26 de fevereiro de 2019

APCS discute legislação ambiental no primeiro Workshop & Bate Papo de 2019!

Entidade reforça que o setor produz e respeita o Meio Ambiente no Estado, mas reclama de insegurança jurídica e pede mais respaldo político para seguir produzindo e oferecendo empregos.

A primeira edição do Workshop & Bate Papo da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) e do Consórcio Suíno Paulista (CSP) em 2019 lotou a sala do Hotel Premium, em Campinas (SP), nesta segunda-feira, dia 25 de fevereiro. Mais de sessenta gerentes, encarregados e proprietários de granjas  filiadas à APCS e ao CSP debateram durante o dia inteiro o tema “A Suinocultura e o Meio Ambiente”.

De manhã, os participantes acompanharam quatro palestras que trataram de questões ambientais como dejetos produzidos pelas granjas, os projetos de tratamento e produção de fertilizantes e energia, sustentabilidade e a legislação estadual e as exigências que abordam o assunto desde o início do ano passado. Discutiram e acompanharam um panorama das tecnologias validadas e atualmente disponíveis para uso nos sistemas produtivos, além de uma revisão dos conceitos e procedimentos de gestão ambiental já adotados nas unidades de produção de suínos.

“A gestão ambiental é um exercício dinâmico e, para seguir avançando, é preciso estar atento às novas tecnologias que surgem. Principalmente, rever permanentemente os procedimentos adotados para garantir a sustentabilidade ambiental da produção. Sem falar que promover uma gestão ambiental eficiente, capaz de garantir a perfeita harmonia entre a produção de suínos e a conservação dos recursos naturais, é uma condição essencial para a manutenção da competitividade de qualquer empresa suinícola”, defendeu Amanda de Oliveira, da Agroceres PIC, que abriu o workshop falando da “Gestão ambiental vivenciando a sustentabilidade mediante as Boas Práticas de Produção”.

Reinaldo da Costa Botelho, da Korin, abordou o “Tratamento dos resíduos sólidos e líquidos na Suinocultura”. Já Geraldo Tetsutaro Shukuri, da DB Genética Suína, discorreu sobre “As práticas ambientais na Europa”. Por último, Israel José da Silva, da Ourofino Saúde Animal, analisou a “Água e efluentes em Suinocultura. Estamos preparados para atender as novas tendências?”. “Através de tecnologias como a realização de compostagem, lagoas de tratamento e biodigestores, os processos realizam de maneira correta e eficiente o tratamento de resíduos que resultam em um material que poderá ser utilizado como biofertilizante. Sempre respeitando e atendendo as legislações ambientais vigentes”, argumentou Reinaldo da Costa Botelho.

A manhã terminou com uma série de perguntas e respostas envolvendo os quatro palestrantes, o público e o Presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Junior. Atualmente, São Paulo responde por aproximadamente um terço do consumo de toda a produção nacional, mais do que é exportado anualmente.  Com o confinamento e a produção intensiva, houve um aumento significativo na geração de resíduos nas granjas.

“Estamos em um impasse ambiental envolvendo o destino dos dejetos das granjas desde as mudanças implementadas na legislação estadual. Sempre defendemos a atividade sustentável, de produção com qualidade e respeito ao meio ambiente. Mas vivemos uma situação muito delicada. Estamos sem segurança jurídica e muito menos segurança financeira para arcar com investimentos necessários para as adequações ambientais que estão sendo exigidas. É uma questão técnica, mas também exige abordagens jurídica e política. Trabalhamos, damos emprego, produzimos alimentos e respeitamos o meio ambiente neste Estado há quase cem anos. Existem famílias operando já na quinta geração.  Precisamos que a sociedade e as instituições entendam que a legislação deve ser aplicada e orientada com base nas normas de uma atividade agropecuária”, defendeu Valdomiro Ferreira Junior.

À tarde, foi realizada uma reunião exclusiva com os gerentes das granjas. Na sequência, a APCS – Bolsa de Suínos definiu a nova referência para comercialização da carne suína em São Paulo em R$ 78,00 a R$ 80,00 a arroba, Condições Bolsa. E anotem. O próximo encontro já tem data marcada. Dia 22 de março, quando os produtores vão debater “Fábrica de ração em uma granja de suínos”.

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.