A Chefe-Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Alves Magalhães, analisou o panorama ambiental do Rio Grande do Sul nas regiões atingidas pelas recentes inundações, durante a abertura do X Abisolo Fórum e Exposição, evento promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), nesta quarta-feira, dia 5, em Campinas (SP). A profissional substituiu o Diretor da Embrapa Territorial, Gustavo Spadoti. Magalhães destacou o apoio contínuo da Embrapa ao governo gaúcho, enfatizando a necessidade urgente de identificar e auxiliar as famílias rurais que ainda podem estar isoladas em consequência das chuvas intensas. “São 120 municípios em estado de calamidade, com 10% da área de cada município inundada. Em alguns casos, mais da metade do território afetado”, afirmou.
Na plenária, estavam presentes o Secretário de Defesa Agropecuária – Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Goulart; o Sub-secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Orlando Melo de Castro; Lucíola Alves Magalhães; o Diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp e Vice-Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt, e o Advogado Eduardo Lourenço, Consultor do Instituto Pensar Agropecuária (IPA).
Lucíola reforçou que a Embrapa e diversas instituições estão fornecendo dados e informações cruciais para a recuperação agrícola no Rio Grande do Sul. Vinte e duas mil propriedades rurais e mais de 20 mil domicílios foram diretamente impactados pelas enchentes. Áreas agrícolas sofreram severamente, com 11% da área de cultivo de arroz, 1,4% de soja, 1,2% de pastagens e 4% de outras culturas submersas. A chefe-adjunta alertou também sobre o impacto a longo prazo das chuvas excessivas. “Ainda estamos avaliando todas as áreas agrícolas afetadas. A inovação só acontece quando os produtores adotam tecnologias. É fundamental que tecnologias agrícolas, desde insumos até
práticas de manejo, sejam adotadas para diminuir os danos. Nossa missão é agir rapidamente, reconhecer os danos e reposicionar os agricultores e a indústria para a reconstrução do estado,” concluiu, antes de reforçar: “Temos que promover uma agricultura regenerativa, rapidamente, para recuperar as áreas afetadas e garantir a sustentabilidade da agropecuária naquele estado” concluiu.
O evento começou com a participação de quinhentos profissionais da indústria, fornecedores, consultores técnicos, pesquisadores, revendas, cooperativas, agricultores, 
estudantes, líderes de entidades e o poder público. O presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Roberto Levrero, agradeceu a todos na abertura e frisou que o eixo principal do encontro são os fertilizantes especiais e as tecnologias sustentáveis do Agro Brasil. “Nosso setor cresce em média 21% ao ano. Só ano passado, foram R$ 22,6 bilhões de faturamento. Estamos difundindo informação técnica e aumentando o uso de tecnologias pelos produtores, além de fomentar a pesquisa, avançar nas questões tributárias e provar que nós praticamos sustentabilidade há muito tempo. E o fato urgente de lutarmos pelo marco legal da nutrição vegetal para dar segurança jurídica às empresas que investem em novas tecnologias cada vez com mais velocidade”, reforçou. Para acompanhar a agenda do evento X Abisolo – Fórum e Exposição, conhecer outros palestrantes e efetuar inscrições, basta acessar o site do evento: forum.abisolo.com.br
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