O tratamento de água e efluentes assim como o reuso da água colaboram decisivamente para preservação ambiental.
No agro, indústrias de fertilizantes, grãos, defensivos, áreas de produção de matérias-primas, como amônia, ureia e nitrogênio geram efluentes que podem vir a poluir o solo, especialmente se forem despejados sem o devido tratamento na natureza.
O uso de insumos e defensivos, que visam suprir os déficits nutricionais do solo e combater pragas e doenças, gera efluentes que precisam de tratamento. O descarte inadequado de sobras das pulverizações também é caracterizado como fonte poluidora e há outros efluentes oriundos dos processos que utilizam como matéria-prima, como laranja e cana-de-açúcar, que podem conter altos teores de contaminantes residuais, sendo necessários tratamentos com tecnologias avançadas.
Diogo Taranto (foto o lado), diretor de desenvolvimento de negócios do Grupo Opersan, explica que o Brasil está na vanguarda em se tratando de tecnologias ambientais e que há grandes empresas que possuem total expertise para o tratamento adequado de água e efluentes. “A particularidade do agro é que os contaminantes oriundos dos efluentes gerados precisam ter diretrizes mais precisas”, pontua.
A agroindústria, ainda de acordo com Taranto, deve se tornar cada vez mais sustentável. Nesse contexto, a terceirização do tratamento de água e efluentes tem se mostrado eficiente, pois emprega tecnologias que eliminam os ingredientes ativos e tratam os contaminantes complexos.
Taranto explica que o processo de tratamento de efluentes pode ser realizado na modalidade Onsite, dentro da planta de uma indústria, com o apoio do contratado, ou na Offsite, nas dependências do fornecedor do serviço. Na primeira modalidade, o sistema é instalado e operado por um parceiro especializado, que disponibiliza, além da mão de obra para operação e manutenção, os recursos para investimento em infraestrutura, insumos operacionais e destinação de resíduos.
Na segunda modalidade, os efluentes são coletados nas empresas ou na propriedade rural e transportados para centrais de tratamento do parceiro contratado, onde amostras são coletadas e analisadas em laboratório, para avaliar o tipo de resíduo recebido e determinar qual o tratamento mais adequado. Neste caso, é de extrema importância que os receptores terceiros sejam homologados e comprovem eficácia no tratamento dos efluentes, pois, ao final, o gerador permanece corresponsável ambientalmente.