10 de maio de 2017

Alemanha recebe pesquisadores para debater segurança global de vestimentas de proteção a agrotóxicos

Pesquisadores estudam padronização mundial para testes de segurança e qualidade de roupas empregadas na aplicação de agrotóxicos

 Cientistas do Brasil, da França e da Alemanha se reúnem até sexta-feira, no laboratório central da empresa alemã BASF, na cidade de Limburguerhof, com o objetivo de debater medidas que permitam ampliar o número de países signatários de normas de qualidade da ISO aplicáveis a vestimentas de proteção, usadas por trabalhadores aplicadores de agrotóxicos. O encontro terá como base estudos desenvolvidos no Brasil pelo Programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (IAC – Quepia).

Resultado de uma parceria público-privada entre o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC), sediado na cidade paulista de Jundiaí – órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado – e a indústria brasileira de vestimentas protetivas, o programa IAC-Quepia completou 10 anos no ano passado.

Atualmente, um dos alvos do programa, coordenado pelo pesquisador científico Hamilton Ramos, é o desenvolvimento de um líquido-teste que venha a ser aceito mundialmente nos testes de avaliação da qualidade e da eficácia protetiva de vestimentas agrícolas.

Esse trabalho, assinala Ramos, vem sendo conduzido em regime de cooperação com a Universidade de Maryland (EUA), representada pela cientista Anugrah Shaw. Ela também participará do encontro, que contará ainda com a presença de técnicos da área de formulação da BASF e de representantes de laboratórios europeus.

O grupo de cientistas, explica Ramos, integra o Consórcio Internacional de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura e figura no quadro de membros da ISO, a entidade internacional responsável pelo desenvolvimento de normas certificadoras de qualidade para diferentes segmentos da indústria global.

Segundo Ramos, a expectativa é de que a reunião da Alemanha resulte em ações que permitam acelerar a adoção global da norma ISO 27065, específica para vestimentas protetivas. Para ele, a comprovação da eficácia desses produtos está atrelada, sobretudo, à disponibilidade de estruturas adequadas à realização de testes padronizados de resistência e segurança, ante uma extensa quantidade de matérias-primas comercializadas nas diferentes regiões do globo.

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