17 de outubro de 2018

ANDAV e CDA alertam para prazos do Gedave no estado de São Paulo

Produtores, cooperativas, distribuidores de insumos agropecuários e indústrias devem fazer o cadastramento no sistema para a fiscalização da venda e utilização de insumos agropecuários até 31 de dezembro de 2018.

No dia 2 de janeiro de 2019, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), inicia junto a cadeia do agronegócio do Estado de São Paulo a utilização em sua plenitude do sistema eletrônico Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave). Isso significa que as indústrias, cooperativas, distribuidores de insumos agropecuários e produtores paulistas que não estiverem cadastrados e operando dentro da plataforma, estarão impedidos de realizar a venda e também a compra de produtos dentro do estado.

O alerta foi divulgado no último dia 20 de setembro no Diário Oficial e, segundo o engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura de São Paulo, Rafael de Melo Pereira, que junto à Defesa Agropecuária responde pelo Centro de Fiscalização de Insumos e Conservação do Solo, deve-se realizar os procedimentos o quanto antes, uma vez que a documentação das empresas e dos produtores precisa estar em ordem e uma eventual regularização pode demorar e inviabilizar a entrada no Gedave.

“Temos no estado aproximadamente dois mil produtos registrados para uso nas lavouras, com um pool de 193 empresas fabricantes, 1.650 canais de distribuição destes produtos e cerca de 260 mil produtores. Desse montante, estimamos que 20% atualizou seu cadastro e daqui pra frente será necessária uma grande divulgação para que todos estejam em dia até o final do ano”, explica. Com relação ao canal de distribuição de insumos agropecuários, no ano passado, a ANDAV fez convênio com a CDA, tendo com uma das ações prioritárias o auxílio na divulgação e conscientização sobre a importância da informatização de todos os processos envolvendo o uso de defensivos no território paulista.

Pioneiro no País, o Gedave está alinhado à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei federal nº 12.305/2010, e a metodologia empregada segue o princípio da logística reversa, que responsabiliza o fabricante de um produto pelo descarte ambiental de todos os seus componentes. A plataforma digital de controle de comercialização de agroquímicos é executada pelo próprio CDA. A ferramenta inclui receituário agronômico e sistemas de relatórios e de auditoria de atividades e, com poucos cliques, o produtor faz diversas consultas e consegue verificar, por exemplo, se um agroquímico tem registro para uma determinada cultura e, ainda, se a loja ou a empresa aplicadora está regularizada com o estado. Outra inovação foi resolver on­line as demandas que antes exigiam pelo menos quatro meses, como a solicitação de recolhimento de produtos vencidos.

Para agilizar o cadastramento, é necessário acessar o sistema a qualquer momento pelo site gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br

Mais sobre o Gedave – A cadeia do agronegócio paulista conta com o Sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave), que emprega a tecnologia da informação para acompanhar todo o fluxo de comercialização, utilização e descarte dos insumos agropecuários – que são importantes para a produção agrícola, mas que se utilizados de forma inadequada, podem trazer sérios problemas à saúde humana e ao meio ambiente. Embora complexo, o sistema tem o funcionamento simples. Todos os participantes da cadeia produtiva dos agroquímicos têm obrigações e deveres para que o sistema funcione. São eles, a indústria, canais distribuidores, empresas prestadoras de serviço de aplicação, produtores rurais, engenheiros agrônomos e locais de devolução de embalagens vazias.

Cabe à Defesa Agropecuária o monitoramento e intervenção quando necessário. O sistema Gedave inicia o monitoramento no momento que a indústria gera um saldo de um produto a um distribuidor. Algumas informações neste ponto são relevantes, como quantidade, tipo de embalagem, lote, data de validade. Essas e outras informações irão acompanhar aquele produto até o retorno da embalagem vazia, no que conhecemos como sistema de logística reversa. Durante este fluxo, cada ator, dentro da sua competência, fará o registro da venda, do uso, do receituário, bem como o registro da devolução. Estes procedimentos, embora pareçam complicados, são imputados no programa de forma simples e intuitiva, não havendo necessidade de um conhecimento amplo de informática.

O sistema prevê uma série de funcionalidades, além do monitoramento e do sistema de relatório das atividades, para fins de auditório do processo. Para o produtor, o principal benefício é a confiabilidade de estar adquirindo um produto de qualidade em um distribuidor devidamente registrado junto à Defesa Agropecuária, com o controle da comercialização. O sistema vai desburocratizar muitos processos que hoje são demorados, como a devolução de restos de produtos, descarte de embalagens, entre outros.

Com poucos cliques, o produtor realizará todo um processo que hoje demoraria pelo menos 120 dias, como é o caso da solicitação de recolhimento de produtos vencidos. Para a população, o sistema ajudará no uso correto dos defensivos, uma vez que com o monitoramento da compra e da utilização, o Estado passe a ter produtos para o consumo com menor risco de contaminação por resíduos.

Sobre a ANDAV –  A ANDAV– Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários – tornou-se reconhecida pelo governo, entidades de classe do agronegócio, indústrias e, principalmente, pelos distribuidores de insumos agropecuários do país, como representante legítima do setor, ao longo de mais de 20 anos de trabalho. Com a missão de contribuir para o desenvolvimento, diferenciação e sustentabilidade de seus associados, visando à melhoria do negócio distribuição de insumos agrícolas e veterinários, hoje a ANDAV conta com mais de mil filiados presentes em mais de 400 municípios, de 26 Estados da federação.

 

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