Levei 45 minutos para escrever esse artigo. Imagine só que em tão pouco tempo nasceram quase 200 gatos e mais de 150 cães! Estamos em um processo constante de humanização dos animais de companhia, que hoje já são considerados membros das nossas famílias. Durante esse mesmo período, o Brasil já produziu leite, ovos e carnes de todas as espécies para alimentar uma cidade de 97 mil habitantes durante um ano. Faça suas contas e veja o quanto produzimos em um dia – ou até mesmo em um ano. Acredito que vale ressaltar que em todo o mundo, apenas três países conseguem essa proeza!
Essas informações podem ter conduzido você a pensar que, para resolver o problema da fome no mundo, basta ter uma melhor distribuição dos recursos. Engano, já que os desafios e a população não param de crescer: um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que seremos 2 bilhões de pessoa (a mais) nos próximos 30 anos, passando dos atuais 7,7 bilhões de pessoas para 9,7 bilhões em 2050. Imagine só o quanto o mundo terá que se adaptar para atender às necessidades de tanta gente.
Mas grandes responsabilidades sempre nos fazem buscar alternativas. E é por isso que eu acredito que as empresas precisam incentivar a rebeldia entre seus times. Pode parecer estranho falando assim, mas quando eu menciono rebeldia, eu estou falando sobre mudança de mindset, reinvenção, inovação. É essa a forma mais estratégica de promover não somente a sobrevivência do negócio, mas também o seu crescimento. A rebeldia é essencial para impulsionar as pessoas a lidarem com o novo e a saírem da sua zona de conforto. Não basta mudar o mindset, é preciso haver uma mudança de comportamento.
O sucesso, seja de uma pessoa, empresa ou mercado, tem um custo. E o preço pode ser alto quando não nos movemos ou, simplesmente, seguimos a maré que nos beneficia. Daí vem a necessidade de ousar, de trazer ideias fora do convencional e avaliar os cenários sob outras perspectivas. O pensamento e as atitudes exponenciais maximizam os resultados, sejam eles pessoais, profissionais ou, até mesmo, políticos. Isso tudo é resultado de mentes inquietas e questionadoras que usaram esse impulso de mudança a seu favor.
Acredito muito na importância que as projeções de futuro têm para o fortalecimento e consistência das ações do nosso presente. O resultado não é definido pela intensidade do desafio, mas sim por nossa capacidade de resposta. Não conseguimos sair do lugar e transformar o mundo para melhor se não soubermos para onde estamos indo e como queremos chegar lá.
Se você é líder e acredita na importância que tem enquanto curador da inovação na empresa, acredito que vale a pena incluir na sua lista de desejos para 2020 três importantes pontos:
• Olhar o mundo por diferentes olhos: não é possível ser ousado e disruptivo se seguirmos vendo tudo somente com a nossa perspectiva. A valorização da diferença de ideias e de vivência só traz benefício para o negócio e para o desenvolvimento do time. Promova a diversidade e a considere uma importante carta para a tomada de decisões.
• Cultura que incentiva e valoriza a inovação: é importante que o seu time tenha a inovação como um dos seus principais nortes e que a faça um diferencial competitivo para os clientes. Vejo que profissionais e equipes que não saem da zona de conforto dificilmente imprimirão ideias e atitudes surpreendentes para o negócio e, consequentemente, para os clientes.
• Seja um líder positivo: inspire pelo exemplo e pratique aquilo que você diz. Se o negócio tem como objetivo criar um ambiente propício para inovar e trazer o novo, promova discussões e os incentive a olhar a entrega sob outras ópticas. O discurso precisa ser acompanhado de ações que o coloque em prática.
Concluo esse texto ressaltando que a melhor forma de ter um país propício a crescer e a fazer a diferença no mundo é por meio do incentivo a novas ideias. Tenho certeza de que estamos fazendo isso, graças a um país que não deixa de inovar e acreditar naquilo que faz. Somos rebeldes por natureza. O Brasil está preparado sim!
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