Estreitar relações e promover os produtos e serviços exportados pelas cooperativas brasileiras. Esses foram os principais objetivos da participação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) na Missão Oficial da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao Irã. A visita foi realizada entre os dias 17 e 20 de fevereiro na capital do país, Teerã, e discutiu a possibilidade de importação de fertilizantes do Irã ao Brasil, principalmente a ureia.
“Participamos de diversas reuniões com o Ministro da Agricultura, membros do Parlamento e empresários iranianos e pudemos observar que o Brasil tem condições de suprir a demanda por produtos agro do país, especialmente no que diz respeito ao milho e à soja”, afirmou João Prieto, coordenador do Ramo Agro e representante do Sistema OCB na Missão Oficial.
Ainda segundo ele, durante as reuniões foi apresentado o Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras, publicação desenvolvida pelo Sistema OCB que está disponível em 11 idiomas, inclusive o farsi, língua oficial do Irã. “Também participamos de encontro com a Câmara Cooperativa iraniana com o objetivo de fomentar uma maior troca entre as cooperativas dos dois países na busca de novas oportunidades de negócios”, acrescentou.
Com 92 mil cooperativas ativas, 10 milhões de cooperados e 1,7 milhão de empregos diretos, o Irã possui um robusto sistema cooperativista. A Câmara de Cooperativas do Irã (ICC) é o principal órgão de representação das cooperativas locais e atua também no comércio internacional, com exportação e importação de produtos e subsídios para os empreendimentos cooperativistas
O Irã tem atualmente a terceira maior população do Oriente Médio, com 83 milhões de habitantes, e é um grande importador de alimentos. Em 2019, o valor total chegou a US$ 35 bilhões e o Brasil foi o quinto maior fornecedor. O total exportado pelo Brasil ao Irã no período foi de US$ 2,19 bilhões, um dos maiores superávits da Balança Comercial Brasileira.
O principal produto exportado pelo Brasil ao Irã foi o milho, sendo que o Brasil foi o maior fornecedor do cereal ao Irã, com negócios equivalentes a US$ 972 milhões em 2019. Por outro lado, o principal produto importado pelas empresas brasileiras foi fertilizante à base de hidrogênio, cujo valor somado em negócios chegou a US$ 99 milhões.