Comemora-se nesta quarta-feira (20) o Dia Mundial da Agricultura, atividade fundamental para a existência da Humanidade. Das primeiras técnicas de cultivo, ainda rudimentares, até os nossos dias, muito se evoluiu, e o que era subsistência na Antiguidade tornou-se um motor da economia mundial. E, nesse aspecto, o Brasil desenvolveu-se de forma brilhante, tornando-se um dos principais exportadores de commodities agrícolas.
A arte de cultivar a terra transformou-se. Cada vez mais o uso da tecnologia tem sido primordial para que as produções sejam cada vez maiores, a terra possa permitir mais de uma colheita por ano e os produtos tenham qualidade. Pesquisas embasam essas transformações, que têm como foco a garantia que haverá sempre alimento disponível para a população. A futura parceria com a Embrapa certamente será um divisor de águas no agronegócio paulista.
Entretanto, vale realçar, a participação dos produtores rurais na busca de melhorias contínuas em seus cultivos. Um exemplo claro é a produção de frutas, como a uva, no Vale do Rio São Francisco, uma área que antigamente era sinônimo de seca e desolação hoje tornou-se um polo de exportação. Aqui no estado de São Paulo temos exemplos de culturas que foram se adaptando às condições climáticas e regiões, melhorando a performance e tendo participação efetiva na construção da nossa economia.
E, como diferencial, a agricultura brasileira trabalha em perfeita sintonia com o meio ambiente. O conceito de que produção e meio ambiente são antagônicos cái por terra. Nossos produtores reconhecem a importância da preservação de nossa vegetação nativa. No Brasil, 66% são preservadas, sendo que, desse total, 50% encontram-se nas propriedades rurais. Em termos físicos podemos dizer que são mais de dez vezes o território da Alemanha.
Por tudo isso, há muito o que comemorarmos nessa data. O Brasil é conhecido por ser um grande celeiro, capaz de alimentar o mundo com produtos de qualidade. Mas ainda há muito trabalho a fazer para que todos tenham segurança alimentar. A implantação de centros de excelência da cana de açúcar, em Ribeirão Preto, e de formação rural, em São Roque, voltado para a tecnologia no agronegócio, além do fomento a startups e fábrica de bioinsumo é a forma do sistema FAESP/SENAR-SP mostrar que há um grande futuro para o campo. Um futuro que estamos trabalhando para que esteja à disposição dos produtores o mais breve possível. Além de comemorar, temos muito trabalho a fazer para que todas as pessoas tenham o que comer. A Agricultura salva vidas. Viva a Agricultura!
Tirso Meirelles é Presidente do sistema FAESP/SENAR-SP.