Já não é mais novidade que o consumidor europeu tem se preocupado cada vez mais com a qualidade da carne que compra do nosso país. Assim como os pesquisadores e produtores de todo o mundo, ele passou a se importar com o bem-estar animal e com a sustentabilidade, exigindo com maior intensidade uma conduta mais humanitária no tratamento dos animais, no que diz respeito à produção, transporte e abate.
Ao contrário do que se possa imaginar, esse cenário também é bastante comum no Brasil: o crescimento de açougues gourmets dentro das cidades comprova o aumento do número de pessoas buscando por carne de alta qualidade, produto que há 15 anos era somente direcionado para exportação.
Com a adesão de tecnologias de ponta nas fazendas, substituindo as antigas instalações de manejo permeadas pela rusticidade, é possível proteger o meio ambiente e manter os animais saudáveis, sem deixar a eficiência econômica de lado. Por meio das soluções da Intergado, por exemplo, os pecuaristas otimizam o desempenho do rebanho, monitorando diariamente os animais e acompanhando as ocorrências que possam vir a acontecer dentro da criação.
Para se ter uma ideia, até pouco tempo atrás os produtores rurais percebiam que o animal estava doente muito tarde, normalmente quando já estava debilitado, desidratado e em um estágio crônico da doença, quando os tratamentos não respondem adequadamente. Com a nossa balança, conseguimos monitorar em tempo real o quanto o animal está comendo, bebendo água e se pesando por dia. E esse é o verdadeiro significado de rastreabilidade, já que qualquer alteração no relatório de informações gerado pela tecnologia permite que o produtor tome decisões assertivas e cuide do gado antecipadamente.
Apesar de extremamente necessária, a pecuária de precisão com foco nos animais ainda é algo novo, que está caminhando a largos passos no país. É importante que os pecuaristas adotem as tecnologias e verifiquem os preços dessas novas soluções, para que entendam que o custo para instalar softwares de gestão de gado nas propriedades é infinitamente menor que o custo de perder um animal. E é legal esclarecer que não estou pensando apenas no ganho econômico do criador – que de fato deixa de ter prejuízos -, mas também na qualidade de vida dos animais, que atingem seu peso ideal de forma saudável e sem estresse, indo para o abate no tempo correto.
Marcelo Ribas é Médico Veterinário com Mestrado e Doutorado, e Diretor Executivo da Intergado.
Fonte: Assessoria de Imprensa