29 de agosto de 2019

Lei & Marketing, o agro nacional precisa

A frase milenar “A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”. A guerra de todas as guerras ocorre nas percepções das mentes humanas. Até o Papa entrou na crise da Amazônia pedindo orações e ajuda ao Brasil. Porém, a área da administração que trata disso chama-se Marketing. Uma filosofia administrativa que coloca as percepções humanas no centro das decisões.

A crise que vivemos agora no agronegócio, com a destruição da nossa reputação ambiental, tem um ângulo real: o crime, a ilegalidade não punida e combatida. E por outro lado, uma ignorância do uso dos fundamentos da inteligência de marketing a serviço do agronegócio brasileiro.

O Brasil não sabe o que marketing significa, por isso não o utiliza, ou usa muito mal.

O Brasil não traduziu direito até hoje o conceito de Agribusiness, criado na Universidade de Harvard nos anos 50, por isso, não temos cadeias produtivas organizadas.

Associamos demandas de clientes e consumidores globais com ideologias político-partidárias erradas.

A concorrência do Brasil é forte e usa nossa ignorância de marketing contra o país.

Nossas realidades positivas não são transformadas em ativos valiosos percebidos. Com isso, perdemos valor e ficamos vulneráveis ao negativo, fakes e fatores incontroláveis.

Caímos na tentação ignorante da briga de rua, do ‘nós contra eles’, e perdemos aliados no mundo todo.

Precisamos de uma gestão de crise de reputação, de fundamentos de marketing e da aplicação da lei contra a ilegalidade no caso do desmatamento ilegal.

Temos no Brasil a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), além da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e outras associações. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem ótimas intenções: CNA, OCB, instituições acadêmicas de nível e profissionais éticos e excelentes que dominam o saber dos fundamentos de marketing.

Marketing & Agribusiness são dois estágios do conhecimento humano, vitais para atuar no mundo de hoje. O professor Ray Goldberg, de Harvard, já rebatiza o agronegócio com o nome Agrocidadania, Agriceutica, saúde e meio ambiente, responsabilidade social, a cidadania no centro de tudo.

Brasil: o único país do mundo com nome de árvore. Que marca genial para marketing.

José Luiz Tejon Megido é mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) 

Fonte: Assessoria de Imprensa

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