16 de fevereiro de 2018

Semex Brasil cresce 11% em 2017 e aguarda outros 20% em 2018

Especialistas em genética bovina do Brasil, Canadá e da Argentina comemoraram, em Timbó (SC), o crescimento de 11% da Semex Brasil no mercado brasileiro em 2017 e a possibilidade de estarem ainda mais perto da meta de dobrar o faturamento da empresa em cinco anos. Eles participaram da XI Convenção Nacional de Vendas da Semex Brasil, uma das maiores centrais de inseminação artificial do país, no Timbó Park Hotel. O evento reuniu quase uma centena de técnicos, gerentes e representantes das empresas do Grupo: Semex Genética Para Vida, Cenatte Embriões, Tairana Central de Inseminação Artificial e SCR Supply. “É bom começar o ano com nossa tradicional convenção, para discutir as novas metas, dar os parabéns para toda a equipe, falar de nossos valores e estender nossa crença de que este ano vai ser ainda melhor. Devemos crescer 20% em 2018 e manter o objetivo de dobrar nosso faturamento até 2022”, afirmou o diretor-presidente da Semex Brasil,Nelson Eduardo Ziehlsdorff, na abertura do evento. O executivo reiterou o potencial oferecido pelo segmento de Inseminação Artificial no Brasil, um mercado que movimenta R$ 600 milhões por ano, mesmo utilizando apenas 11% das 85 milhões de vacas com potencial de reprodução. Para isso, a direção vai investir na importação de touros, implementação de projetos como UPGEN, AJAGRO e Genoma, além de trabalhar na capacitação de todos os colaboradores e incentivar novas parcerias com cooperativas leiteiras. “Vamos fazer uma profunda revisão de processos, ter um acompanhamento mais próximo das equipes técnica e de vendas, e explorar todos os campos que abrimos ao criar a nova Gerência de Exportação, a Coordenação Progressive Corte, além da contratação de uma nova distrital para as regiões Centro Oeste e Norte e nova técnica para a Regional Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, complementou Ziehlsdorff.

A animação não foi menor com a apresentação do Vice-presidente Comercial Global da Semex, Gordon Miller. Ele destacou o crescimento da empresa no mercado internacional, principalmente devido à mudança de cultura e orientação de negócios, em 2009.  “A empresa é líder em Genética desde 1958, mas hoje, pensar no futuro, é necessidade de investimentos muito significativos. Por isso deixamos de ser uma vendedora de sêmen para realizar programas e serviços. E passamos a ser uma empresa global de soluções genéticas, que garante ao cliente acesso à elite da genética, fertilidade do sêmen, estratégia em Pesquisa e Genética, com machos e doadoras, uma companhia integrada. Afinal, atualmente, 80% das fêmeas de elite são controladas por 10 unidades de genética. E não mais pelos produtores. É uma modificação importante do mercado. E o processo de concentração não vai parar ai”, examinou Gordon Miller.

A estratégia deu certo. Apesar de sair atrasada nesta corrida tecnológica, a Semex passou a ocupar uma posição de destaque no mercado, com 23% de Touros Elite entre os 1.000 Top Touros para TPI. “Há quatro anos, estava abaixo de 10%. São oito anos consecutivos de crescimento e alcançamos uma receita de US$ 139 milhões em 2017”, acrescentou. Os novos caminhos passam pelo avanço das doses de sêmen sexado, que vêm exigindo mais investimentos, US$ 4 milhões somente no ano passado. E com programas de corte avançando. Mas é necessário por a mão no bolso para pesquisa e desenvolvimento. A empresa investe no Programa Progenesis, de Elite Genética, US$ 32 milhões somente na aquisição de doadoras. “Atualmente, vendemos oito milhões de doses ao ano e mantemos 60 doadoras ativas. Queremos aumentar para 100 doadoras ativas em 2018. Para entender os custos, basta saber que duas doadoras chegam a custar US$ 650.000,00. Logo, trabalhar com Recria do plantel top de linha para manter animais próprios é tendência cada vez mais seguida pelos gigantes do setor”, analisa Miller. Ele adianta que a empresa ainda mantém, hoje, 270 touros acima de 2.800 de TPI, 25 acima de 2.900 e 45 acima de 1.000 Mérito Líquido. E afirma que a Semex não tira mais o pé do acelerador do projeto chamado Touros Genoma. “O progresso genético vai se intensificar. Hoje, calculamos em até 149 pontos de ganho LPI ao ano. A genotipagem dos animais está em amplo crescimento. Só nos Estados Unidos, 1,3 milhão de vacas serão genotipadas até 2020. E a concentração do acesso à elite genética não vai parar. Apenas quatro empresas dominarão os processos, até 2022. As corporações vão ter margens em queda contínua, com as maiores comprando as menores, um processo acelerado. Aumento de tecnologias patenteadas, custos altos de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento. Sem falar na tendência de programas fechados de desenvolvimento de produtos, das fazendas que utilizam índices próprios na produção e menos fazendas, maiores, produzindo leite. E o fator ambiental cada vez mais exigente, preocupando os consumidores e restringindo ainda mais a quantidade de fazendas produtoras no futuro. É neste cenário que a Semex quer assegurar acesso à elite genética mundial para nossos clientes. E a meta é ser a número 1. Um verdadeiro parceiro de sucesso de cada cliente”, concluiu.

A XI Convenção Nacional de Vendas da Semex Brasil contou com quinze palestras em dois dias de atividades, homenageou os profissionais de vendas que se destacaram em 2017 dentro dos programas Elite, Gold e Diamond de 2017, além de realizar a “Premiação Melhores do Ano” e promover a festa de encerramento com muita música e confraternização.

Fonte: Grupo Publique

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