30 de julho de 2018

ACIAGRI promove segundo Capacitar destacando “Planejamento”

Consultor evidenciou a vitalidade do processo nas organizações

“O processo de planejar é inerente ao ser humano, é um ato natural seja instintivamente ou racionalmente”. Esta foi a principal mensagem do mestre em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francisco Damasceno de Pádua Junior, durante a segunda etapa do Programa Capacitar, promovido na última sexta-feira, dia 20/07, no Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães e que contou com a presença de 21 gestores e gerentes do setor no oeste baiano. O programa é uma parceria da Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (ACIAGRI) com a MPrado Consultoria Empresarial,  a maior consultoria brasileira especializada em agronegócio e distribuição de insumos, e tem como estratégia permitir aos canais de distribuição e cooperativas agrícolas associadas a capacitação de seus colaboradores.

“O planejamento estratégico é tão lógico e vital às organizações quanto a própria consciente humana de evoluir e prosperar-se”, cravou Pádua Junior, que é consultor associado da MPrado Consultoria Empresarial . O Programa Capacitar atende seis demandas de gestão do setor de distribuição. Com mais de 25 anos de experiência profissional, Pádua Junior é consultor máster, professor acadêmico e capacitador qualificado em Gestão de Processos, Planejamento e Gestão Estratégica, Balanced Scorecard, Inovação em Modelos de Negócios (Canvas), PGI – Programa de Gestão da Inovação, Estratégia do Oceano Azul, Empreendedorismo, PGQ – Programa de Gestão da Qualidade, Gestão Integrada, Gestão de Projetos, Gestão Pública, Responsabilidade Empresarial, Melhoria Contínua, Auditorias, PNQ – Programa Nacional da Qualidade, Padrão Normativo ISO 9001:2008, PNGP – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização. Formação em PNL (Programação Neuro Linguística).

Em entrevista, Francisco defendeu a importância do processo para impulsionar as atividades de uma organização e enumerou alguns avanços tecnológicos aliados ao processo. Categórico, disse que “o planejamento estratégico é um processo por si só evolutivo e inovador e nunca ao contrário”, e emendou “a execução do planejado é o maior gargalo deste processo, se não houver o envolvimento de todos da organização não teremos o comprometimento a ele”, disse. Confira abaixo a entrevista na íntegra.

Planejamento estratégico é coisa de empresa de grande porte? Ou há uma “compatibilidade” de técnicas para pequenas empresas ou até mesmo para profissionais?

O planejamento Estratégico é um processo viável e pertinente a qualquer organização seja ela uma simples MEI a uma grande Organização, a sua essência é igual a todos. Agora considerando a questão da “compatibilidade” podemos destacar três pontos: o primeiro é a própria evolução do processo planejar estrategicamente, considerando novas técnicas, dinâmicas e ferramentas, o segundo é qual a essência da organização, seu modelo de negócio, seu jeito de ser, sua estrutura enfim seu “DNA” e terceiro ponto sua ambiência de atuação e como ela se relaciona a ele sendo influenciada ou influenciando neste.

Na prática, para que serve um Planejamento Estratégico?

Na própria perenidade da organização e por conseguinte a evolução do negócio e automaticamente gerando a evolução da ambiência de atuação. Devemos lembrar que o processo de planejar é inerente ao ser humano, é um ato natural seja instintivamente ou racionalmente.

A quem compete a execução de um bom planejamento estratégico?

A todos os envolvidos seja direta ou indiretamente, das lideranças ao corpo de colaboradores (todos os níveis). A execução do planejado é o maior gargalo deste processo, se não houver o envolvimento de todos da organização não teremos o comprometimento a ele.

De que maneira o planejamento estratégico pode impulsionar as atividades de uma organização ou de um profissional?

O Planejamento Estratégico é um processo por si só evolutivo e inovador e nunca ao contrário. É o momento de prospecção e quebra de paradigmas, estabelecer novas regras, discutir e projetar cenários, é nele que diferenças tem que ser amplamente discutidas até chegar-se a um consenso. Estas interatividades inerentes a este processo levam tanto a organização quanto os profissionais envolvidos a uma nova consciência.

No caso do setor de distribuição de insumos agrícolas, em que o setor passa por um período de grandes reestruturações, é possível prever ameaças e identificar oportunidades no mercado a partir do planejamento estratégico? De que forma?

Hoje a principal arma que as distribuições têm para enfrentar todas as mudanças e desafios a que passa o setor é o Planejamento Estratégico, pois é preciso imaginar / desenhar cenários estabelecer protótipos de como será o negócio futuro, que inclusive passa por não ter mais “distribuição” ou pelo menos como hoje a conhecemos. São vários os influenciadores para as oportunidades que se apresentam (veja alguns influenciadores na próxima resposta), provavelmente o futuro delas será algo como uma empresa “geradora de negócios” com soluções customizadas para cada tipo de cliente

Os avanços tecnológicos podem ser um aliado ao planejamento estratégico? Como?

Não só podem como não se planeja e efetiva-se nada a frente sem eles. O como é uma questão de ATITUDE, nada é impossível simplesmente faça o que tem quer ser feito. Listo aqui alguns influenciadores para os avanços tecnológicos, tais como: Biotecnologia, Inteligência Artificial, Agricultura digital e diferenciada e com participação crescente da orgânica, Logística just in time sustentada por CD´s corporativos com alta tecnologia de distribuição. Vale lembrar que o Brasil é praticamente uma das últimas fronteiras agrícolas viáveis a nível mundial e que o agronegócio brasileiro, já mantém primazia mundial nos setores de grãos (soja e milho), carne (bovina, suína e avícola) e desponta no setor de algodão (quinto em produção, quarto em exportação). Devemos também destacar que grande parte do sucesso tecnológico do Brasil deve-se ao nosso centro de pesquisa EMBRAPA, com reconhecimento mundial inquestionável;

Porque algumas empresas ou pessoas falham em seus planejamentos?

São vários os fatores, vou destacar seis deles:

# Ausência alta liderança quando de sua execução, planeja, mas não desdobra para a operação;

# Compromisso (reflexo da primeira): a falta de compromisso pelo corpo de colaboradores ao não participarem do processo de planejamento;

# Clima Organizacional: empresa em que os colaboradores estão insatisfeitos por “n” razões, se não for tratado casa com o segundo fator;

# Mudanças: Elas acontecem queira a empresa ou não, assim ao não tratalas, aderirem ou, o mais relevante, promove-las não teremos um planejamento consistente;

# Ambiente e suas Influências: o ambiente de atuação influência completamente na essência da organização, identifica-las é um dos ´principais desafios do planejamento;

# Políticas: este é o mais cruel, pois na organização, onde uma Política Comercial (sempre mais) não alinha com a Política Financeira (sempre menos) não se chega a lugar nenhum. E hoje, considerando a situação econômica do país, predomina o que chamamos de economia de escala, que é fazer mais com menos.

Fonte: Assessoria de Imprensa ACIAGRI

 

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.