8 de outubro de 2018

Agronotícias por Mauricio Picazo Galhardo

CANA – A paisagem do agronegócio no Nordeste paulista mudou muito nas últimas três décadas. Se antes as pastagens e o cultivo de grãos e citros dominavam o cenário, agora a cana-de-açúcar ganha cada vez mais espaço e muda o perfil dos negócios da região. Isso é o que mostra levantamento feito pela Embrapa Territorial, que aponta ainda aumento de florestas nativas neste mesmo período. A Embrapa comparou imagens de satélite de 125 municípios, em uma área de 52 mil km², de 1988 até 2016.

CRESCIMENTO – Temas relevantes para o crescimento econômico e social do Brasil foram debatidos durante a primeira edição do Rio Money Forum, evento realizado em 1 e 2 de outubro no Rio de Janeiro. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) e pelo Comitê para o Desenvolvimento do Mercado de Capitais (Codemec), o fórum também debateu propostas de políticas públicas para o novo governo que tomará posse em 2019.

ADIDOS AGRÍCOLAS – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou, em setembro, processo seletivo para designar sete novos adidos que servirão no Canadá, Colômbia, Egito, Indonésia e Marrocos, além da China e União Europeia que passarão a ter dois profissionais nessa atividade. De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, a expectativa é que eles assumam os postos em dezembro.

TRIGO – Com 88% das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul entre as fases final de enchimento de grãos e início da maturação, os triticultores estão preocupados com a persistência do tempo úmido e quente prevista para as próximas semanas. A se concretizar esse cenário, mais que a quantidade, a qualidade final do grão poderá sofrer sérios danos, resultando em um produto final de baixo valor.

INSETOS – Um estudo publicado na revista Science indicou que os insetos consomem cerca de 20% das plantas que os seres humanos cultivam como alimento. De acordo com essa publicação, a tendência é de que essa quantidade aumentará à medida que o aquecimento global torna os animais mais famintos. Segundo os cientistas, esse fato poderia levar os agricultores a usarem mais pesticidas, o que, para eles, aumentaria ainda mais danos ambientais.

OVOS – As dificuldades enfrentadas pela avicultura de postura neste segundo semestre têm reduzido a diferença entre os preços do ovo branco e do vermelho. Isso porque o produto vermelho costuma ter maior valor agregado no comparativo com o ovo branco. No atual cenário de oferta elevada e baixa liquidez no mercado da proteína, avicultores consultados pelo Cepea têm sido forçados a baixar os preços pedidos pelo vermelho com o objetivo de facilitar o escoamento do produto, reduzindo, assim, a diferença para o preço do branco.

CESTA BÁSICA – O preço da cesta básica, no mês de setembro, caiu em dez das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo levantamento divulgado hoje (4), Goiânia teve a maior redução (-2,31%), ficando em R$ 354,11. Em 12 meses, o conjunto de produtos registrou queda de 5,06 na capital goiana. Recife teve a segunda maior retração em setembro (-2,17%), ficando em R$ 332,75. Em São Paulo, a cesta básica ficou estável no mês passado, no valor de R$ 432,83.

PRODUÇÃO – Um projeto internacional está em andamento para revelar segredos genéticos da planta de floração mais estudada na história da ciência, a Arabidopsis thaliana, visando abrir caminho para o aumento da produção global de alimentos. É isso que informou a Agência Cyta, da Argentina.  De acordo com o líder do projeto, Dr. Detlef Weigel , diretor do Instituto Max-Planck de Desenvolvimento Biológico, com sede em Tubingen, na Alemanha, essa planta consegue simular outras culturas importantes como brócolis, repolho e couve-flor e possui mecanismos de partilha semelhantes com o milho, trigo e soja.

SECA – Um estudo também interessante, é que cientistas da Argentina, isolaram uma proteína, chamada ASR1, que tem essencialmente duas funções importantes na resposta das plantas à seca. Com isso, os cientistas acreditam estarem bem perto da chave para a sobrevivência das plantas em condições de estresse hídrico.

Textos: SNA/Rio, Mapa, Emater RS, Agrolink e Agência Brasil

 

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