26 de setembro de 2016

Encontro da Pecuária Eficiente valoriza a fase de cria e sua importância na cadeia da produção de carne bovina

Evento promovido pela Phibro Saúde Animal reuniu mais de 400 pecuaristas e profissionais, em Goiânia.

Uma em duas vacas do rebanho bovino brasileiro não dá uma cria por ano. Assim, fica no rebanho gerando custos para os produtores sem cumprir o seu principal papel na atividade: a reprodução. A importância do uso de tecnologias no processo de intensificação na fase de cria, para melhoria da eficiência e do resultado econômico desta importante etapa da produção de gado de corte foi tema do Encontro da Pecuária Eficiente, iniciativa da Phibro Saúde Animal. “Trata-se, como se vê, de um segmento com muito potencial de crescimento e que pode contribuir decisivamente para o sucesso econômico do projeto pecuário”, ressalta Stefan Mihailov, presidente da Phibro.

Stefan ressalta que a cria no Brasil é fundamentada na raça Nelore, cuja rusticidade permite resultados mesmo nas piores condições nutricionais. “A vaca emprenhou, põe lá no fundão da fazenda. Esse tempo tem que ficar para trás. E rápido. Produtividade. Essa palavra que deve estar presente em todos os cantos da propriedade. E produtividade pressupõe intensificar. Intensificar requer adotar tecnologias. E não basta apenas gerar um bezerro. Se a vaca não estiver bem nutrida, não proporcionará uma cria saudável e de bom crescimento”, enfatiza o presidente da Phibro.

A empresa trouxe ao Brasil o prof. Dr. James C. MacDonald, da Universidade do Nebraska, para compartilhar a experiência norte-americana. Ele abordou um aspecto em particular do segmento de cria: o desenvolvimento corporal em sistemas de confinamento. “Sim, é possível manter, com eficiência, um sistema de confinamento para cria e recria, com vacas e bezerros juntos, mesmo após a época de desmama”, diz MacDonald. “Em confinamento, é possível garantir o necessário ganho de peso e produzir animais de alta qualidade. Nos Estados Unidos, essa atividade tem sido lucrativa”, explica MacDonald.

O Encontro da Pecuária Eficiente apresentou casos de sucesso do segmento de cria com o uso de soluções nutricionais modernas e eficientes. José Renato Silva Gonçalves, da Fazenda Figueira, abordou necessidade de preparar a propriedade para receber a tecnologia. “Caso contrário, o investimento pode ser perdido e o resultado, ruim”, ressalta.

Diego Palucci, gerente de negócios da Rehagro Consultoria, enfatizou a tendência do pecuarista produzir mais em menor área e em menor tempo. “É questão de necessidade intensificar a produtividade dos rebanhos para se manter na atividade. Se isso não for feito, o patrimônio será delapidado aos poucos”.

Guilherme Pontieri, da Agropontieri, também mostrou a importância de cuidar bem do segmento de cria. “A terminação sempre foi vista como o momento de intensificação da produção para obter maior ganho de peso. Porém, se a cria e a recria forem bem feitas, esse trabalho será facilitado”.

Maurício Palma Nogueira, diretor de pecuária da Agroconsult, deixou um conselho para os pecuaristas: “Não negligencie o uso de tecnologia para o aumento da produtividade. E mais: a pecuária brasileira precisa trabalhar com mais eficiência”. Nogueira relatou que a média nacional é de produção de 3,7 arrobas por hectare/ano, enquanto quem usa tecnologias obtém cerca de 10@/ha/ano.

Leonardo Souza, diretor Qualitas Melhoramento Genético, parceiro do Encontro da Pecuária Eficiente, destacou os pontos mais importantes do processo de seleção de vacas para a produção de bezerros de qualidade. “Recomendo seis atributos essenciais nas fêmeas. São eles: temperamento, peso de desmama, ganho pós-desmama, eficiência alimentar, perímetro escrotal/precocidade sexual e acabamento”.

O Encontro da Pecuária Eficiente é uma iniciativa da Phibro Saúde Animal e do Qualitas Melhoramento Genético, com apoio da Dow Agrosciences e da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon).

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