8 de julho de 2021

Forrageiras superiores são alternativa para o período seco

Na região de Brasil Central, principalmente no bioma Cerrado, a pecuária nacional vive o período da entressafra. Ou seja, há uma menor taxa de acúmulo de forragem nos pastos, devido à redução da temperatura e principalmente pela redução nas chuvas de abril a outubro. Nesse período pode-se ficar até meses com zero de precipitação. Para diminuir os efeitos da estacionalidade de produção, é preciso ajustar a oferta, reduzindo a carga animal ou usando estratégias para ter forragem, seja por diferimento ou forragem conservada.

Ainda dentro deste cenário, nos diferentes sistemas de produção pecuário, alternativas vêm sendo usadas para ter uma intensificação da produção animal, como a suplementação. Seja ela de baixo consumo (0,1 a 0,3% PV), passando por médio (0,3 a 0,5% PV), até as de alto consumo (1,0 a 2,0% PV). Nos últimos anos, cada vez mais se busca fazer a recria e engorda de animais em pastejo com uma suplementação de alto consumo. Para o uso dessa tecnologia, é necessário um bom planejamento e dimensionamento do sistema, além de estabelecer as metas zootécnicas e econômicas, sem deixar de lado o adequado ajuste da disponibilidade e qualidade de forragem.

Estes dois últimos pontos são muito importantes. A disponibilidade de forragem é determinante da capacidade de suporte das pastagens no período seco do ano, a partir do ajuste da oferta de forragem. Já a qualidade da forragem determinará o nível de suplementação para alcançar as metas de ganho de peso animal.

Com forrageiras mais produtivas durante este período, a exemplo do cv. Sabiá (Brachiaria brizantha x Brachiaria ruziziensis), é possível usar o diferimento da pastagem e produzir até 0,8 toneladas de MS/ha de lâmina foliar a mais do que o cv. Marandu (Brachiaria brizantha), forrageira mais semeada no país. Esse aumento na disponibilidade de forragem permite ao produtor um acréscimo de 0,8 UA simplesmente por usar uma forrageira mais produtiva, permitindo maior rentabilidade em uma época do ano desafiadora. Além disso, o cv. Sabiá pode alcançar uma proporção de até 39,9% de lâmina foliar na composição da forragem, contra 28,7% no cv. Marandu, resultado este que pode proporcionar melhor desempenho animal devido a melhor qualidade da forragem.

Essa nova tecnologia permite estrategicamente mitigar a baixa disponibilidade de forragem no período seco do ano e o agropecuarista tem a possibilidade de intensificar sua produtividade e ter uma maior lucratividade no seu sistema de produção.

Ulisses Figueiredo é Zootecnista, Mestre e Doutor (2015) em Genética e Melhoramento de Plantas, e Líder do Programa de Desenvolvimento de Cultivares da Barenbrug do Brasil.

Sobre a Barenbrug do Brasil
A Barenbrug do Brasil é afiliada ao Royal Barenbrug Group, empresa familiar de quarta geração, pioneira e líder mundial no segmento de sementes forrageiras. Com mais de 800 funcionários, em mais de 20 países e cinco continentes, a missão da Barenbrug é incrementar a produtividade animal, ajudando a alimentar o mundo, além de aumentar o bem-estar em espaços verdes ao redor do mundo. No Brasil, somos especializados no melhoramento genético, na produção e no tratamento de sementes forrageiras para o Agronegócio e oferecemos ao setor soluções e cultivares de alto potencial produtivo. Para mais informações, acesse: www.barenbrug.com.br.

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