Inovação na Gestão de Resíduos e da Proteção Ambiental

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À medida que a conscientização ambiental se consolida como uma prioridade nas empresas, uma mudança significativa está ocorrendo na maneira como as empresas encaram a gestão de resíduos e a proteção ambiental. O desafio enfrentado pelas empresas atualmente é complexo e multifacetado, incluindo o gerenciamento de resíduos tóxicos, a redução de resíduos plásticos e a implementação de práticas de reciclagem eficientes. Para colocar em números o tamanho do desafio, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil produziu aproximadamente 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2019, com uma taxa de reciclagem de apenas 3%. Além disso, de acordo com o Relatório de Avaliação Nacional de Resíduos Sólidos, publicado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), estima-se que 41% dos resíduos coletados no país são descartados em lixões a céu aberto, contribuindo para a poluição ambiental e a disseminação de doenças.”

Em primeiro lugar, há a necessidade urgente de uma mudança de mentalidade em relação à gestão de resíduos, em que é fundamental entender que essa não é apenas uma questão de conformidade com regulamentações ambientais, mas sim uma oportunidade para inovar e se diferenciar no mercado. Acredito que é essencial reconhecer que a gestão de resíduos pode ser muito mais do que uma preocupação periférica nas operações de uma empresa. Ao integrar a gestão de resíduos ao núcleo dos negócios, é possível promover eficiência operacional e redução de custos, ao mesmo tempo em que se contribui para a proteção do meio ambiente. Desde 2020, foi estabelecida a legislação relativa à emissão de MTR, exigindo que todas as empresas emitam um certificado ao movimentar resíduos para fora de suas instalações. O movimento para isso é mais antigo, desde 2010. Empresas como a Vertown auxiliam esta questão, de ponta a ponta, sendo um player estratégico para proteger a marca, reduzindo custos e blindando-a de passivos ambientais. Pode consumir resíduo como insumo, trazer como empresa e gerar este valor no dia a dia.

Setores como construção civil, mineração e siderurgia estão entre os mais desafiadores quando se trata de gestão de resíduos e proteção ambiental.De acordo com dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), os setores da construção civil, mineração e siderurgia estão entre os maiores geradores de resíduos sólidos no país.  Por exemplo, o relatório destaca que, em 2019, o setor da construção civil foi responsável por cerca de 47,4 milhões de toneladas de resíduos sólidos no Brasil, representando aproximadamente 46,7% do total gerado. Além disso, o setor de mineração e siderurgia também contribui significativamente para a geração de resíduos sólidos, devido às suas atividades extrativas e processos industriais intensivos.

No entanto, são também áreas onde as oportunidades para inovação e liderança são mais evidentes. Empresas que adotam uma abordagem proativa para esses desafios não apenas mitigam riscos, mas também constroem marcas mais fortes e sustentáveis. À medida que avançamos em direção a um futuro mais verde e sustentável, é crucial que as empresas estejam dispostas a abraçar essa mudança, pois a inovação na gestão de resíduos e proteção ambiental não é apenas uma responsabilidade, mas sim uma oportunidade para criar um mundo melhor para as gerações futuras.

Reflexões aprofundadas
Até dia 31 de março as empresas devem preencher o Inventário Nacional de Resíduo Sólido, para reportar ao Ministério do Meio Ambiente as ações do ano anterior. Neste quesito penso se, tal qual volume financeiro, por que não falar do impacto do resíduo e ações? Podemos ir além e olhar para o E do ESG. De repente, o resultado do relatório trimestral poderia trazer esse contexto sobre quantas multas por falta de emissão de MTR essas empresas tomaram? Não é só o risco financeiro, mas se tomou multa por descarte de um resíduo de forma errada. E este impacto? Empresas de capital aberto quando emitem relatório de sustentabilidade descrevem a quantidade de CO2 e seu impacto? Quanto passivo social estão gerando? Quanto resíduo não foi depositado de forma escondida? Se não participa do lucro, não deveria participar do passivo.

Messias Barbosa é CRO da Vertown.

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