Ao registrarmos histórias reais como a de Santiago do Norte, cidade localizada no norte de Mato Grosso, ficamos muito entusiasmados e tomados pelo que o genial autor Ariano Suassuna disse: “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”.
Conheci uma pessoa. Seu apelido é Caçula e seu nome é Odir José Nicolodi. Natural de Ibirubá, Rio Grande do Sul. Quando perguntei qual seu posto, cargo, posição, ele respondeu: “Sou um colono com minha família ajudando a criar uma cidade e desenvolver a agricultura familiar”. Onde? “Santiago do Norte, em Mato Grosso”.
Caçula se orgulha de estar iniciando, ao lado de 3.000 habitantes, uma nova cidade. Uma agrossociedade nascendo a partir do agronegócio. Para o Caçula, a agricultura familiar é sagrada. Leite, soja, milho… É um novo polo estratégico da logística do Brasil também. Acessar o Porto de São Luís, no Maranhão: a saída para o norte.
E algo muito inteligente desse pessoal: já nascem com a busca de agregação de valor. Por exemplo, há uma agroindústria, a Fecularia de Mandioca, nobre produto que permite obter mais de 25 toneladas por hectare, que além da deliciosa mandioca, produz a farinha com a marca Santiago.
Exemplos como esse existem aos milhares, e aqui vai um pedido ao nosso Presidente que ama tuitar: um tuíte com esse exemplo do Caçula nas redes sociais. Pense: que bem isso nos faria, que autoestima isso nos daria? Então, em Santiago do Norte, Mato Grosso, surge um novo agronegócio, gerando uma agrossociedade a partir de pessoas pioneiras e corajosas da sociedade civil organizada.
Sem coragem não existe início de conversa. Tudo sempre será difícil, mas se é a visão que oferece o olhar da criação, é a coragem que a transforma em realidade. São 3.000 hoje, serão muito mais amanhã. Parabéns, Caçulas do Brasil.
José Luiz Tejon Megido é mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)
Fonte: Assessoria de Imprensa