12 de dezembro de 2019

Frango, suínos e ovos em alta

Diretoria da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) analisa produção e exportações de carne de frango, suína e ovos, que vão bater recordes em 2019 e têm previsão de ótima performance em 2020.

Produção e exportações de carne de frango, suína e ovos batendo recordes em 2019. E a previsão de um 2020 bem parecido, por causa de uma China ainda sofrendo com a falta de proteína animal e custos cada vez mais elevados de produção, principalmente por causa da valorização no preço do milho.

Este foi o cenário debatido nesta quinta-feira de manhã, em São Paulo, durante entrevista coletiva dos diretores da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A produção de carne de frango deve crescer 2,3% em 2019, com 13,15 milhões de toneladas, enquanto as exportações vão chegar perto de 4,2 milhões de toneladas. Na carne suína, o crescimento chega a 2,5%, com 4,1 milhão de toneladas, e exportações de 740 mil toneladas, 14,5% sobre 2018. Já a produção de ovos terá  um salto bem maior, registrando elevação de 10%, com 49 bilhões de unidades, e um consumo interno per capita chegando a 230 unidades/habitante/ano.

O mercado foi bem aquecido nas três carnes, no Brasil e exterior. Os chineses foram às compras devido às perdas com carne suína, derivadas dos casos de Peste Suína Africana. E levaram mais da metade da carne suína e mais de 18% da carne de frango. Além disso, a arroba da carne bovina brasileira deu um salto gigantesco no fim do ano. Puxando a valorização de frango, ovos e suínos. Para completar o quadro, o milho passou de R$50 a saca de 60 quilos e o câmbio seguiu no mesmo ritmo, com o dólar batendo recorde de cotações.

“Pelo menos dois dos fatores que impulsionaram os preços das carnes em 2019 devem permanecer em 2020. Falta de proteína animal na China e o custo de produção. Logo, o cenário é de preços pressionados de novo”, analisou o presidente da ABPA Francisco Turra.

A produção de frangos do Brasil deve crescer 4 a 5% no ano que vem, ficando entre 13,6 e 13,7 milhões de toneladas. E as exportações devem crescer 3 a 6%. Nos suínos, a previsão é de crescimento de 3 a 4% na produção, chegando a 4,2 milhões de toneladas. Nas exportações, a previsão é de um crescimento de 15 a 20%, passando a 850 mil ou 900 mil toneladas.

O ano também foi marcado pela habilitação intensa de novas plantas frigoríficas e novos mercados. No frango. A China habilitou nove novas plantas, completando 46 no total. Na carne suína, foram seis novas plantas pela China (total de 16), entrada da Moldávia e reabertura da Rússia. Em ovos, a chegada de Singapura como novo comprador.

A entrevista contou com a presença do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, do futuro presidente e atual diretor-executivo Ricardo Santin, do diretor financeiro e administrativo José Perboyre, do diretor de relações institucionais, Ariel Antônio Mendes, e da diretora adjunta técnica Sulivan Alves.

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