PIB deve crescer 1,8%, prevê Gustavo Loyola no Copacol Agro

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O segundo dia do Copacol Agro, em Cafelândia, no Oeste do Paraná, contou com a presença Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central. Na palestra do palco principal nesta quarta-feira, o convidado especial fez um panorama da economia nacional, que tende para uma redução no crescimento, com desempenho agropecuário negativo. Projeção atrelada a alta da moeda americana, quebra na safra e juros mais altos.

“O Brasil deve crescer menos, entorno de 1,8%, é claro que a catástrofe no Rio Grande do Sul vai afetar o PIB gaúcho e do Brasil como um todo. Precisamos deixar literalmente a água baixar para avaliar os danos. Evidentemente, em parte, a destruição vai elevar investimentos em obras, ativando a economia. Podemos considerar um crescimento moderado”, afirma o economista.

Durante a apresentação, Gustavo Loyola também falou sobre a pressão do dólar na economia brasileira e sobre a desaceleração da economia chinesa, grande importadora do Brasil. “Mesmo diante de um ‘cenário de risco’, não estamos diante de uma crise. A China continuará com as importações e o nosso mercado de trabalho permanece em alta.”

Outro fator alertado pelo convidado especial esteve relacionado ao preço das commodities que, em anos anteriores, esteve em um patamar elevado, além do normal, e agora estão em um nível médio. “Acredito que não tenhamos tendência de queda das commodities, no entanto, temos grande influência da oferta, não apenas questões climáticas, mas questões geopolíticas: conflitos na Ucrânia, Oriente Médio. Tudo isso pode afetar não apenas o setor agro, mas também compra de outros insumos, como petróleo”.

Copacol Agro – O Copacol Agro é o evento realizado anualmente pela Cooperativa Agroindustrial Consolada (Copacol), que visa o aperfeiçoamento tecnológico e operacional da diversificação nas propriedades em atividades de agricultura, avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite e piscicultura. A Copacol está entre as cinco maiores cooperativas do Paraná, com faturamento de R$ 9,8 bilhões, 8,6 mil cooperados e 16 mil colaboradores. A área experimental de 8,6 hectares é utilizada para testes do CPA (Centro de Pesquisa Agrícola) que resultam em conhecimento para os produtores. O local é o palco do Copacol Agro.

“Estamos apresentando aqui tudo o que há de novo no setor, para que os cooperados possam se qualificar. Precisamos entender como a economia vai se comportar para que possamos tomar decisões. De uma maneira geral, a Cooperativa fez a lição de casa: com planejamento antecipado para cinco anos entendemos as projeções e decidimos as prioridades. Essa atuação também se repete nas propriedades, onde os cooperados aplicam o que aprendem aqui no Copacol Agro”, afirma o diretor-presidente, Valter Pitol.

Último dia – Na quinta-feira, dia 9, às 9h, o foco da palestra será O Brasil no Agronegócio Global: Desafios e Oportunidades, com o engenheiro agrônomo e professor Marcos Jank; 10h os estandes estarão abertos para visitação. Às 14h30, os bovinocultores de leite participam de encontro sobre Oportunidades da porteira para dentro que garantem o sucesso da atividade leiteira, com o zootecnista Diego Magro, gerente regional da dsm-firmenich.

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