Seguindo a previsão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil para a produção rural de 2020, cooperados da Cocre crescem sua produção e instituição aumenta liberação de verba para setor.
Apesar de ainda passar por um momento conturbado na economia, o Brasil já conta com previsões positivas com relação ao agronegócio. Desde o ano passado, essas estimativas já vinham sendo realizadas, como divulgado em dezembro pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo a estimativa, o Valor Bruto da Produção Agropecuária deve aumentar, este ano, cerca de 4,2%. Além disso, o PIB do agronegócio deve crescer em 3%. E em 2020, os resultados de fato foram satisfatórios. Na Cocre, cooperativa que faz parte do Sistema Sicoob e que possui quase 20 mil cooperados, as operações para o setor do agronegócio cresceram 25% no ano passado. Além disso, o volume de dinheiro liberado para este setor aumentou em 27%. Números significantes e que reforçam o saldo positivo que o setor econômico obteve no país em 2020.
Segundo Dalton Dorighello, engenheiro agrônomo da instituição, o aumento na liberação de crédito rural pela SICOOB Cocre em 2020 veio ao encontro dos números divulgados pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, que mostram que o PIB do agronegócio cresceu em cerca de 9% em 2020, batendo o recorde de avanço anual. “Além das linhas convencionais de crédito rural, as novas linhas oferecidas aos nossos cooperados e produtores rurais, como o Giro Rural, Rotativo Agro e Investe Agro, deram a eles novas possibilidades de negócios, agilidade e poder de negociação com seus fornecedores, o que aumentou a competitividade e lucratividade”, diz o engenheiro.
Marcos Murbach, produtor rural e um dos cooperados da Cocre, concorda com Dorighello ao apontar o fato de que a liberação das linhas de crédito feita aos produtores no ano passado abriu maior leque de oportunidades de negócios. Segundo ele, contar com o apoio de uma cooperativa faz toda a diferença. “É muito importante ter a Cocre como um braço para apoio, sobretudo em momentos de crise. Você sabe que quando alguma situação complica, você tem ‘para onde correr’. Como produtor rural, posso dizer que o trabalho da cooperativa para com os produtores rurais é de suma importância”, conta Murbach.
Apesar do período de seca que impactou na produção no ano passado, os resultados foram extremamente positivos para Murbach devido aos melhores preços pagos aos produtores. E isso reflete os dados fornecidos pela CNA. Segundo ele, houve queda na produção de açúcar em países da Ásia e aumento do consumo mundial. “No início do ano passado, tivemos uma queda no consumo do petróleo no mercado internacional e isso fez com que o preço do álcool abaixasse. Em contrapartida, a produção de açúcar na Ásia caiu e nós precisamos exportar. Puxados pelo açúcar, tivemos maiores rendimentos”, diz o produtor.
Ainda de acordo com ele, a alta no dólar foi um fator que quase prejudicou a produção. “Com a alta no dólar tivemos, consequentemente, um aumento no preço dos fertilizantes. Mas a produção e exportação do açúcar acabou compensando bastante”, relata. Nesse cenário, a Cocre se manteve ao lado, não só do produtor rural, mas também de todos os cooperados, auxiliando no que era preciso e liberando créditos para que o trabalho não fosse prejudicado, independentemente do cenário.
“Obtivemos o aumento de 25% nas operações para o agro em 2020 porque seguimos no campo, cumprindo nosso propósito e ouvindo as necessidades dos nossos cooperados que nos permite inovar em relação às linhas de crédito. Para esse ano lançamos a linha Plante +, voltada à ampliação e renovação de canaviais, e também a linha Cocre + Patrimônio, que permite aquisição de imóveis urbanos ou rurais e construção”, acrescenta Dorighello.
Segundo o diretor executivo da Cocre, Nivaldo José Camillo de Oliveira, durante o momento de dificuldade causada pela pandemia, a cooperativa criou linhas específicas para apoiar os cooperados, liberando mais de R$30 milhões em crédito. “Chegamos nas linhas ouvindo as pessoas e estando próximos a ela. Entendemos a necessidade do mercado e, a partir de então, passamos a cumprir o nosso papel de apoiar e incentivar a economia local”,
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