30 de junho de 2021

Como o Agro vem se transformando no principal setor da economia

Em 2050, a população mundial deverá ser superior a nove bilhões de pessoas. A estimativa é da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que também prevê que 70% da população vão residir na zona urbana. Quando a população aumenta, a demanda por alimentos também cresce. E quando se fala em alimentação, é impossível não pensar no agronegócio. Qualquer cardápio, por mais simples que seja, depende de produtos que vêm do campo.

O agronegócio, também conhecido como agrobusiness, é o termo que explica todo o contexto socioespacial da produção agropecuária. Sendo assim, ele também se refere aos serviços, técnicas e equipamentos relacionados ao tema, direta ou indiretamente. No Brasil, o termo é muito conhecido, e o setor é um dos mais importantes da economia nacional.

Para se ter uma ideia da relevância desse setor, no primeiro trimestre deste ano, enquanto o mundo ainda se recuperava das consequências da pandemia da Covid-19, a agropecuária apresentou crescimento de 5,7% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e foi o setor que mais apresentou aumento quando comparado com o mesmo período de 2020.

Esse aumento, em um período de crise e de extrema retração da economia mundial, é um feito de destaque que demonstra a força e a importância do agronegócio para a economia brasileira e mundial. A soja puxou o aumento da produção e o ganho da produtividade nas lavouras, e a previsão é de safra recorde para este ano. Fumo e arroz seguiram o bom desempenho da soja e também apresentaram alta significativa de produção no primeiro trimestre.

Mas nem só de arroz e feijão vive a agricultura brasileira. Milho, mandioca, celulose, café, pecuária – com a carne bovina e de frango – açúcar, laranja e pesca também fazem parte da extensa lista, que é muito maior. Dentro do país, o setor do agronegócio além de alimentar a população, também aquece a economia de forma direta e indireta, e gera uma infinidade de empregos.

Engenheiros agrônomos, geólogos, engenheiros florestais, biólogos, engenheiros de biossistemas, veterinários, zootecnistas, administradores, entre tantos outros. Estima-se que, de toda a população economicamente ativa do país, 13% dos trabalhadores atuam em alguma área do agronegócio.

A agricultura está enraizada no desenvolvimento do Brasil. Com áreas extensas para produção, e abundância de recursos naturais como água, luz e calor, fundamentais para o desenvolvimento de qualquer cultura, a história do desenvolvimento da agricultura é tão antiga quanto a do país. Como comprovam a produção de cana de açúcar no século XVI na região Nordeste, e depois, o início da atividade cafeeira no século XVII. O papel econômico da  cultura do café naquela época foi de extrema importância, porque permitiu o desenvolvimento de diferentes regiões quando passou a liderar as exportações após o declínio da mineração.

Histórias que comprovam que o Brasil sempre foi um país tradicionalmente agrícola. Mesmo sendo considerada rudimentar em meados do século passado, quando prevalecia o trabalho braçal, e menos de 2% das propriedades rurais contavam com máquinas agrícolas, a agricultura sempre teve papel fundamental na economia do país.

Nos últimos 40 anos, o Brasil deixou de ser importador de alimentos e se tornou um importante provedor para o mundo. Conquistou aumentos significativos na produção que colocaram o país como um dos principais players do cenário agrícola mundial.

E isso também acontece porque o Brasil tem se  firmado como importante desenvolvedor de tecnologias que otimizam as produções, reduzem custos e contribuem para o meio ambiente. Nos próximos artigos, vamos falar sobre a importância do uso dessas tecnologias no setor, agricultura de precisão e a importância das empresas que desenvolvem as tecnologias que estão revolucionando a agricultura nacional.

Luciana Abreu é jornalista da ORGANISMO equity crowdfunding.

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