Especialização insuficiente na área gera déficit de R$ 2 bilhões anuais à agricultura brasileira, afirma pesquisador do CEA/IAC
A Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agrotóxicos (UR) recebe inscrições para seu primeiro programa de orientação técnica e profissional “NR 31.8”. O treinamento, para empresas e profissionais do agronegócio, será realizado no período de 21 de novembro próximo a 2 de dezembro. O objetivo do curso é capacitar instrutores para desenvolver mão de obra especializada no manejo de agrotóxicos.
Uma iniciativa conjunta do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e da indústria de defensivos agrícolas, a Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança de Aplicação de Agrotóxicos funciona nas dependências do CEA/IAC, na cidade paulista de Jundiaí, a 50 km da capital paulista.
De acordo com o pesquisador científico do CEA/IAC, Hamilton Ramos, coordenador da Unidade de Referência, o treinamento será ministrado pela equipe técnica do Instituto Agronômico. Ele acrescenta que o programa abrange, principalmente, as tecnologias hoje empregadas no Brasil para controle de pragas, doenças e plantas daninhas e as medidas de segurança e proteção necessárias ao trabalhador rural aplicador de agrotóxicos, além de aspectos legais e ambientais atrelados a essa prática.
Ramos acrescenta ainda que, atualmente, em torno de 2 milhões de trabalhadores rurais lidam com agrotóxicos nas lavouras brasileiras. “A pouca mão de obra especializada na área representa um déficit significativo da agricultura brasileira, e um dos principais entraves para a sustentabilidade do agronegócio”, continua o pesquisador. Segundo ele, o mau uso de agrotóxicos gera perdas anuais da ordem de R$ 2 bilhões aos agricultores do País.
Empresas e profissionais interessados em se inscrever no treinamento da Unidade de Referência devem efetuar inscrições pelo site www.unidadedereferencia.com.br. O curso tem valor de R$ 6 mil, para cobrir custos operacionais, de material didático, alimentação dos participantes nos 10 dias de trabalhos e os equipamentos necessários à capacitação individual.