Créditos de carbono dominam debates no 2º dia da Expodireto

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7º Fórum Estadual de Conservação do Solo e da Água foi um dos principais palcos de discussão.

7º Fórum Estadual de Conservação do Solo e da Água foi um dos principais palcos de discussão.

 

 

O mercado de créditos de carbono foi o tema mais debatido ontem (07/03) no segundo dia da 23ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). O assunto foi discutido em diferentes fóruns, provocando interesse tanto de pecuaristas quanto de agricultores.

O gerente de projetos especiais da MyCarbon, Guilherme Ferraudo, proferiu palestra sobre o tema “Mercado de Carbono e Oportunidades no Agro” em dois eventos, no 7º Fórum Estadual de Conservação do Solo e da Água e no 1º Fórum da Carne Bovina. Ele explicou que a empresa trabalha com créditos para pecuária de corte e possui projetos com suinocultores e para o setor de grãos, além de estar identificando oportunidades em indústrias.

“Esperamos que em 2025 a gente tenha créditos emitidos desses projetos que começamos a fazer em 2022 e neste ano”, disse Ferraudo, informando também que agricultores e pecuaristas estão aderindo à iniciativa, que busca facilitar a entrada dos produtores no mercado voluntário de carbono.

Agricultura – O chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Lima Nepomuceno, foi um dos palestrantes do 33º Fórum Nacional da Soja, que ocorreu pela manhã. Ele disse não ter conhecimento sobre a venda de crédito de carbonos em lavouras de soja no país, neste momento, mas destacou que essa é uma possibilidade.

“No Programa Carne Carbono Neutro, que a Embrapa levou dez anos para desenvolver e começou a ser implementado há três anos, alguns produtores que têm essa certificação de carbono neutro já estão ganhando créditos de carbono. É um mercado que está sendo construído e tem muita coisa que não está bem estabelecido ainda”, relata.

Nepomuceno disse aos produtores para estarem atentos às regras determinadas pelo Banco Central para que as instituições bancárias registrem créditos de carbono, o que poderá gerar reflexos na agricultura.

“É um mercado que está sendo criado. Existem muitas possibilidades e a gente não sabe ao certo onde isso vai parar. O Brasil é o único país do mundo que consegue fazer fotossíntese 365 dias por ano, produz alimentos, pega o CO2 do ar com a fotossíntese e transforma em alimentos, fibras e biocombustíveis. O resto – a raiz, o talo e as folhas que sobram – é carbono que a gente incorpora no solo”, afirma o chefe-geral da Embrapa Soja.

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