Carlos Fávaro: “A eleição acabou. É hora de fazer o ‘Agro Brasil do futuro’”

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Ele traz nos olhos claros, vívidos, e na pele branca, a história da família de origem italiana que buscou vencer na vida trabalhando no campo paranaense. Filho de pequenos produtores, nasceu em Bela Vista do Paraíso, coladinho em Londrina, nas terras vermelhas e produtivas do Norte daquele Estado. Mas a falta de crédito e de perspectivas obrigaram os pais a venderem as terras e buscarem sobrevivência em um assentamento agrário de Mato Grosso, em Lucas do Rio Verde. Sofreu na pele a falta de apoio das autoridades com os lavradores pobres, mas conseguiu sucesso, nome e projeção, cultivando soja, milho, sorgo e arroz. Carlos Henrique Baqueta Fávaro tem hoje 53 anos, é agropecuarista vitorioso, investe na criação de gado, e ainda ergueu uma carreira de líder classista e político. Foi Vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil, em 2010, e presidente da Associação em Mato Grosso, de 2012 a 2014. Presidiu a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Lucas do Rio Verde de 2007 a 2011. Entrou na política em 2014, como candidato a Vice-Governador de Mato Grosso, na chapa encabeçada por Pedro Taques, que acabou vitoriosa, com 57,25% dos votos. Em 2016, foi nomeado Secretário de Estado de Meio Ambiente, cargo que ocupou até o fim de 2017. No ano seguinte, disputou uma vaga ao Senado da República e ficou em terceiro lugar, com 15,8% dos votos, atrás de Selma Arruda e Jayme Campos. Em 2019, foi escolhido para chefiar o Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília. No ano seguinte, assumiu uma cadeira no Senado provisoriamente depois da cassação do mandato de Selma Arruda pelo Tribunal Superior Eleitoral. Uma nova eleição foi realizada e ele acabou sendo o mais votado entre onze candidatos, com 25,97% dos votos, para um mandato até janeiro de 2027. É filiado ao Partido Social Democrático (PSD).

Trabalhou pesado na capital federal. Foi membro titular das Comissões de Meio Ambiente, Agricultura e Reforma Agrária, e Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). Conseguiu aprovar seu projeto que prevê o uso da aviação agrícola no combate a incêndios florestais. E também a proposta de emenda à constituição (PEC) que assegurou a aplicação do mínimo de 30% do valor recebido para as candidaturas proporcionais femininas. Foi responsável pela criação dos grupos parlamentares Brasil – Bolívia e Brasil – Irã, que fortaleceram as relações comerciais entre os países. E integrou o Grupo Parlamentar Brasil ONU, Grupo Parlamentar Brasil Paraguai, Grupo Parlamentar Brasil Emirados Árabes e as Frentes Parlamentares de Apoio ao Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central e Mista Antirracismo.

Mas isso não foi suficiente para garantir apoio total dos colegas de agronegócio quando foi nomeado pelo Presidente Luís Ignácio da Silva para comandar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Todos precisam compreender que a eleição acabou. E o nosso setor precisa trabalhar unido, construindo pontes para o futuro”. É a frase que ele não cansa de repetir desde o início do ano, em cada rincão do agro que visita no país, para olhos e ouvidos desconfiados.

Não foi diferente em Uberaba (MG), em fevereiro passado, quando levou os cinco secretários do MAPA e passou um sábado inteiro trabalhando e prestigiando a posse do novo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, na sede da entidade, no Parque Fernando Costa. Atendendo a um convite feito pessoalmente pelo dirigente Gabriel, um mês antes. Garcia Cid é pecuarista e neto de um dos maiores nomes da bovinocultura mundial, Celso Garcia Cid. Já a ABCZ reúne mais de vinte mil associados e faz a Pecuária do Zebu mais produtiva do planeta. Depois de assumir a pasta, e fazer viagens internacionais, foi a primeira visita de Fávaro ao interior do país. Junto dos secretários Irajá Lacerda (Secretário Adjunto), Wilson Vaz (Política Agrícola Adjunta), Carlos Goulart (Defesa Agropecuária), Renata Miranda (Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação) e Roberto Perosa (Comércio e Relações Internacionais). Todos ouviram pedidos de pecuaristas, produtores, líderes de entidades e autoridades políticas do Triângulo Mineiro, além de todo o Estado de Minas Gerais. E ainda tratando diretamente com criadores das raças Nelore, Guzerá, Indubrasil, Girolando, Gir Leiteiro, Senepol, Brahman, Tabapuã e Sindi.

Mais de 50 lideranças, como o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Antônio Pitangui de Salvo; a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo; o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Thales Fernandes; os deputados federais Samuel Viana e Zé Silva, e o Superintendente Federal de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, Marcílio Magalhães. O ministro recebeu o título de associado honorário da ABCZ e um exemplar do livro ‘ABCZ 100 Anos – História e Histórias’, de autoria de Maria Antonieta Borges Lopes e Eliane Mendonça Marquez de Rezende. ​​​​​​​Fávaro reafirmou que a ABCZ promove uma agropecuária cada vez mais sustentável e elogiou os programas de Melhoramento Genético de Zebuínos(PMGZ) e o Integra Zebu. “Foi um encontro de diálogo e comunicação. A mensagem do ministro é a mesma da gestão da ABCZ. Atender as demandas dos produtores de gado Zebu de todo o Brasil e ressaltar a importância do agro para o país e o mundo”, reforçou o presidente Gabriel Garcia Cid.

À noite, o ministro prestigiou a posse da nova Diretoria da ABCZ, que irá liderar a associação até 2025. O paranaense foi bastante cobrado. Sobre porte de armas pelos agricultores, invasões de terras, perseguição aos agropecuaristas, segurança jurídica, impostos, exportações e intervenções. Das oito horas da manhã às dez horas da noite permaneceu inflexível. Atendeu a todos, ouviu tudo, distribuiu sorrisos, abraçou, cumprimentou e repetiu à exaustão o mantra: “Estou ao lado do Presidente Lula e dos produtores rurais pelo Agro do Futuro”. A Plataforma AgroRevenda não desgrudou um só instante. E conta para você. Acompanhe.

AgroRevenda – Como o senhor recebeu o convite da ABCZ?
Carlos Fávaro – Como uma ótima oportunidade para trazer o Ministério mais junto ao produtor, com os secretários, nesta ação itinerante. Para cumprirmos o papel de ouvir os pedidos dos pecuaristas e transformá-los em políticas públicas. Para todas as cadeias produtivas do Agronegócio.

AgroRevenda – O senhor gostou do resultado desse encontro?
Carlos Fávaro – Fiquei muito contente com o convite feito pela entidade e pelo presidente da ABCZ, o Gabriel Garcia. Foi a primeira viagem que fiz ao interior do Brasil, com uma audiência itinerante, ao lado dos secretários do ministério e quero que várias outras sejam concretizadas. E tomara que outras entidades façam o mesmo convite. Queremos trazer Brasília ao interior, construir pontes, levar a mensagem do Presidente Lula de respeitar quem pensa diferente, deixar claro que o Governo Federal está de portas abertas para quem deseja um futuro melhor para o Agronegócio. Que ele seja um segmento mais sustentável, que produz, intensifica, cumpre a lei e respeita o meio ambiente. Que seja a mola propulsora da economia brasileira.

AgroRevenda – Mas o presidente eleito chegou a chamar os produtores rurais de fascistas?
Carlos Fávaro –
As críticas que o presidente Lula fez foram contra aqueles poucos, muito poucos, que insistem em não cumprir a legislação, o código florestal, promovendo o desmatamento e a destruição do meio ambiente. E isso é ruim para o nosso país porque mancha a imagem da imensa maioria dos produtores, que são empreendedores e trabalham bem.

AgroRevenda – Muitos agropecuaristas criticam sua ligação com o atual Presidente da República. Como o senhor vê essa postura?
Carlos Fávaro – 
Confio plenamente nos bons propósitos do Presidente, principalmente em relação ao apoio ao Agronegócio. Somos todos adultos, temos nossas convicções, mas entendo que é preciso que todos compreendam que a eleição acabou. E o nosso segmento precisa trabalhar unido, construindo pontes. Quem pensa e age assim será muito bem recebido. Agora, quem ainda faz questão de continuar criticando, tendo postura política eleitoral de oposição, necessita refletir e ver que haverá eleição novamente daqui quatro anos. De qualquer maneira, eu e o MAPA estaremos sempre de portas abertas para quem desejar contribuir com o Agronegócio do Brasil. Agora é hora de estar ao lado de pessoas que desejam trabalhar bem, a produção sustentável, recuperar a boa imagem do nosso agro no mundo.

AgroRevenda – ​​​​​​​O Presidente da República critica a posse de armas por fazendeiros. O senhor também?
Carlos Fávaro – 
Precisamos esquecer a retórica que normalmente marca toda eleição e deixar claro que o produtor rural tem o direito de possuir arma para fazer a sua segurança, defender-se do ataque de bandidos. Está na lei. Direito a uma, duas armas e um pouco de munição. Até mesmo pela vulnerabilidade do Campo, por estar longe dos centros urbanos e do primeiro combate aos marginais, sempre realizado pela Polícia Militar. E ainda precisamos pensar em outras tecnologias para poder dar suporte às fazendas brasileiras, como aplicativos, câmeras para que a pessoa do campo tenha segurança. Porém, é óbvio que ele não pode ter um arsenal em casa, capaz de começar uma guerra em sua propriedade rural. Exageros, não.

AgroRevenda – Outra marca de movimentos ligados ao presidente eleito é invadir terras, destruir centros de pesquisa e combater os produtos transgênicos. Qual a sua posição diante desses temas?
Carlos Fávaro – 
Sempre respeitar, defender e cumprir a lei. Terra produtiva invadida é um crime e a Justiça deve mandar fazer a reintegração da propriedade. E o Estado tem que cumprir imediatamente a sentença. A legislação brasileira também é clara na defesa da propriedade, seja privada ou pública. Invasão, destruição e vandalismo devem ser punidos, investigados, julgados e condenados. Seja em qual governo for. Se o Governo tem interesse em alguma área, precisa negociar com o dono. E a fazenda só vai ser comprada com a aprovação do dono da propriedade.

AgroRevenda – O presidente também defendeu que o país precisa exportar menos para atender a população brasileira com alimentos. O senhor também pensa assim?
Carlos Fávaro – 
O humor do mundo mudou em relação ao Brasil. Tivemos a abertura dos mercados para a Indonésia, o algodão para o Egito, o que é uma grife para o nosso produto, novas plantas habilitadas para a China. É um trabalho do MAPA, feito há muito tempo, por outros ministros, como Marcos Montes e Tereza Cristina, por exemplo. Estamos abrindo cada vez mais mercados e isso é muito bom para o nosso país.

AgroRevenda – O senhor viajou ao exterior no início do Ministério. Como está a imagem do Brasil lá fora?
Carlos Fávaro – 
Está muito abalada, mas será retomada com muita determinação. O humor do mundo já virou em relação ao nosso país.

AgroRevenda – Qual a sua opinião sobre o estágio da Pecuária Bovina do Brasil?
Carlos Fávaro – 
O trabalho realizado por empresas, produtores e entidades na Pecuária é fantástico. A própria ABCZ é um templo da atividade. Fiquei muito feliz de conhecer o programa de genética da entidade, o PMGZ, e o Integra Zebu, que fortalecem a produção sustentável e vão de encontro às nossas propostas de transformar a pecuária de baixa produtividade em pastagens de alta produção. Para isso, precisamos de recursos e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Banco do Brasil estão se preparando para isso com o apoio total do MAPA.

AgroRevenda – Qual a importância da adoção de suplementação nutricional para melhorar a produtividade da pecuária brasileira por pequenos, médios e grandes produtores do país?
Carlos Fávaro – 
No dia em que entra um animal na minha propriedade, ele chega e é recebido com suplementação. Assim, você atinge um rendimento melhor, aproveitando o potencial genético do animal de forma mais rápida. Bovinos bem nutridos, com boa ambiência, água de qualidade. Assim, ele vai performar muito melhor. Acredito muito na Ciência, na adoção de novas técnicas, para intensificarmos de forma sustentável a nossa pecuária.

AgroRevenda – O que mais pode ser feito pela carne bovina?
Carlos Fávaro – 
A pecuária precisa de pastagem de qualidade, intensificação de pastagem, suplementação mineral e também abrir espaço para a agricultura. Dos 170 milhões de hectares utilizados pela atividade, pelo menos 40 milhões estão propícios à agricultura. É quase dobrar tudo o que foi feito de 1.500 até agora, sem desmatar nada. Temos que dobrar o número de tratores, colheitadeiras, empregos, oportunidades no campo e na cidade, usar genética, nutrição de qualidade, cuidado sanitário.

AgroRevenda – E o crédito para o agro, como fica?
Carlos Fávaro – 
Temos mais do que exemplo a fase anterior do Governo Lula, que foi a melhor para o crédito em toda a história. Isso é incontestável. Tivemos o Moderfrota, Moderinfra, Programa mais Alimentos para pequenos produtores, o crédito rural foi ampliado, o crédito agrícola teve taxas de juros tão reduzidas. Tivemos Moderfrota a juros de 2,5% ao ano. É uma determinação nossa à Secretaria de Política Agrícola, que já começa a escrever o Plano Safra, fortalecendo o programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), as boas políticas. É a marca que queremos deixar. Apoio ao fortalecimento da agricultura familiar. Não existe uma só agricultura no país, são várias e todas muito importantes. A moderna e a pequena. Mas a familiar precisa do poder público mais próximo. Para levar extensão rural, qualificação, financiamento. A política agrícola que vai ser feita será nesse sentido, de reforçar o amparo aos pequenos e médios. Ao mesmo tempo, no caso dos grandes, o foco será levar o financiamento para investimentos, renovação de máquinas, construção de armazéns, renovação de pastagens degradadas, qualificação e crédito para intensificar a nossa produção.

AgroRevenda – O senhor reforça a importância de integrar a mulher ao Agronegócio. Como é isso?
Carlos Fávaro – 
Olhe, passei aqui, em Uberaba, berço do Agronegócio no Triângulo Mineiro, um município administrado por uma mulher, a primeira prefeita daqui. Um símbolo da tão sonhada igualdade entre homens e mulheres pregada pelo presidente. Também teremos essa política implantada. Quero e estou trabalhando pelo novo presidente da Embrapa, que muito provavelmente será uma mulher, depois de cinquenta anos de atividades da entidade. Estaremos ampliando a participação das mulheres, onde elas estiverem. Universidades, entidades, nas fazendas, empresas. E vou trabalhar neste sentido.

AgroRevenda – Qual sua visão sobre um tema muito defendido pelo partido do seu presidente, a reforma agrária?
Carlos Fávaro – 
Nós precisamos dar prioridade para homens e mulheres que têm vocação para produzir alimentos. E dar apoio. Eu sou fruto de um assentamento de reforma agrária. Há quarenta anos, minha família chegou a um lugar assim, no Centro Oeste. Fui cliente da reforma agrária. Vivi o dia a dia da ausência do poder público. Por isso hoje tenho o propósito de que todo movimento que busca ajudar essas pessoas vai ter 100% do meu apoio. Com estrutura, assistência técnica, orientação, crédito.

AgroRevenda – E a Integração Lavoura Pecuária, vai ter o apoio do MAPA?
Carlos Fávaro – 
A Integração é um modelo para mostrarmos ao mundo. Muitos países tentam discutir a agricultura em busca da sustentabilidade com a ‘desintensificação’. Como é o caso da Alemanha. Estive no encontro da agricultura verde na Europa, ao lado de 66 ministros da agricultura, e outras 17 entidades internacionais, e levei a nossa mensagem de sustentabilidade, pedindo respeito ao que estamos fazendo. Nosso sistema é diferente. É a intensificação dos modelos produtivos, ocupando melhor o solo e combatendo o desmatamento. Dando suporte aquele pedaço de chão, com resultados e cuidado com as áreas.

AgroRevenda – E sua postura diante de áreas que podem ser desmatadas por lei?
Carlos Fávaro – 
Veja, precisamos tirar a pressão sobre o desmatamento. Intensificar, aumentar a produção, dar oportunidade de mais empregos, o que vai exigir mais máquinas, equipamentos, indústrias. Temos ainda muitas áreas passíveis de produção, mas que estão ociosas. São oportunidades para o produtor rural empreender com financiamentos a juros baixos e justos, para lavrar com baixo impacto, tendo prazos longos para pagar, ajudando o fazendeiro a produzir mais.

AgroRevenda – Quais as maiores garantias do Ministro Fávaro ao Agro do Brasil?
Carlos Fávaro – 
Eu garanto o direito do produtor à segurança. Eu também sou produtor rural. Estamos protegidos por lei. O direito à propriedade é intocável. Produtores que fazem queimadas e desmatamento não representam o agronegócio do Brasil. A reforma agrária pode ocorrer. Em áreas públicas e até em terras privadas, desde que o dono queira vender. Com valor justo, de mercado. Fora isso, não será concebido.

AgroRevenda – Qual a marca que o senhor deseja para seu trabalho?
Carlos Fávaro –
Quero ser um ministro contemporâneo, que pensou em formas de ganhar mais mercados para o Brasil. Que pode ajudar a Embrapa a fazer novas revoluções. Pensarmos na Embrapa e na Agropecuária do futuro, o que vamos produzir em 2050, inovação tecnológica, conectar o homem do campo à internet. Competitividade, formação dos colaboradores. Esse é o agro do futuro que precisamos implementar. Quero convocá-los para me ajudar nesta tarefa. Deixar a eleição de lado. A eleição acabou. E vai ter outra daqui quatro anos. E talvez não estejamos unidos de novo. Não tem problema. Isso faz parte da democracia. Mas agora é hora de fortalecer o setor. Fazer um agro inclusivo, pois somos gente de bem.

AgroRevenda – Como o senhor quer ser visto no futuro?
Carlos Fávaro – 
Como um ministro que deu sequência às boas políticas públicas implementadas por todos os excelentes profissionais que me precederam. Marcos Montes, Blairo Maggi, Tereza Cristina, Kátia Abreu, Roberto Rodrigues, Neri Geller, Reinhold Stephanes, entre outros. Foram ótimos comandantes da pasta. E vou com toda a equipe técnica trabalhar na mesma linha. Minha marca será a de um ministério contemporâneo, que pensou o futuro, como será a Agropecuária, como vamos plantar, como plantar, atuando ao lado de institutos de pesquisa como a Embrapa, intensificando cada vez mais, anexando mais áreas de produção, porém com baixo impacto, que precisam de calcário e fertilizante, aumentando a produção, mas sem promover desmatamento.

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