Cooxupé fatura R$ 6,7 bi e vai distribuir R$ 120 mi em sobras

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Após um ano cheio de desafios na cafeicultura brasileira, a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé – Cooxupé divulgou um balanço positivo do exercício de 2021. Os resultados foram apresentados em Assembleia Geral Ordinária nesta sexta-feira (25/03).

A distribuição de sobras para os produtores associados soma mais de R$ 120 milhões, diante de um resultado de R$ 356 milhões e de um faturamento de R$ 6,7 bilhões. Além de receber adicionalmente o valor referente às sobras, as famílias cooperadas da Cooxupé tiveram outros ganhos ao longo de 2021 vindos de premiações concedidas em espécie por programas de certificação, reconhecimento, qualidade do café e de restituição de capital.

Com as metas conquistadas dentro do esperado, após serem revistas por conta das intempéries climáticas, a Cooxupé recebeu, no ano passado, 5.6 milhões de sacas de café arábica. Os embarques resultaram em 6.027 milhões de sacas, das quais 4.9 milhões corresponderam às exportações diretas para clientes de 50 países. Em relação ao mercado de cafés especiais, os embarques da cooperativa somaram 147.915 sacas, sendo 131.346 para o mercado externo e 16.569 para o interno, por meio da SMC Specialty Coffees.

“É importante lembrarmos que em 2021 o clima teve uma influência muito grande com altas temperaturas, falta de chuvas e ocorrência de geada. Além disso, os problemas logísticos também impactaram como a crise de contêineres e a falta de mão-de-obra nos portos. Tudo isto considerando, ainda, um cenário de pandemia. Mas, conseguimos conquistar nossos resultados, repassando-os aos nossos cooperados”, destaca o vice-presidente Osvaldo Bachião Filho.

Produção – Em 2021, ano de bienalidade baixa, os cooperados da Cooxupé produziram 7,49 milhões de sacas, na área de atuação da cooperativa que compreende Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado Mineiro e Média Mogiana do estado de São Paulo.

Dos mais de 17 mil cooperados, 97,7% correspondem à agricultura familiar, ou seja, mini e pequenos produtores. Os demais somam os resultados da cooperativa como médios, grandes e mega produtores.

Ao considerar o recebimento de café da Cooxupé em 2021, o volume recebido pela cooperativa mineira representou 18% da produção nacional de café arábica e 26% da produção deste tipo de café do estado de Minas Gerais.

A Cooxupé investiu mais de R$ 104,7 milhões em infraestrutura ao longo de 2021Dentre os investimentos, estão a abertura do Núcleo de São Pedro da União (MG) em novo espaço; a compra de um terreno para a expansão da filial da cooperativa na cidade de Campos Gerais (MG); reformas e ampliações em Alfenas, Cabo Verde e Nova Resende (MG), além da nova estrutura que passou a abrigar o Laboratório de análise foliar e de solo que fornece este tipo de serviço aos cafeicultores.

Responsável pela produção de cafés torrados, moídos e em grãos da Cooxupé, a Torrefação cresceu 39%, em 2021, em relação à abertura de novos clientes no varejo brasileiro em comparação à cartela ativa de 2020. O total de café produzido foi de 12,9 milhões de quilos. Já o número de sacas processadas foi mais de 259 mil.

Restituição – A Cooxupé implantou em 2019 o Programa de Restituição de Capital por Idade em benefício aos cooperados acima de 75 anos com a devolução da cota capital. Desde a criação do programa, a cooperativa já fez a restituição de mais de R$ 30 milhões. Em 2021, o valor restituído foi mais de R$ 5 milhões.

“Ao longo dos últimos dois anos, enfrentamos grandes desafios gerados pela pandemia e, principalmente, pelo clima. Mas, a cooperativa e seus cooperados superaram os obstáculos conforme comprova o balanço de 2021. É certo, também, que o cenário de valorização dos preços no mercado internacional exerceu influência em nossos resultados, mas a união e a confiança dos produtores mais uma vez permitiram à Cooxupé números crescentes. O ano de 2022 ainda reserva desafios, com as consequências da geada, por exemplo. Recomendamos aos nossos cooperados muita cautela e, mesmo que o mercado esteja atualmente oferecendo boas oportunidades, é preciso ter uma visão a médio prazo para que, assim, nossas atividades sigam fortalecidas e de maneira estrategicamente planejadas”, alerta o presidente da cooperativa, Carlos Augusto Rodrigues de Melo.

 

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