6 de abril de 2023

Fermentação: o segredo por baixo das lonas

Por Equipe Técnica Nutricorp

 

Várias etapas do processo de ensilagem têm impacto na fermentação. Toneladas de matéria seca (MS) e valor nutritivo podem ser perdidas nesse processo. Ao compreender como é uma fermentação ideal, é mais fácil de entender por que certas etapas são tão importantes para acertar.

A fermentação é um processo natural, onde os açúcares da planta – glicose ou frutose – são convertidos em ácidos, que “conservam” a forragem. No entanto, em alguns tipos de fermentação, também são produzidos outros subprodutos indesejáveis.

Uma boa fermentação, deve resultar em concentrações elevadas de ácido lático, comparado com os outros ácidos (ex: ácido butírico). Isso é ideal, porque o ácido lático é um ácido forte e benéfico para o processo, pois promove a queda rápida de pH e inibe rapidamente a ação das enzimas da planta e microrganismos indesejáveis.

Outra vantagem nesse tipo de fermentação é que apenas ácido lático é produzido, sem subprodutos indesejáveis durante este processo de conversão. Esse tipo de fermentação é denominada homofermentativa, visto que o produto final é exclusivamente ácido lático. Além disso, essa fermentação é favorecida quando um inoculante de silagem comprovado entrega números elevados de bactérias produtoras de ácido lático (ex: Lactobacilus plantarum).

Por outro lado, uma fermentação ruim acontece quando outras bactérias (ex: Clostridium ssp) consomem os açúcares presentes nas plantas, como por exemplo enterobactérias (encontradas no ambiente). Essas bactérias produzem vários produtos finais, que ao contrário do ácido lático, contribuem de forma negativa para a conservação e valor nutritivo do alimento (ex: ácido butírico e aminas biogênicas).

Uma fermentação muito ruim acontece com a presença de clostrídios, advindos principalmente do ambiente. Eles têm a capacidade de converter ácido lático em ácido butírico, desperdiçando cerca de 18% da energia, diminuindo a palatabilidade e aceitabilidade da silagem, podendo reduzir o consumo de MS e resultar em menor desempenho animal.

Fermentação natural ou tratada? – As gramíneas frescas contêm uma mistura de bactérias boas e ruins. Se fermentar naturalmente, é possível que todos os problemas decorrentes de uma fermentação ruim aconteçam. Apesar de algumas bactérias boas estarem presentes, elas geralmente se encontram em números muito baixos e não são as mais eficientes para o processo de fermentação.

Ao evitar a contaminação do solo, pode-se reduzir a presença dessas bactérias indesejáveis. Além disso, deve-se maximizar o açúcar disponível na forragem, como por exemplo, cortar a gramínea no estágio ideal de crescimento, pois isso ajudará o processo e a qualidade da fermentação. Da mesma forma, outras etapas do processo de ensilagem também são importantes, como atingir o ponto ideal de MS no momento da colheita e remover o ar do silo.

Uma fermentação eficiente só começa em condições anaeróbicas. Por isso é muito importante utilizar um inoculante comprovado, que vai adicionar milhares de bactérias benéficas na silagem, com objetivo de dominar a fermentação, maximizando a produção de ácido lático. Pesquisas mostram uma queda mais rápida do pH quando um inoculante é utilizado, além da maior preservação da MS do material.

Um compilado de 15 experimentos, utilizando várias forrageiras, mostra que vacas alimentadas com uma silagem tratada com Lactobacillus plantarum MTD/1 (Ecosyl) apresentaram maior recuperação e consumo de MS, impactando positivamente o desempenho animal.

Preservação de proteína – Logo que a gramínea é cortada, a proteína começa a ser degradada por enzimas da própria planta, mas também por microrganismos indesejáveis. Isso resulta em perdas de proteína verdadeira e formação de compostos indesejáveis, como as aminas biogênicas.

Além disso, outro problema após o corte da gramínea é que os açúcares das forragens são utilizados para a sobrevivência da própria planta e dos microrganismos, juntamente com boa compactação, vedação e utilização de um bom inoculante, também reduzirão essas perdas.

Desta forma, é seguro afirmar que a produção de uma silagem de qualidade vai, comprovadamente, beneficiar os animais.

Sobre a Nutricorp – A Nutricorp, empresa referência em qualidade e inovação no agronegócio, é especialista em soluções criativas em nutrição e bem-estar de bovinos de corte e leite, tendo qualidade e segurança incorporadas no seu DNA, sempre visando a satisfação de seus clientes e o cuidado com o meio-ambiente. Com mais de 20 anos de mercado, a marca sempre atuou próxima aos produtores e fábricas, atendendo suas demandas com o máximo de expertise e personalização. Pioneira em transformar coprodutos da agroindústria alimentícia em produtos inovadores e eficazes criando novas soluções com foco em nutrição animal e desempenho produtivo na cadeia de ruminantes. Como principal valor, a companhia preza por suas relações com clientes, fornecedores e colaboradores, entregando e pensando sempre na promoção do melhor e como objetivo, seu desejo é nutrir com inovação as relações na agropecuária, assegurando sabor e saúde, na fazenda e na mesa. http://www.nutricorp.com.br.

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