IAC completa 129 anos com parceria na área de compostagem de resíduos urbanos vegetais

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O Instituto Agronômico (IAC) completa 129 anos neste dia 27 de junho. Na cerimônia de comemoração, com início às 16h, na sede do IAC, em Campinas, o Instituto irá firmar, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, um protocolo de intenções com a Prefeitura Municipal de Campinas. O documento irá formalizar uma cooperação técnico-científica na área de compostagem de resíduos urbanos vegetais. O projeto piloto irá beneficiar o município como um todo, considerando que se trata de trabalho de reciclagem de resíduos resultantes de podas de árvores e de corte de gramas de parques e jardins da cidade.

Com essa assinatura, o IAC comemora mais um ano do cumprimento de sua missão, celebrando um trabalho em que irá colaborar diretamente para a sustentabilidade ambiental do município.

O projeto, chamado “Reciclar Verde: compostagem de resíduos vegetais”, prevê a remoção de resíduos urbanos oriundos de podas e manutenção das áreas verdes de Campinas e a destinação destes materiais para um espaço no Centro Experimental Central do IAC, onde será transformado em composto orgânico.

“Os galhos picados, capins e folhas, recolhidos após os trabalhos de poda na cidade, serão levados para a Fazenda Santa Elisa do IAC, onde permanecerão em processo de compostagem”, explica Carlos Eduardo Ferreira de Castro, pesquisador e assessor da diretoria-geral do IAC, instituto vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). A fração orgânica desses resíduos será coletada de modo diferenciado e encaminhada ao IAC. Castro ressalta que o composto resultante é inodoro. “Não tem cheiro, são apenas vegetais”.

De acordo com o projeto, a transformação dos resíduos em composto orgânico terá, em um primeiro momento, a finalidade de recuperar solos de parques e jardins municipais e do Centro Experimental Central do IAC. Para os próximos anos, são previstas análises do composto orgânico e avaliações de uso do material, incluindo experimentos a serem conduzidos com espécies hortícolas em casas de vegetação do IAC, em Campinas.

“Estamos reunindo esforços para realizar atividades que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população, por meio de processos que conservam o meio ambiente, a partir do reuso de resíduos vegetais”, afirma o diretor-geral do IAC, Sérgio Augusto Morais Carbonell.

O diretor do IAC acredita que essa parceria dá início a um trabalho que poderá servir de exemplo para outros municípios, visto que a destinação desses resíduos vegetais favorece a situação dos aterros sanitários e reaproveita o material em benefício dos solos.

O tempo de produção do composto gira em torno de 90 dias. O projeto prevê programação para processar cerca de 100 toneladas de material, por dia. A partir do quarto mês de implantação do projeto, espera-se produzir cerca de 75 toneladas de composto orgânico, por dia.

“Por meio de processos que envolvem elementos naturais, vamos colaborar para o bom uso de resíduos, em um município que é o terceiro mais populoso do Estado”, diz o diretor do IAC.

Prêmio IAC

Faz parte das comemorações do aniversário do Instituto Agronômico (IAC), a entrega do Prêmio IAC, que está em sua 22ª edição. A cada ano, são escolhidos um pesquisador científico e um servidor de apoio, pela contribuição à pesquisa desenvolvida no Instituto. Este ano, serão agraciados o pesquisador Eduardo Caruso Machado e o servidor de apoio, Valdecir Avelino do Nascimento. Externamente, este ano o Prêmio IAC irá para a categoria Personalidade do Agronegócio. O agraciado será Carlos Henrique Jorge Brando, ligado ao agronegócio do café, profissional que reúne relevantes contribuições para o setor.

Eduardo Caruso Machado é pesquisador científico do Centro de Ecofisiologia e Biofísica do Instituto Agronômico e professor no curso de pós-graduação do IAC. Ingressou no Instituto em 1977, cinco anos após se formar em agronomia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Tem mestrado pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de agronomia, com ênfase em fisiologia de plantas cultivadas, relações planta-ambiente, fotossíntese e relações planta-patógeno.

Caruso publicou quatro livros e escreveu quatro capítulos de outras obras. Tem 119 artigos científicos publicados, frequentemente citados em diversas partes do mundo, totalizando quase três mil citações nas principais bases. O pesquisador participou da criação da Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal. Juntamente com a pesquisadora Ângela Cangiani Furlani, remodelou e modernizou a Revista Científica Bragantia. Participou ativamente da criação do Programa de Pós-Graduação do IAC, onde contribui para formar mestres e doutores e participa de comitês e conselhos administrativos do programa. Também supervisionou doutores em estágio de pós-doutoramento e contribuiu para a formação de alunos de iniciação científica. Ao longo dos 39 anos de IAC, participou também da administração do Instituto e liderou diversos grupos de pesquisa. É considerado um exemplo de trabalho com ética, harmonia, colaboração e compreensão.

Servidor de apoio

Valdecir Avelino do Nascimento será o agraciado com o Prêmio IAC 2016 na categoria servidor de apoio. Ele trabalha no Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais do Instituto Agronômico, em Votuporanga. Em sua carreira, é visto como aquele servidor que sempre executa as atividades com muito profissionalismo, eficiência e responsabilidade. Desde 18 de agosto de 1992 no cargo de auxiliar de apoio à pesquisa científica e tecnológica, ele vem contribuindo ao longo dos anos para o desempenho dos demais membros da equipe, por meio de seu exemplo como profissional engajado em atender à missão institucional. Em 2002, foi designado para a função de diretor de serviço do Núcleo de Apoio Administrativo e se mantém nesta atividade. Sua atuação é considerada fundamental para o Centro.

 

Categoria externa

Na categoria externa, o Prêmio IAC 2016 irá para Carlos Henrique Jorge Brando, ligado ao agronegócio do café. O agraciado é sócio da P&A Marketing Internacional, empresa de trading, consultoria e marketing na área de agronegócios, da QualicafeX, empresa exportadora de cafés especiais e sustentáveis, da GSB2, agência de publicidade dedicada ao agronegócio com ênfase em café e da Exotic, torrefadora de cafés especiais.

Brando é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com doutorado em planejamento e negócios no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

À frente da P&A, Brando coordenou projetos de café em mais de 70 países produtores e consumidores, entre eles o Programa de Marketing Cafés do Brasil, de 1999 e 2001. Também coordenou o Estudo sobre a Competitividade da Cafeicultura Brasileira para o Banco Mundial, em 2003, o Guia de Promoção de Consumo de Café em Países Produtores para a Organização Internacional do Café, em 2004, a Agenda Estratégica para a Cafeicultura Brasileira, em 2008 e, mais recentemente, vários projetos de denominação de origem e o “branding” dos cafés especiais brasileiros para a BSCA. Na P&A, assessorou programas de promoção de consumo de café na Colômbia, Índia, México, El Salvador e Costa Rica, montou uma rede virtual internacional para a OIC, o CoffeeClub Network, assessorou o Centro de Inteligência do Café (CIC) e, atualmente, coordena no Brasil o programa mundial de sustentabilidade do café do IDH, patrocinado pelos principais torrefadores mundiais.

Escreve regularmente sobre café. Colaborou com capítulos nos seguintes livros: Coffee Growing, Processing and Sustainable Production, Espresso Coffee, The Science of Quality e Estratégias para a Cafeicultura no Brasil. Foi membro do Comitê de Sustentabilidade da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), da Comissão Técnica de Projetos (CTP) do Consórcio Pesquisa Café (Embrapa Café) e conselheiro da plataforma internacional de sustentabilidade Utz Certified, na Holanda. Atualmente, é conselheiro do Coffee Quality Institute, nos Estados Unidos, e da Ipanema Coffees e do Instituto de Preservação e Difusão da História do Café e Imigração (Museus do Café e do Imigrante), no Brasil. Foi diretor da Pinhalense S.A. Máquinas Agrícolas, maior fabricante mundial de equipamentos para beneficiar café.

SERVIÇO

Comemoração dos 129 anos do Instituto Agronômico (IAC)

Data: 27 de junho de 2016, a partir das 16h

Local: sede do IAC, em Campinas, avenida Barão de Itapura, 1481, auditório “Otávio Tissseli Filho”.

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