Ao promover a castração de bovinos, tem-se como resultado a facilitação do manejo com animais mais tranquilos, além de uma melhoria da qualidade da carne e da carcaça. Estudos mostram, porém, que castrar os animais por meio de cirurgia causa intensa dor e estresse, perda de peso e pode trazer complicações pós-operatórias e custos com medicação. Por isso, a imunocastração de bovinos tem sido a opção adotada por muitos produtores que querem evitar complicações e se preocupam com o bem-estar animal. O método utiliza uma vacina que castra sem causar sofrimento aos animais. A imunocastração de bovinos machos reduz as brigas por hierarquia dos grupos e, portanto, lesões e problemas de casco, reduzindo riscos de acidentes de trabalho na fazenda. Com a ferramenta, o produtor não lida com problemas como hemorragia, bicheiras e infecções, e não há risco de morte de animais por complicações pós-cirúrgicas. Na fazenda, os animais tornam-se mais calmos, facilitando assim o manejo do rebanho. Há, ainda, uma melhora na conversão alimentar, além do desenvolvimento de anticorpos contra o GnRH.
Em um contexto de crescente engajamento do consumidor nas causas ambientais e maior preocupação com a origem dos alimentos, práticas que promovem o bem-estar animal, como a imunocastração, agregam valor ao produto. Com o método, é possível obter carcaças de qualidade, provenientes de animais jovens, com excelente acabamento. Assim, pode-se aumentar os lucros na fase da terminação e explorar o segmento de carne gourmet, que, segundo estimativas, cresce cerca de 20% ao ano no Brasil. A castração permite que haja maior deposição de gordura e, por consequência, aumenta a proteção da carcaça no processo de resfriamento, o que torna a técnica uma aliada para o melhoramento da qualidade da carne. A imunocastração certamente é um dos fatores importantes para a obtenção de uma carne de qualidade superior, além de questões como genética, idade e sexo, nutrição do animal e tipo de manejo, dentre outros.
Por sua relevância, é preciso destacar que o manejo do rebanho deve seguir as premissas de bem-estar dos animais. É fundamental evitar que os animais se machuquem, além de assegurar a aplicação correta dos medicamentos. A castração imunológica corrobora com esse fundamento pois deixa os animais mais calmos, fáceis de manejar e ainda reduz o estresse, o que resulta numa carne de melhor qualidade. No mercado há mais de uma década, a imunocastração com Bopriva tem ajudado muitos produtores a atingirem seus objetivos. O produto age no sistema imunológico dos bovinos e proporciona a suspensão temporária da fertilidade de machos e fêmeas, o que proporciona a melhoria no acabamento da carcaça e a produção de carne de qualidade superior.
De modo similar, a vacinação de fêmeas adultas leva à inibição temporária do comportamento associado ao estro. A ferramenta tem sido adotada tanto por pecuaristas quanto por frigoríficos. “É uma tecnologia que traz bem-estar aos animais, evita perdas de desempenho pós-castração, como acontece com os métodos tradicionais, e reduz o tempo necessário para que o animal atinja o grau de acabamento de carcaça ideal para o abate”, resume Miranda.
Daniel Cesar Miranda é gerente de produto da Zoetis.
Sobre a Zoetis
Como empresa líder mundial em saúde animal, a Zoetis é movida por um propósito singular: fortalecer o mundo e a humanidade por meio do avanço no cuidado com os animais. Depois de inovar maneiras de prever, prevenir, detectar e tratar doenças animais por mais de 70 anos, a Zoetis continua apoiando aqueles que criam e cuidam de animais em todo o mundo – de veterinários e donos de animais a criadores de gado e pecuaristas. O portfólio líder e o portfólio de medicamentos, vacinas, diagnósticos e tecnologias da empresa fazem a diferença em mais de 100 países. Uma empresa da Fortune 500, a Zoetis gerou uma receita de US$ 8,54 bilhões em 2023, com aproximadamente 13.800 funcionários