Desafios especiais: contribuição do Harbunk na colheita florestal

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ponsse rodrigo marangoni

O leitor atento e assíduo dos temas de cultivo florestal deve estar se perguntando: por que usar o termo “especiais” para as áreas colhidas com o Harbunk? Para entender a escolha desse termo, antes é preciso explicar o que é o Harbunk e como foi que essa inovação única no mundo surgiu aqui no Brasil.

A Ponsse é uma das maiores empresas fabricantes de máquinas florestais do mundo, especialista em colheita florestal Cut-to-Length (CTL) e, no Brasil, atende as principais empresas que cultivam floresta. Recentemente, uma dessas empresas apresentou um desafio muito específico.

Com a expansão de áreas de colheita florestal, sobretudo áreas de fomento florestal para pequenas e médias fazendas da região onde atua, essa empresa tinha desafios consideráveis para viabilizar a operação de colheita mecanizada. Sendo assim, como reduzir o custo operacional nessas áreas, em sua maioria pequenas, tendo em vista que os módulos tradicionais de colheita demandam altos gastos com deslocamentos, transporte de máquinas, instalação, operação e desmobilização? Como manter uma produtividade alta e eficiência nesses casos?

Essas e muitas outras perguntas foram direcionadas para o que seria a inovação “abraçada” pela Ponsse: uma única máquina que fosse capaz de colher, processar e extrair as árvores de dentro do talhão até a pilha na lateral da estrada ou em um pátio intermediário.

Harbunk é único no mundo – Pesquisando por equipamentos no exterior que pudessem atender a demanda por colheita em áreas pequenas, espaçadas e em terrenos acidentados, chegaram ao Highlander. Um tipo de equipamento que possui uma grua com cabeçote de colheita, mais uma pinça ou uma pequena carroceria para extrair as toras de modo suspenso (baldear).

Porém essa solução ainda se mostrou inviável. Foi então que, para responder às perguntas, chegamos a uma solução completamente personalizada para a necessidade daquele cliente: o Harbunk. Um produto Ponsse, adaptado no Brasil e voltado diretamente para o mercado brasileiro, onde as áreas pequenas e de difícil acesso para operações mecanizadas são realidade, e, muitas vezes, há desafios como declive ou o tamanho reduzido dos talhões, ou até os dois juntos.

Produzido a partir de um harvester PONSSE Bear, equipado com cabeçote de colheita Ponsse, para ele se transformar em Harbunk, é inserida a pinça Clamp Bunk. Todo esse aparato faz com que esse equipamento inovador seja capaz de integrar, em uma só máquina, as operações corte, extração e processamento. As atividades que antes seriam executadas por duas a três máquinas, agora reunidas em apenas uma.

Sustentável – Os benefícios de se ter apenas uma máquina são vários e quero destacar alguns. O primeiro é justamente o fato de se mostrar mais produtivo que os sistemas Full Tree ou CTL em áreas pequenas. Os custos se reduzem consideravelmente para essas operações, trazendo mais eficiência e viabilidade econômica para a atividade de colheita mecanizada até mesmo em blocos florestais reduzidos e espaçados, ou “picados” como se diz no meio florestal.

O segundo que gostaria de destacar é a segurança. Todos os Harbunks comercializados no Brasil até hoje são equipados com guincho auxiliar de tração, o qual permite a ancoragem da máquina para operações em áreas declivosas. Essa máquina é extremamente adequada para esse tipo de trabalho que antes era colhida de forma totalmente manual ou semimecanizada (com motosserras), trazendo mais segurança e melhores resultados de colheita.

Em terceiro lugar está a redução da compactação do solo e da pegada de carbono na operação de colheita mecanizada de áreas pequenas. Com apenas uma máquina circulando, há a preservação do solo e, pelo mesmo motivo, há menos emissão de CO2 por metro cúbico colhido.

 

 

Áreas especiais – Mas se até agora se falou apenas em áreas pequenas, por que o termo desafios especiais de colheita? É que, depois de dois anos em operação, o Harbunk se mostrou muito útil para outras áreas de colheita em que o Full Tree, por exemplo, perde sua eficiência, como pontas de talhão e áreas de difícil acesso.

Por isso chamamos de desafios especiais, pois demanda um olhar atento da gestão florestal para manter os custos competitivos em toda a operação.

Tamanha é a demanda desse equipamento no país que há sete Harbunks em operação nos estados do Paraná e Santa Catarina e outro cinco devem entrar começar a operar ainda este ano.

Proximidade ao cliente – Criar uma máquina produtiva e inovadora está diretamente relacionado com o propósito da Ponsse em “Entregar soluções sustentáveis para o benefício dos nossos clientes e meio ambiente” e o resultado da nossa missão em alcançar o sucesso junto dos clientes. Neste caso e em outros desenvolvimentos da marca, ouvimos a real necessidade do campo e procuramos alternativas que possam realmente agregar valor à colheita florestal no Brasil e no mundo.

 

Rodrigo Marangoni, Gerente Executivo Comercial e de Marketing da Ponsse Brasil

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