1 de maio de 2021

Um modelo sustentável da Pecuária Tropical dentro do Brasil!

 A ASBRAM acompanhou o recente lançamento das coletâneas de fatores nacionais para emissão e remoção de gases de efeito estufa na agropecuária brasileira pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Essa obra reuniu e sintetizou o trabalho de pesquisa realizado por cerca de 400 pesquisadores, a partir de sete mil páginas. Os resultados, oportunidades e soluções apresentados mostram o papel fundamental do setor para garantir a segurança alimentar do Brasil e do mundo.

Neste ano, as agendas internacionais programam eventos importantes nas questões climáticas e ambientais Tivemos a Cúpula da Terra, já realizado durante abril, em Washington (Estados Unidos), a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB-15), em Kunming (China), neste mês de maio, Conferência das Mudanças Climática, em Glasgow (Escócia).   A primeira organizada pelo governo norte-americano e os outros dois pela Organização das Nações Unidos (ONU).

Promover a intensificação sustentável – O ciclo de expansão na produção e exportação da agropecuária brasileira tem despertado uma atenção de âmbito mundial. Esse desempenho sucede ao mesmo tempo em que desenvolvemos práticas de preservação ambiental nas regiões tropicais. Do território nacional, predomina a cobertura por vegetação nativa (66%), seguida de pastagens (17%), matas (10%) e culturas (7%), de acordo com o Censo do IBGE de 2017.

A chamada intensificação sustentável faz parte da agenda para a solução da segurança alimentar no Brasil e no mundo. O próprio Código Florestal do Brasil parte do princípio de uma produção mais voltada à eficiência. Pesam a favor dessa tendência o aumento e consumo da população somado com preservação dos recursos naturais água e solo. Num país continental como o Brasil, os fatores de emissão e remoção na pecuária variam por sistema produtivo, tipo de terminação e diferentes idades doa animais. A emissão do metano por fermentação entérica pode ser mitigada e neutralizada pela biomassa forrageira fixadora de carbono no solo enquanto a biomassa florestal realiza o sequestro de carbono da atmosfera.

Credibilidade e Imagem internacional – Na recuperação das pastagens degradadas, desde 2010, o Brasil recuperou mais de 26 milhões hectares de pastagens. Esse pacote tecnológico se completa com o melhoramento genético das pastagens e de animais em conjunto com estratégias de suplementação e nutrição no período das secas. A Coletânea amplia o conhecimento sobre os sistemas nacionais de produção tendo em conta as especificidades edafoclimáticas nacionais, a partir de metodologias científicas com aceitação internacional. Como mecanismo de transparência, o Inventário Nacional de GEE subsidia planos de ação cujos resultados formam a base de dados oficial do país.

Como agrupam informações adequadas para a agropecuária desenvolvida em clima tropical, a Coletânea possui conteúdo para servir de referência a outros países com condições agropecuária e climática semelhantes às brasileiras. O MAPA dá um passo à frente para quantificar mais precisamente as emissões nacionais. Com isso, desenha a política setorial nacional de enfrentamento à mudança do clima para ganhar credibilidade e imagem internacional. A pecuária bovina se beneficia com essa iniciativa.

Daniel Guidolin, Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM).

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