seja realizada antes da instalação da cultura, o óxido possibilita uma correção imediata. “Por exemplo, o produtor utiliza essa formulação na próxima safra da soja, já vai observar o resultado quando for fazer a colheita”, compara.

No entanto, os diretores e pesquisadores da empresa catarinense ressaltam que além de inovar e desenvolver o MinerOxi+, o grande objetivo era oferecer ao mercado uma opção de insumo que contribuísse no operacional dos produtores, por este produto já estar pronto, formulado e com garantias. Além de agregar na melhoria da fertilidade do solo e produtividade das lavouras. Buscando uma agricultura regenerativa, que valorize o solo e a produção de alimentos mais nutritivos e saudáveis. “Somos uma empresa que traz no seu DNA, a essência da agricultura regenerativa e da sustentabilidade. Onde o nosso diferencial está na origem e qualidade da matéria orgânica que utilizamos, oriunda das camas de aves brutas da região, onde aplicamos nossas tecnologias e pesquisas, para desenvolver novas soluções e assim aumentar a eficácia de entrega dos organominerais. Esse é o caso do MinerOxi+, que recebeu um terceiro elemento para preparar o caminho da matéria orgânica e oferecer mais eficiência e melhorar a fertilidade dos solos”, destaca Becker.

Embora lançado nacionalmente na safra 2024/25, o único organomineral 3 em 1, já vem sendo utilizado em lavouras de cereais de inverno, como o trigo e em culturas de cobertura para o solo no sul do Brasil. No entanto, a nova tecnologia foi desenvolvida para atender diferentes cultivos, como explica o Coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, Alex Becker. “É um fertilizante para atender multicultivos, por isso vamos disponibilizar ao mercado sete formulações, da soja até hortifrutis. Todas com benefícios para o solo e a planta”, ressalta Becker. E completa: “Vale lembrar que a planta precisa de pelo menos 16 nutrientes para completar seu ciclo de forma satisfatória, e o MinerOxi+ contém 13 nutrientes, o que nos permite dizer que colaboramos com a produção de alimentos mais nutritivos e saudáveis”.

Instalada em Chapecó, região do oeste catarinense – considerada o berço da avicultura brasileira – a Terraplant tem como única matéria orgânica os resíduos das camas de aves, que após compostadas por um longo período e processadas são transformadas em fertilizantes orgânicos. “Nossa matéria orgânica é diferenciada, desenvolvemos uma tecnologia exclusiva onde todos os processos produtivos são mapeados, chamada GranMax. Desde as camas de aves que são utilizadas até o processo industrial que os fertilizantes são submetidos. Nessas camas que são utilizadas passam pelo menos de 15 a 20 lotes de aves, para que o teor nutricional esteja dentro do padrão que acreditamos ser adequado para o nível de qualidade dos nossos produtos”, finaliza Becker.

 

 

 

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